Assessoria de imprensa nas mídias digitais
Twitter pode ser um importante aliado da assessoria de imprensa no relacionamento com jornalistas
Cada vez mais, o trabalho da assessoria de imprensa está integrado com as mídias digitais. Já falamos sobre isso, aqui no site, quando contamos como a jornalista da Press, Daisy Silva, assessora com o apoio, principalmente, do Facebook. Hoje vamos focar em como o twitter pode colaborar para o trabalho de relacionamento entre o assessor e o jornalista e em como a assessoria de imprensa pode acompanhar as notícias e o trabalho da mídia por meio dessa rede social. O site DNA Digital publicou um artigo que chama “18 máximas da atuação de um assessor de imprensa no Twitter”, que traz uma lista sobre como aproveitar essa ferramenta no dia a dia. Vale a leitura!
18 MÁXIMAS DA ATUAÇÃO DE UM ASSESSOR DE IMPRENSA NO TWITTER
Considero o twitter a rede social ideal para uma assessoria de imprensa reforçar sua relação com a imprensa — e com os jornalistas. Uma porque o game de relevância presente no algoritmo fundamental desse microblog é muito semelhante à vida real de um jornalista do lado de cá do balcão, na assessoria. E outra porque, para trabalho, o twitter é, segundo pesquisas, o meio social preferido dos nossos colegas. Porém, como toda nova tecnologia que se apresenta, convém refletir sobre como utilizá-la no seu dia a dia, sob o risco de tropeçar naquelas premissas básicas — as mesmas que você já superou faz tempo. Internautas gostam de listas, né? Pois então, aqui está a minha:
1- Mereça ser seguido
Você nunca deve pedir ou tentar convencer um jornalista a te seguir, a não ser que ele seja seu irmão, seu pai ou sua namorada. Assim mesmo, se você permitir que ele escolha, ele preferirá seguir o que lhe interessa. Na correria do dia a dia, um espaço mal utilizado na timeline do jornalista pode custar um post importante não lido. Portanto, mereça ser seguido.
2- Mereça um tweet
Na relação com uma empresa, a timeline de um jornalista que usa esta ferramenta para trabalho é a sua coluna, é a sua reportagem; seu tweet só entrará nela se merecer, se for mais importante na comparação com dezena de outros; pelo bem ou pelo mal.
3- Interesse-se verdadeiramente
Se você vai seguir um jornalista para que ele saiba que você existe, ao menos dê um jeito de acompanhar a maioria de seus tweets. Pegará mal se ele souber que você nunca o acompanha e que não sabe que notícias interessam a ele.
4- Mas priorize
Claro que você não vai conseguir (nem querer) seguir todos os perfis de jornalistas e veículos que precisa conhecer. Para isso existem as listas do twitter. Como na vida real, priorize.
5- Cuide o tom
Pode até haver descontração no twitter entre jornalistas e assessores ou entre assessores e assessores, só não esqueça que a rede social mais parecida com happy hour e com bate-papo é o Facebook, não o twitter. Não é ruim você ser iniciante no microblog, mas pegará mal parecer que não sabe utilizá-lo.
6- Assessor elogiando?
Não repita RTs com seu twitter pessoal ao tweet do jornalista só para se aproximar ou ele saber que você existe; parecerá bajulação, e elogio nunca foi recomendável na relação com um jornalista.
7- Reconhecimento
Por outro lado, usar o perfil do cliente ou da empresa assessorada para citar o jornalista e/ou o veículo no tweet que faz menção à matéria é recomendável. Dá visibilidade ao trabalho de ambos.
8- Assessor imparcial
Mas dê RTs democráticos com o perfil corporativo; pega mal um assessor ou uma assessoria revelarem pelo twitter sua preferência por um veículo.
9- Relacionamento
Se um jornalista não o segue, você não poderá enviar DMs para ele. Ruim? Não sei, é a vida. A caixa de DMs de um jornalista é para quem tem intimidade com ele, coisa que se conquista; como na vida real, bom relacionamento não se compra.
10- E-mail e telefone seguem existindo
Se não puder enviar DM, não tente enviar uma informação exclusiva publicamente em sua timeline. Público não é mais exclusivo. Para isso, não esqueça que, para isso, você não precisa de Twitter. Use os meios convencionais, mande email ou ligue.
11- E-mail e telefone seguem existindo II
Não quebre uma notícia exclusiva em uma dezena de DMs; pra isso existe o email. Quer usar a instantaneidade do Twitter? Avise por DM do seu e-mail. Isso, pode.
12- Exclusividade também
Mesmo que no Twitter a exclusividade pareça tão efêmera, ainda vale a regra de que jornalista gosta de saber e de contar o que ninguém sabe ainda. Já pensou em sugerir um tweet exclusivo?
13- Ritmo
Twitter pressupõe agilidade; o dead-line do jornalista de twitter que lhe faz uma pergunta é ainda menor.
14- Frequência
O microblog também requer frequência. Os posts já são menores que em um blog para você escrever mais. Procure tuitar uma vez ao dia, ao menos.
15- Relevância!
Não falamos do conteúdo do perfil do seu assessorado ainda, né? Para mim, o twitter é a rede social na qual o KISS (Keep it Shareable and Significant) mais se aplica. Onde mais eu diminuo o número de contatos para melhorar a qualidade da newsfeed? Ou crio listas? Pois então, sugiro usar a seguinte auto-análise: esse meu tweet mereceria um espaço na mídia? Tem valor-notícia a, ao menos, um veículo especializado? Se sim, publique, claro. Se não, ou repense ou me ignore; pode ser uma exceção.
16- Pouco mudou
O Twitter é só uma tecnologia, nada mudou nas relações; portanto, não agradeça o tweet ou o RT de um jornalista. Nem mesmo do seu perfil pessoal.
17- Básico
O limite que parece haver entre pessoal e profissional não é tão claro quando se está numa assessoria. Convém não criticar pelo perfil pessoal o veículo que você não gosta, nem a corrupção da classe política. Parece básico, mas a gente esquece.
18- Limites
Jornalista também é gente. Ele compra, se diverte, viaja, tem conta em banco, assina tevê a cabo, tem celular de conta. O que quero dizer? Que ele pode vir a reclamar publicamente de sua empresa no twitter. Ou pior: ele pode reclamar publicamente, no twitter, citando você. Como eu disse no último tópico, se o limite entre sua vida pessoal e a de assessor já não era tão claro, nessa hora, ele desaparece. Pense bem por qual canal você vai responder, mas responda. E como um assessor.
Fonte: DNA Digital
Por: Juliano Rigatti, jornalista do Rio Grande do Sul. Atua entre outras atividades, em uma grande multinacional varejista. Ele colaborou com o texto do post para o site do Grupo Comunique-se.
Assessoria de imprensa
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