Redes sociais iniciam corrida presidencial para 2018
Estratégias começam a ser implantadas pelos possíveis candidatos
Mal foram divulgados os resultados do segundo turno das eleições 2014, que deu a vitória para a reeleição da Dilma Rousseff, alguns políticos já perceberam o potencial das redes sociais e começaram a investir nessas ferramentas, vislumbrando as eleições de 2018. Esse assunto foi notícia no jornal Estado de Minas de hoje, destacando que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ex-ministra Marina Silva e o senador Aécio Neves, apontados por aliados como potenciais candidatos, já disputam espaço no ambiente online.
A matéria trouxe exemplos como o vídeo do candidato Aécio, gravado pelo celular, agradecendo os votos que recebeu e dizendo que estará “atento e vigilante” ao novo governo da presidente reeleita. “Além de manter-se na oposição, ele se aproxima dos movimentos sociais e de juventude”, diz a matéria. Veja o depoimento:
“Temos que nos lembrar que disputamos uma eleição desigual, com o outro lado usando como nunca a máquina pública, a infâmia e a mentira contra nós”, afirmou. Em seguida, Aécio fez uma menção às manifestações de 2013 ao falar sobre o processo eleitoral. “O Brasil acordando e as pessoas indo para as ruas para serem protagonistas da construção do seu próprio destino e esta é a maior força que temos hoje, a união para fiscalizar as ações deste governo.”
Marina também aderiu ao vídeo nas redes sociais. Ela fez um balanço do resultado das eleições presidenciais e afirmou que a Dilma terá de adotar algumas “medidas que atacou em sua campanha”, relacionadas à economia, ao combate à corrupção e ao sistema político.
Quem também já está iniciando as estratégias para 2018 é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que gravou dois vídeos em estúdio e divulgou nas redes sociais. No primeiro, Lula defendia o Bolsa Família, dizia que os adversários eram preconceituosos e pedia solidariedade à população. No segundo, ele criticou a oposição e rebateu a afirmação de Aécio, que disse ser “obrigação” de Dilma reunificar o Brasil.
Das urnas para as redes sociais
Essa preocupação dos candidatos com as redes sociais tem motivo. Isso porque, neste ano, percebeu-se uma que osresultados das urnas e as interações postadas pelos eleitores nas redes sociais durante os dois turnos das eleições presidenciais no Brasil estão equivalentes.
O Facebook divulgou dados em que a candidata vencedora, Dilma Rousseff, aparece como referência em 53,8% das postagens, enquanto o candidato Aécio Neves foi foco em 46,2% delas, algo muito próximo do resultado oficial das urnas no dia 26 de outubro (51,64% a 48,36%).
Quando se faz o mapeamento das postagens por estado e região, outra coincidência: o maior número de mensagens a favor de Dilma veio do Rio Grande do Norte, Ceará, Sergipe, Pernambuco e Piauí, estados em que ela recebeu maior votação que seu adversário. Já o candidato Aécio teve mais mensagens positivas em Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e São Paulo, onde também obteve votações expressivas.
O pleito quebrou todos os recordes de interações no Facebook em todo o mundo. Foram 674,4 milhões de postagens, do dia 6 e julho ao dia 26 de outubro de 2014. No primeiro turno, foram 346 milhões; no segundo, 328,4 milhões. Até então, a maior eleição da rede havia sido a da Índia, com 227 milhões de interações.
Fonte: Newsletter Guerrilha Filmes e jornal Estado de Minas (30/10)