Redes sociais e a assessoria de imprensa

Redes sociais são uma boa opção para assessoria de imprensa e para conquistar novos espaços na mídia

Redes sociais e assessoria de imprensa

Daisy assessora pelas redes sociais

Datilografar o release na máquina de escrever, fazer cópias e entregar pessoalmente o texto nas redações. Assim era a realidade das assessorias de imprensa há 20 anos. Com o passar do tempo, as agências foram se modernizando e a tecnologia foi ganhando espaço. Primeiro com a chegada dos computadores e dos aparelhos de fax, que poupavam o deslocamento e fazia com que o material chegasse em segundos na mão do repórter. Mas, o que revolucionou mesmo o jornalismo foi o surgimento da internet, e das redes sociais que possibilitaram o envio e recebimento de mensagens instantâneas.

No entanto, desde os anos 90, percebeu-se que o trabalho de assessoria de imprensa vai além de produzir e enviar releases, ganhando um foco muito mais estratégico. Em função disso , muitos passaram a nomear o serviço de Relacionamento com a Imprensa como debatemos no artigo “Assessoria de Imprensa ou Relações com a Imprensa” .

Os autores Jorge Duarte e Wilson Júnior, no capitulo Relacionamento Fonte/ Jornalista, do livro Assessoria de Imprensa e Relacionamento com a Mídia (2003) defenderam a técnica da abordagem por meio do relacionamento, entre a organização e a imprensa. Afirmado que “A fonte também conquista o jornalista pelo relacionamento, pelo atendimento a suas necessidades. Por oferecer uma informação exclusiva, por não fazê-lo perder tempo, por ser objetivo e exato, por ajudá-lo, a fonte ganha o interesse e a confiança. O contato entre fonte e jornalista faz parte de um processo mútuo de conquista… A fonte conquista o jornalista por sua capacidade de oferecer-lhe não apenas o produto essencial – a informação -, mas também as condições necessárias para a realização de seu trabalho”.

Relacionamento nas redes sociais

Dentro desse contexto de mudanças, onde o trabalho de assessoria de imprensa deve focar em relacionamento e em tempos de redes sociais essa premissa fica ainda mais essencial. Porém, surge um novo desafio, com a facilidade da internet e o volume de informações que o jornalista recebe por minuto, o assessor de imprensa tem muito mais trabalho para destacar as suas mensagens dentre as demais.

A assessora de imprensa da Press Comunicação, Daisy Silva, responsável pelo atendimento de contas como a Natura, o Extra, e o Sindicato das Seguradoras de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e do Distrito Federal, sabe bem como é manter um relacionamento com os jornalistas por meio das redes sociais. E conta um pouco de sua experiência : “Já vendi pauta pelo Facebook. Muitas vezes o jornalista está na redação, mas não consegue atender ao telefone. Muitos deles estão sempre conectados e conseguimos nos falar pelo chat da rede social”, comenta. Por conta disso, há quase dois anos ela vem ampliando seus contatos nas redes, adicionando perfis de interesse profissional, no Facebook, Twitter, Instagram e Linkedin.

A jornalista conta ainda que seguir essas pessoas também é importante para acompanhar seus interesses e os assuntos que elas estiverem comentando. “Algumas vezes elas falam sobre as pautas que estão escrevendo e pedem indicação de fontes e personagens. Assim a gente conquista mais espaço para os nossos clientes. Quem está conectado é sempre lembrado”, brinca. Como assessora de imprensa, Daisy também se informa pelas redes sociais,além de acompanhar os resultados que conseguiu para as empresas que atende.

Segundo Daisy, as empresas estão cada vez mais interessadas nos resultados gerados em blogs e sites. Isso, devido à grande audiência dessas mídias digitais.

Outras ferramentas além das redes sociais

Para conquistar esses espaços, além do relacionamento, a assessoria de imprensa aposta em novos instrumentos para facilitar o trabalho do jornalista, como a criação de páginas de produtos, envio de fotos em alta resolução, criação de vídeos e gravação de entrevistas para rádios, aplicativos, QR Code, podcast, entre outros recursos.

 

Por Letícia Espíndola

Jornalista e Coordenadora de Núcleos da Press Comunicação

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