Assessoria de imprensa: critério na convocação de coletiva
Apesar de ser um tema mais que debatido, ainda vemos muitas empresas e clientes solicitarem entrevistas coletivas para anunciar informações sobre a corporação. Por esse motivo, trouxemos o assunto à tona
Com a realidade das redações, cada vez mais enxutas e o dead line, – hora de fechamento – como sempre, apertado, para a assessoria de imprensa promover uma coletiva de imprensa requer uma análise criteriosa do assunto para obter sucesso. Muitos jornalistas pensam duas vezes antes de deixar o local de trabalho em busca de informações que não serão exclusivas, mas divulgadas por todos os veículos concorrentes. Portanto, o conteúdo deve ser bem analisado pela assessoria de imprensa e o porta-voz bem preparado para responder aos questionamentos dos repórteres, inclusive aquilo que não está previsto na pauta.
Qualquer coletiva de imprensa vai exigir que o porta-voz tenha conhecimentos aprofundados sobre o assunto, números e valores. Além disso, é preciso que haja novidade na fala do executivo, o conteúdo deve ser atrativo e acrescentar, conter decisões importantes, medidas práticas, enfim, uma informação essencial para a próxima edição do informativo, independentemente do veículo ao qual o jornalista represente.
Representantes públicos, como prefeitos, secretários ou mesmo presidente da republica conseguem melhor quórum diante de um pronunciamento, pois geralmente, afetam diretamente a vida de milhares de pessoas e também porque os jornalistas aproveitam a oportunidade para abordar outros assuntos além do previsto na pauta.
Além da esfera política, outros segmentos que utilizam muito deste instrumento, são o esportivo e o cultural. Coletivas são rotinas na cobertura esportiva, principalmente no futebol. Após importantes jogos, a sala de imprensa é tomada por câmeras, microfones e repórteres ansiosos por declarações, seja do técnico, seja de algum jogador. Já na cultura, também são comuns esses encontros com a imprensa, quando o artista vai divulgar um show, um livro, um espetáculo muito em função de, na maioria das vezes, os entrevistados serem celebridades.
Assessoria de imprensa: dead line fator de sucesso
O mínimo que deve ser planejado pela assessoria de imprensa é relatado a seguir. Para garantir diversificação dos veículos, o assessor tem que estar atento ao horário de fechamento dos jornais e noticiários de TV, para isso, é importante procurar saber a rotina de cada um dos convidados, e ao dead line dos cadernos ou dos programas, para evitar reduzir o assunto a uma nota de pé de página.
Enviar release convocando para a coletiva com um breve resumo do que será abordado é essencial e fazer follow up – contato de reforço – um dia antes para lembrar os chefes de reportagem e confirmar a presença daquele veículo.
No caso de coletivas de gerenciamento de crise é interessante deixar o microfone aberto para o porta-voz pelo tempo que ele precisar, mas determine um limite. Por exemplo: abra 15 minutos para perguntas e respostas. Sempre observe se as perguntas estão relacionadas ao assunto tratado. Caso contrário, o assessor de imprensa pode interferir e pedir para que se mantenha o foco da coletiva.
Uma forma de facilitar a vida do jornalista e valorizar a presença dele é a assessoria de imprensa distribuir um press kit. Reúna o material, como o release impresso, um bloquinho e caneta, dispostos em uma pasta com a logo da empresa e entregue aos jornalistas. Dessa maneira, quem não conseguiu ver o conteúdo, terá a possibilidade de ler antes do início da coletiva ou mesmo se certificar de dados, números ditos na entrevista pelo porta-voz. Vale colocar materiais como folder e revista institucional, mas sem sobrecarregar o press kit.
Se você considerar importante que a marca da empresa apareça, é interessante a assessoria de imprensa colocar um backdrop ou a algum material com a logo da empresa atrás do entrevistado, de forma que apareça em todas as fotos e filmagens.
5 dicas da assessoria de imprensa para uma entrevista coletiva
- Relevância – o assunto deve ser de grande relevância para a população.
- Definição de horário – atenção ao dead line – hora de fechamento dos jornais de cada veículo (impresso, radio, TVs e on lines).
- Preparação do Porta-voz – preparar por meio de Q&A (perguntas e respostas), simulação, ter em mãos todos os dados e informações sobre o tema da coletiva.
- Preparação de Press Kit – material de suporte ao trabalho do jornalista compostos de textos, fotos, brindes institucionais.
Por Luciana Neves
Jornalista da Press Comunicação