As 7 diferenças fundamentais entre o marketing tradicional e o marketing digital

 

ilustração de marketing digital

 

O primeiro passo necessário para entender as diferenças entre o marketing tradicional e o marketing digital é entender melhor o que é marketing. Muita gente confunde essa ramificação da comunicação com a publicidade, mas é importante ressaltar que são áreas bastante distintas. Enquanto a publicidade busca construir um posicionamento e uma imagem sólida da marca, o marketing é o principal parceiro do setor de vendas. É ele o responsável por elaborar estratégias de vendas levando em conta o público alvo e as políticas, recursos e limitações da empresa. Sabendo disso, podemos começar a diferenciar as duas práticas.

O marketing digital chegou há pouco tempo e tem crescido exponencialmente entre marcas e empresas de todos os tamanhos e segmentos, e isto já configura uma de suas principais diferenças quanto ao marketing tradicional. Por ser realizado na internet, ele é completamente adaptável à necessidade de cada negócio e pode ser feito mesmo quando os recursos são mais escassos.

Marketing digital e marketing tradicional na prática

Se precisarmos destacar apenas uma diferença fundamental entre o inbound marketing (prática mais eficiente de marketing digital atualmente) e o marketing tradicional, devemos destacar o fato de que no primeiro, o cliente é atraído naturalmente; ele chega até você a partir do interesse no conteúdo que você produz. Já na prática tradicional (outbound marketing), a empresa vai até o cliente e tenta convencê-lo, seja através de visitas, propagandas ou promoções.

O livro “Social Media Marketing und Recht”, de Tomas Schwenke, traz as principais diferenças entre as duas maneiras de promoção. São elas:

1 -Estrutura

Enquanto o marketing tradicional é muito bem estruturado mesmo antes de ser colocado em prática, com todas as ações e campanhas definidas; no marketing digital suas ações serão ditadas de acordo com as respostas e reações do seu público. Determinado anúncio patrocinado teve uma boa resposta? Hora de estruturar o conteúdo em volta do assunto tratado nesse anúncio. Uma campanha de e-mail marketing teve boa taxa de abertura? Então é preciso analisar o que foi que chamou atenção de seu público ali.

2 -Direção da comunicação

No marketing tradicional, as marcas falam de si por meio de anúncios, campanhas e ações junto aos clientes, mas não há muito espaço para ouvir o público a não ser pelos Serviços de Atendimento aos Consumidores (SACs) tradicionais e de trabalhosas pesquisas. Já no marketing digital, existe um espaço amplo que é voltado para ouvir esse público. As plataformas na Internet sempre viabilizam o envio de mensagens e contatos. É praticamente impossível falar sem também ouvir no marketing digital.

3 -Tempo das ações

As ações de longo prazo vistas no marketing tradicional, como campanhas de comerciais televisivos, não existem no marketing digital. Tudo vai se transformando de acordo com a resposta do seu público.

4 -Diálogo com os clientes

Na Internet, tudo é imediato, portanto, horários de atendimento não se limitam mais a horários comerciais. Sim, é preciso estar atento ao que acontece com sua marca na Internet durante 24 horas por dia e sete dias por semana.

A voz do seu público também ganha espaço no marketing digital, onde seus clientes podem criar conteúdo sobre você, seja ele bom ou ruim; e é importante estar atento ao que todos falam, responder às reclamações e lembrar que na Internet seu diálogo é público e pode ser facilmente compartilhado.

5 -Alcance

Tudo que você publicar sobre sua marca no ambiente online poderá ser acessado por uma gama de pessoas muito maior do que apenas seus clientes. Mesmo que seu conteúdo seja bastante segmentado, é impossível controlar quem terá acesso a ele. E isso caracteriza uma grande vantagem devido à possibilidade de se alcançar novos clientes.

6 -Linguagem

Sua empresa não deve usar a mesma linguagem na Internet e em um jornal impresso, por exemplo. Independentemente do público alvo, a linguagem usada na Internet exige mais descontração, bom humor e inovação.

7 -Colaboradores envolvidos

É um erro muito comum das marcas envolverem profissionais de comunicação off-line em projetos de comunicação online sem um treinamento adequado. É preciso levar em conta que são dinâmicas de trabalho completamente diferentes. O profissional envolvido no marketing digital deve ter visão analítica muito apurada e facilidade para trabalhar com processos em constante mudança e adaptação.

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5 dicas para escolher uma boa agência de comunicação

Busca pela agência perfeita
Algumas dicas contribuem para encontrar a agência ideal

 

Depois de usar o poder de convencimento junto ao chefe, reuniões para avaliação das propostas, finalmente, foi liberado ao profissional de RH ou de Comunicação o recurso para o tão sonhado contrato com uma agência de comunicação. Entra em cena a dúvida de quem contratar, o que observar, como investir a verba e ter sucesso nos resultados. É certo que muitas empresas se limitam a buscar indicação, mas nem sempre uma agência recomendada para uma empresa poderá atender o perfil desejado por você. Então, veja as dicas que podem te ajudar na tomada de decisão:

1 – Peça referência para clientes da agência:

A referência é sempre válida. Conversando abertamente com os colegas, é possível questionar pontos negativos e positivos e ainda investigar o motivo de certos desagrados, caso eles existam. Lembre-se que a referência por si só, não basta, mas já é um ponto de partida. Ao pedir referências, confira os trabalhos produzidos e veja se são do seu agrado; pergunte sobre a disponibilidade dos profissionais do atendimento; questione sobre os resultados alcançados.

2 – Verifique a experiência dos profissionais que trabalham nela:

Ao entrar em contato com uma agência, solicite o quadro de funcionários e um breve histórico dos currículos. Afinal, eles trabalharão para atender suas demandas. Pergunte sobre por quais empresas passaram, características profissionais, principalmente, daqueles que trabalharão diretamente no atendimento ao cliente – se são proativos, comunicativos, bons ouvintes, enfim, se correspondem àquilo que você busca em um profissional. Isso é importante para ajudar a agência a definir qual profissional ela vai convocar para te atender. Muitas agências, como a Press Comunicação, conseguem definir o profissional logo após a reunião com o cliente, baseada em suas peculiaridades e demandas.

3 – Peça apresentação de um case:

Se você está buscando uma agência para produzir uma publicação, peça a ela para verificar revistas e jornais produzidos para outro cliente. Caso queira uma assessoria de imprensa, solicite que a empresa relate algumas experiências com clientes semelhantes ao seu perfil ou mesmo peça para ver  um relatório de resultados . Enfim, a análise de cases pode te auxiliar na decisão.

4 – Visite e conheça a infraestrutura física e a equipe de trabalho:

Outra dica é marcar uma reunião na agência para avaliar a estrutura física e conhecer a equipe de profissionais pessoalmente. Lembre-se que quanto mais tempo de mercado a agência tiver, mais experiência, mais maturidade. Não se intimide, pergunte tudo o que quiser, tire suas dúvidas, questione, converse diretamente com a equipe responsável pelo trabalho que você quer contratar. Isso o ajudará na decisão.

5 – Avalie o custo benefício:

Se você gostou de tudo o que viu e ouviu, mas agora a decisão esbarra no custo, lembre-se que “o barato pode sair caro”. Diferença de orçamento é comum, e saudável, em qualquer mercado. Mas é preciso lembrar que manter uma estrutura adequada com profissionais gabaritados tem um preço. No entanto, não desista do contrato apenas pelo custo, procure negociar junto àquele que lhe transmitiu a melhor impressão, e principalmente, mais segurança de uma entrega de qualidade, com respeito ao prazo, às exigências e às características do cliente.

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Comunicação para franchising

Comunicação para franchising é tema de artigo de Natália Aguiar, da Uptime
Comunicação para franchising é tema de artigo de Natália Aguiar, da Uptime

Mesmo diante de um momento economicamente instável no Brasil, o franchising continua em ascensão. Segundo dados da ABF (Associação Brasileira de Franchising), o setor cresceu 7,7% em 2014, sendo o último a entrar em dificuldade e o primeiro a sair. A expectativa para 2015 é de um crescimento de cerca de 8%, recompondo perdas inflacionárias e abrindo espaço para uma expansão mais vigorosa nos próximos anos. Neste contexto, a comunicação tem um papel fundamental, uma vez que com estratégias bem definidas, as franquias podem alcançar resultados cada vez melhores.

O processo de comunicação tem como premissa básica facilitar a interação entre as partes, gerando entendimento e modificando positivamente a relação entre todos os envolvidos. No franchising, a comunicação ganha ainda mais importância. Isso porque em uma rede, os desafios de manter profissionais e parceiros franqueados bem informados tornam-se maiores.

Partimos sempre do princípio de que cada rede tem uma cultura, um DNA, e isso precisa ser muito bem entendido para que a comunicação seja eficiente. O fato de o cliente ser tratado como parceiro e estar conosco no projeto desde o início, como se fosse um membro da equipe, é um dos diferenciais que contribui para o sucesso da franquia como um todo. Além disso, ele, como gestor de sua franquia, também quer ser ouvido. Portanto, é fundamental criar meios para manter o diálogo constante, a fim de garantir a sustentabilidade da comunicação e dos negócios.

Outro fator que deve ser considerado, quando pensamos em rede de franquias, é que as unidades são distribuídas em diferentes pontos geográficos no país e todos devem falar a mesma língua. Por isso, a complexidade da comunicação no franchising está em manter a padronização dos processos, do modelo de atendimento, da forma de utilização da marca, da identidade visual, entre outros desafios.

Acreditamos que é preciso trabalhar com um mix de canais on e off line para uma comunicação eficaz. Comunicados, e-mails MKT, intranet, blogs, e-books, anúncios no Google, gestão de redes sociais, vídeos para diversas plataformas, eventos, ações de relacionamento, treinamentos e um completo plano de comunicação e mídias anuais, desenvolvidos de acordo com as estratégias estabelecidas, são meios complementares que contribuem para o reforço da marca, tanto internamente, quanto no mercado.

Como agência de comunicação integrada, especializada em franchising e com foco no franqueador, a missão da Scrivia é escrever a história das marcas por meio de estratégias de comunicação inovadoras que gerem resultados aos clientes.

*Natália Aguiar, gestora da Scrivia Comunicação – UPTIME Group para o Blog Minas Marca

 

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Marketing digital: conceito e finalidade

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Segundo estudo realizado pela Go-Globe – umas das maiores agências de desenvolvimento web do mundo – em apenas um minuto na Internet são feitas mais de 600 mil buscas no Google, mais de 700 mil atualizações de status no Facebook e mais de 98 mil tweets. E isso não é tudo; estudiosos da área afirmam que, dentro de poucos anos, todo o conteúdo disponível na Internet irá dobrar a cada 72 horas.

Diante de dados estratosféricos como esses, não resta dúvida de que estamos passando pela terceira grande revolução da era pós-moderna, a revolução tecnológica. E, como em toda revolução, acontece uma “seleção natural”: há os que se adaptam a ela e os que não acompanham a história e ficam no passado.

Apesar da popularidade crescente da Internet, ela ainda representa um terreno fértil para ideias, negócios, estudos e inovações; e uma dessas inovações é o marketing digital.

É muito importante não confundir marketing com publicidade. Ao contrário da publicidade, que tem o objetivo de promover uma marca e aumentar sua visibilidade, o marketing é um parceiro do setor de vendas de uma empresa e componente indispensável no desenvolvimento de estratégias de negócios.

Então o marketing digital serve para aumentar minhas vendas?

Sim, mas o conceito não é tão simplório. O marketing digital serve para ligar os clientes certos ao seu negócio, atraindo-os de maneira natural por meio da produção de conteúdo relevante para o seu público alvo.

Imagine uma grande feira ao ar livre, com inúmeros vendedores dos mais variados produtos, onde se vende de alimentos a artesanatos. Nesta feira, cada vendedor tenta oferecer sua mercadoria de uma maneira diferente: alguns colocam placas enormes, outros oferecem promoções e há ainda os que abordam os clientes individualmente. Entre todos eles, há um em frente à sua barraca apenas tocando uma bela música no violão, sem oferecer nenhum produto ou serviço. À medida que as músicas são executadas, o público vai aumentado em volta do vendedor, e como em qualquer negócio, pessoas interessadas atraem mais pessoas interessadas. Quando há uma pequena multidão a sua volta, o vendedor deixa o violão de lado e começa a vender seus discos.

Você já parou para pensar que é possível usar este tipo de estratégia em qualquer negócio na Internet?

Em volta do seu negócio há uma infinidade de conteúdos que podem ser interessantes para seu público. Trabalha com turismo? Por que não dar dicas de segurança em aeroportos? Está na área da saúde? Considere falar sobre bem-estar e qualidade de vida.

Então é só começar a falar sobre a minha área que os novos clientes vão aparecer?

Com certeza não. O marketing digital envolve estudo de públicos alvo (chamados de personas), e, com as ferramentas certas, também permite uma segmentação precisa de quem será atraído pela sua marca.

Além disso, produzir e publicar conteúdo deliberadamente não vai ajudar em nada se você não iniciar um relacionamento com seus clientes em potencial, motivo pelo qual o marketing digital também é conhecido como “marketing de relacionamento”, e esta aproximação entre marca e cliente acontece a partir de campanhas de e-mail marketing, redes sociais e até mesmo pessoalmente.

A princípio tudo isso pode parecer muito complicado e é verdade que neste tipo de prática muitos detalhes devem ser observados. Para entender um pouco mais sobre o fluxo do marketing digital que leva ao contato direto com os compradores de seus produtos ou serviços, confira o infográfico que disponibilizamos gratuitamente, abaixo, para você!

Veja o fluxo do marketing digital

Como convencer seu chefe a investir em Comunicação Interna?

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Ao falar em comunicação interna, é preciso ter em mente que todo investimento voltado para o colaborador reflete externamente, seja na forma com que a empresa é percebida no mercado – sua imagem e reputação institucional – seja na própria qualidade dos produtos e serviços. Esse é o primeiro argumento: a comunicação interna impacta em como a empresa é percebida externamente. Na prática, já não existe separação entre público interno ou externo. O colaborador pode ser cliente, consumidor, morador vizinho da empresa, acionista.  Por isso, a comunicação com ele precisa do mesmo cuidado que a comunicação com qualquer outro público.

Para termos um espelho da realidade da comunicação interna nas empresas, e com qual importância ela vem sendo tratada, consultamos a pesquisa realizada, este ano, pela Cristina Panella Planejamento e Pesquisa, empresa de inteligência, cujo atendimento é focado em pesquisa, comunicação e marketing. O levantamento foi feito com clientes de diferentes setores, como siderurgia, tecnologia, indústria, serviços, construção e outros.

Segundo a pesquisa, a comunicação interna é considerada, por presidentes e diretores, muito importante em 50% das empresas consultadas. Apenas 6% consideram a comunicação interna pouco importante ou com quase nenhuma importância.

A partir desses dados, percebe-se que a área tem ganhado evidência no contexto institucional, assim como também uma posição estratégica, uma vez que em 33% das empresas, a comunicação interna tem representatividade em instâncias deliberativas da companhia e em 52% é representada pelo líder para qual se reporta. Outro fator relevante é que 71% consideram que os objetivos da área estão fortemente ligados aos objetivos estratégicos do negócio.

Muito desses avanços se devem ao uso de ferramentas de gestão, como pesquisas de diagnóstico interno, que são base para o planejamento de comunicação interna em 75% das entrevistadas. Índice este que vem aumentando gradualmente ano a ano. Em 2013, era de 62%.

Outra mudança de posicionamento que comprova o quanto a comunicação com o colaborador tem sido considerada importante é que, em 65% das empresas, a informação é comunicada primeiramente aos colaboradores, para depois ser divulgada ao mercado.

5 argumentos para convencer seu chefe:

  1. A forma com que a empresa se comunica com o colaborador reflete como ela é percebida externamente.
  2. Em 50% das empresas, diretores e presidentes já consideram a comunicação como muito importante para o negócio.
  3. Para 33%, a comunicação interna tem representatividade em instâncias deliberativas da companhia.
  4. 70% veem que os objetivos da área de comunicação estão fortemente ligados aos objetivos do negócio.
  5. Mais do que a metade das empresas entrevistadas, 65%, priorizam comunicar primeiro o colaborador para depois informar ao mercado.

Itens que agregam na percepção do valor da comunicação interna segundo os entrevistados:

Que seja vista como conteúdo útil e relevante para criação de estratégias 34%
Deve estar alinhada ao planejamento estratégico e acompanhar resultados 17%
Entender que é importante para mensurar a satisfação do colaborador e para manifestar valorização 15%
As lideranças acreditarem no potencial da comunicação interna 13%
Ser entendida como parte da cultura empresarial e ferramenta para manter clima organizacional 11%
Deve promover ações proativas que sejam do interesse de diversos públicos 6%
Ter apoio da área de TI, já que os canais internos são digitais 2%
S.O. 2%

Referência: http://www.cristinapanella.com.br/

 

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Comunicação interna e a internet. Saiba o que está mudando!

Este artigo, publicado em 8/9/2015, no site da Aberje, e cedido à Press pela autora Varda Kendler, profissional e professora de comunicação (veja seu currículo ao final), nos chamou a atenção pela inovação do tema e sua inserção na comunicação interna. A maneira clara e articulada que ela nos mostra que a comunicação, principalmente a interna,  vem passando a partir das mudanças tecnológicas capitaneadas pela internet,  facilita o entendimento e a complexidade do assunto. E como temos intrínsecos nos nossos valores a inovação, gostamos muito e resolvemos compartilhar com vocês!    

Comunicação entre coisas e pessoas

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Comunicação interna e internet são tema de artigo

Tem-se difundido muito sobre internet das coisas, economia criativa, processos inovativos, conectividade, M2M (comunicação machine to machine) e por aí vai. Termos e processos relativamente novos, envolvendo a comunicação homem-máquina, estão sendo aplicados a todo vapor, principalmente no prisma mercadológico.

No caso da Internet das Coisas (Internet of Things – IoT) as soluções não param de proliferar. O termo foi criado no final do século XX e constitui-se na possibilidade de conectar o mundo físico ao mundo digital, por meio da web, ou seja, representa a conectividade entre objetos e a internet.

Para alguns autores, a IoT é considerada a terceira geração — ou revolução — da internet. Primeiro veio a automatização das indústrias; em seguida, nos anos 90, o auge da internet; e, no século XXI, a Internet das Coisas, conectando dados, pessoas e objetos. Há uma outra interpretação que considera a IoF como a quarta geração do processo de uso da internet: conectividade > e-commerce > redes sociais > internet das coisas, onde ”tudo está conectado”.

A IoT vem sendo empregada em inúmeros contextos, como em eletrodomésticos (geladeira, fogão, ferro, aspirador de pó, TV, dentre outros, programados e monitorados à distância); dispositivos de eletricidade (acendimento e intensidade controlados por tablets ou celulares); práticas esportivas (instrumentos como relógio, raquete de tênis e bicicleta sendo aplicados junto a atletas com indicadores de performance); soluções em segurança (GPS de veículos, alarmes, fechaduras e câmeras inteligentes); na área de saúde (aparelhos implantados no corpo humano para medir índices diversos, pulseira que emite aviso de socorro em caso de quedas); nos meios de transporte e locomoção (selfing drive car, bicicletas compartilhadas patrocinadas, semáforos e rotas de trânsito inteligentes). Soluções que buscam autonomia, conforto, desempenho, segurança, economia.

E no ambiente organizacional interno?

O que tem sido feito nessa direção? Vejamos algumas soluções em segurança, comodidade e produtividade já bem conhecidas: câmeras de monitoramento; elevadores inteligentes; uso de registro de ponto de funcionário, com controle de chegada, saída e pausas, com indicadores; controle de estoque de materiais monitorado entre áreas e unidades, envolvendo inteligência e segurança; automação industrial em todas as etapas de produção.

E se pensarmos especificamente na área de Recursos Humanos e Comunicação Interna?

O que já existe e o que pode ser concebido? Será que as organizações estão se apropriando de todo esse know-how para aplicar na área de segurança do trabalho, em ergonomia, nos meios de locomoção dos colaboradores, em formas de interação e comunicação mais inteligentes?

  1. Imagine um uniforme com sensor para avisar quando alguém estiver próximo a áreas de risco.
  2. Ou camisa para pessoas com problemas graves de saúde que monitora índices específicos.
  3. Ainda mencionando soluções de vestimenta, uniformes que forneçam dados da temperatura do corpo do empregado e controlem a temperatura do ambiente automaticamente.
  4. Uma cadeira ergonômica com sensor alertando para a posição correta para se sentar.
  5. Bikes compartilhadas dentro de uma indústria com longos trajetos internos.
  6. Um estacionamento inteligente que agilize e democratize o uso de vagas.
  7. Celulares conectados que interajam com os meios de comunicação interna da empresa e forneçam indicadores de acesso e leitura.

“Fico pensando se são viáveis para as organizações e se estão dispostas a investir nesse sentido. É, no mínimo, um universo realmente incrível e desafiador.”

Nosso mundo está cada vez mais interconectado: não somente pessoas se comunicam, mas os objetos também estão “falando” uns com os outros. Hoje acontecem interações homem-máquina, máquina-máquina e, óbvio, homem-homem. Bom, não tão óbvio assim, pois a nossa “Internet of People”, para não dizer a nossa comunicação do dia a dia, ainda reserva muitos desafios.

Referências

. http://porvir.org/wiki/internet-das-coisas/
. http://geografia.uol.com.br/geografia/mapas-demografia/60/muito-alem-da-internet-das-coisas-a-geografia-das-coisas-342584-1.asp
.http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/Inova%C3%A7%C3%A3o-e-Tecnologia:-internet-das-coisas
.http://www.mundoiot.com.br/#!O-que-é-a-Internet-das-coisas-Conceito-e-exemplos-práticos/chdt/55a125770cf21636d2fb8d2c
.http://www.mundoiot.com.br/#!O-que-é-a-Internet-das-coisas-Conceito-e-exemplos-práticos/chdt/55a125770cf21636d2fb8d2c
. Palestra “Internet das coisas, inovação e futuro” – Filipe Braga Ivo (Julho/2015 – Tom Comunicação)

Varda Kendler é:

Mestranda em Administração; especializada em Marketing, Comunicação e Gestão Empresarial e Gestão Estratégica da Informação e graduada em Publicidade e Propaganda.

Mais de vinte anos de experiência em Comunicação Organizacional e Marketing, em empresas de grande porte, em cargos de gestão. No momento atua como consultora e professora.

Áreas de atuação: planejamento; comunicação integrada; comunicação interna e endomarketing; implantação e gestão de veículos, campanhas, eventos e comitês de facilitadores; pesquisas; gestão de públicos estratégicos e crise; desenvolvimento de equipes; relatório de sustentabilidade; marketing pessoal.

vkendler@hotmail.com

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8 razões para sua empresa ter um jornal interno

Os profissionais de Recursos Humanos reconhecem que a qualidade do clima organizacional está diretamente relacionada ao bem-estar e à produtividade de seus colaboradores. Por isso, cada vez mais, a comunicação interna é considerada uma importante aliada para mantê-los motivados e engajados na busca por resultados ainda melhores para a empresa. Dessa forma, investir na produção de um jornal interno é uma excelente estratégia para estreitar e otimizar o relacionamento entre a empresa e os colaboradores que nela trabalham.  Além desta veja mais oito razões para se ter um jornal.

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  1. Ter um veículo exclusivo de comunicação com os colaboradores:

    Qualquer empresa, independentemente do seu porte ou de sua área de atuação, possui projetos interessantes em diversas áreas que, na maioria vezes, são válidos para serem divulgados até para os públicos externos da organização. No entanto, muitas empresas se esquecem de difundir essas informações internamente, o que é um erro. Afinal, quem trabalha na organização além de ser principal interessado em ficar por dentro de tudo.

  2. Poder fortalecer a marca:

    Considerada a importância que o colaborador tem para o crescimento da organização, é fundamental que ele seja comunicado e receba, periodicamente, as principais notícias que movimentam as diferentes áreas da empresa, mantendo-se bem informado a respeito do lugar que ele trabalha. Ele é o principal defensor e divulgador da marca, pois ele tem grande interesse no sucesso da empresa, além de, ser considerado referência de informações em seus meios de relacionamentos.

  3. Evitar boatos:

    Em empresas em que não existe um cuidado com a comunicação interna, é comum o surgimento de boatos. Popularmente conhecida como “rádio peão”, a boataria é muito prejudicial para o clima da organização, uma vez que a ausência de canais “oficiais” de comunicação dá lugar a notícias inverídicas que poderão impactar tanto no clima organizacional quanto na imagem e na reputação da organização. Por isso, a produção de um jornal interno é uma forma de democratizar as informações e evitar boatos.

  4. Alinhar com os colaboradores os valores e a missão da empresa: 

    Para que os propósitos e os objetivos estratégicos de uma organização sejam alcançados, os colaboradores precisam estar informados e alinhados no que diz respeito às posturas e aos comportamentos que se esperam deles. Dessa forma, o jornal interno pode ajudar a disseminá-los e entendê-los, o que é muito positivo para a organização.

  5. Valorizar os funcionários:

    Toda pessoa gosta de se sentir valorizada, não é mesmo? Numa empresa não é diferente. É bom se sentir reconhecido pelo seu trabalho! E uma das formas de fazer isso é por meio de um jornal interno. Nele, além de inserir matérias sobre a organização, também cabem notícias sobre algum feito de um colaborador, seja dentro ou fora da empresa, como, por exemplo, a realização de um trabalho voluntário, etc. É também uma forma de aproximar as pessoas dentro da empresa. E isso também contribui para um bom clima organizacional.

  6. Mobilização e engajamento: 

    O jornal contribui para mobilizar os colaboradores no que diz respeito a temas que são relevantes para todos. Por meio dele, por exemplo, é possível divulgar campanhas que tratam de assuntos de interesse geral, como, por exemplo, melhoria nos índices de segurança, benefícios oferecidos pela empresa, medidas de economia, etc. E com isso buscar a aderência o engajamento dos colaboradores aos objetivos da campanha.

  7. Exercer o papel social: 

    Para tornar o jornal atrativo, é interessante explorar temas de interesse público para provocar a leitura não só dos colaboradores, mas dos seus familiares, comunidade e outros stakeholders da organização. Por isso, é recomendável produzir matérias que levam informações úteis para os leitores sobre diversos temas, como dicas de economia doméstica e de alimentação saudável, prevenção de doenças, dicas de lazer. Esses assuntos também podem ser escolhidos de acordo com a relevância e época do ano. Por exemplo, dicas de prevenção de doenças respiratórias no inverno, campanhas de vacinação, combate à dengue, etc.

  8. Aproximar a empresa da família do colaborador: 

    Uma das funções de um jornal interno é também levar para dentro da casa dos colaboradores o que se passa na empresa. Ao fazer isso, além de valorizar as ações e iniciativas da empresa, os familiares também se tornam “multiplicadores” das informações dela, o que é muito positivo para a imagem e a reputação da organização. Além do mais, qual filho/esposa/marido não sentiria orgulho de ver o seu familiar estampando as páginas do jornal interno?

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Comunicação interna eficiente: veja 7 dicas importantes

Estreitar a comunicação interna entre empresa e colaboradores é fundamental para um bom clima organizacional e um ambiente produtivo

 

Campanha interna criada pela Press para o seu cliente Telemont: uma ação com foco em comunicação interna
Campanha interna criada pela Press à Telemont: uma ação com foco em comunicação interna

Muitas empresas preocupam-se com a sua comunicação com os clientes, criam novos canais, contratam profissionais para atualizar suas redes sociais e centrais telefônicas para o serviço de atendimento ao consumidor, mas deixam de prestar atenção a algo primordial: a comunicação interna, entre a empresa e seus colaboradores, ferramenta fundamental para que qualquer organização funcione de forma eficaz.

Uma pesquisa realizada pela consultoria Deloitte mostra que os colaboradores de empresas brasileiras estão mais insatisfeitos com a comunicação interna do local em que trabalham do que com o próprio salário. Entre 78% e 80% das pessoas dizem ser mal informadas sobre as ações da empresa, enquanto a média de insatisfação com a remuneração é de 60%.

Muito relevante estes dados ,não é ? A boa noticia é que você pode melhorar esta situação na sua empresa.

7 dicas para aprimorar a sua comunicação interna!

  1. Estimule a comunicação oficial por meio de veículos de comunicação interna (e-mail, jornal, mural, revista,  intranet), em que faça circular as  noticias e informações da empresa.
  1. Permita o acesso às informações por todos os colaboradores, distribua e crie meios para que todos recebam. Um mix mais variado contribui com este desafio. Isso pode evitar ruídos na comunicação interna e até mesmo o atraso na disponibilização de informações.
  1. Combata a fofoca. Mantenha abertos os canais de comunicação interna entre lideranças e subordinados para evitar que boatos ganhem força dentro da empresa.
  1. Dê abertura aos colaboradores. Saber ouvi-los e avaliar as suas expectativas em relação à empresa é uma forma de valorizar os seus empregados, além de ser uma boa fonte de obtenção de ideias para o negócio. Abra canais de sugestões, como fale conosco na intranet, no jornal espaço para o colaborados mandar suas dicas.
  1. Explique os valores da empresa e sua missão, seja como parte de treinamento corporativo ou como um lembrete regular para os colaboradores, em campanhas internas ou séries nos veículos internos.
  1. A comunicação interna não deve ser melhorada apenas entre os membros da equipe que trabalham juntos, mas também entre os gestores e diretores. Lideranças que dedicam parte do seu tempo a conhecer os seus colaboradores e estão dispostos a ouvi-los vão achar mais fácil se comunicar com eles e manter a equipe produtiva. Quando os colaboradores sentem que os gestores se importam com suas preocupações individuais, eles se tornam mais conectados.
  1. Mantenha os colaboradores atualizados sobre as mudanças da empresa, o progresso e os planos futuros. Isso pode ser por meio de um boletim informativo ou em reuniões. Além disso, permita que os empregados se envolvam nessa discussão. Estimule perguntas e comentários, e mostre que todas as ideias são bem-vindas. Os colaboradores são mais propensos a se comunicar bem quando eles sentem que têm um papel no caminho traçado pela empresa.

Entretanto, é preciso ressaltar que em momentos de crise,  como o que estamos vivendo agora, a comunicação interna mais profissional com o colaborador se torna imprescindível para amenizar as inseguranças como: perder o emprego, a empresa falir, reduzir seus negócios, ser substituído por um profissional mais jovem, entre tantos outros fantasmas que prejudicam a harmonia e a produtividade das empresas.

 

 

Comunicação interna: 5 razões para você investir

Durante muito tempo, a comunicação interna foi o “patinho feio” do composto da comunicação empresarial, todo a atenção era voltada à comunicação externa por um entendimento equivocado que o principal publico era o consumidor. Porém,  isto mudou na contemporaneidade, em função, principalmente das mudanças sociais,  capitaneadas pela globalização e as novas tecnologias. Isto porque, os colaboradores das empresas, enquanto cidadãos ganharam voz, são cada vez mais informados, mais múltiplos nos seus papéis sociais. São ao mesmo tempo colaboradores da empresa, consumidores do seu produto,  muitas vezes moradores da comunidade vizinha e até acionistas minoritários. Diante deste cenário, a comunicação interna ganha força e se mostra essencial à comunicação da empresa como um todo.

Afinal, a Comunicação Interna é a ferramenta estratégica que promove a interação entre a empresa e os seus públicos internos, entre os diversos departamentos e entre os colaboradores. Tem por objetivo compatibilizar os diversos interesses de cada parte envolvida, por meio da troca de informações, do diálogo e do engajamento de todos.

Comunicação interna: porque investir?

5 razões para fazer comunicação interna

  1. Os colaboradores são os principais formadores e multiplicadores da imagem e reputação da empresa. Sua “fala” tem a legitimidade de quem conhece e vive naquela empresa.
  2. Os colaboradores são os principais parceiros do negócio da empresa. Afinal, são os maiores interessados no seu desenvolvimento e perenidade.
  3. O sucesso da empresa depende dos colaboradores e de sua satisfação no trabalho. Colaboradores satisfeitos produzem mais, faltam menos.
  4. O colaborador bem informado, que encontra espaço para a sua participação, se sente valorizado e respeitado, permanece mais tempo naquela empresa.
  5. Os boatos nascem onde não flui as informações oficiais e pode gerar diversos prejuízos para empresa.

Porém, para que possa ajudar a empresa,  a comunicação interna precisa primeiramente, ter o aval da diretoria e estar alinhada ao planejamento estratégico da empresa. Deve ser integrada ao conjunto de ações, políticas e diretrizes da comunicação empresarial. Caso contrário, corre o risco de ser ineficiente ou apenas paliativa. Por ser caráter multidisciplinar deve ter um trabalho de equipe entre os gestores de comunicação e gestores de Recursos Humanos.

Feito isso, é hora de estruturar a Comunicação Interna para que, além de promover canais de comunicação eficientes, crie espaços de diálogo entre as lideranças da empresa e os colaboradores. Quando as pessoas dentro da empresa recebem informações sobre o que acontece, elas confiam mais nela, se sentem mais seguras e valorizadas. Consequentemente, elas tendem a ser mais motivadas e engajadas.

Um sistema de Comunicação Interna abrange segmentação de público, mensagens direcionadas, canais formais de comunicação, eventos e iniciativas de humanização, e, inclusive, a comunicação direta que é aquela que acontece entre líderes e equipes.

Todo o trabalho de Comunicação Interna resulta em melhorias para o clima organizacional, a produtividade e a satisfação no trabalho. Portanto, se você quer melhorar os resultados da Gestão de Pessoas na sua empresa, invista em mecanismos de comunicação interna, bem estruturados e alinhados aos objetivos da empresa.

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Mídias digitais e o discurso fora da TV

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Emicida conquistou seu espaço por meio das mídias digitais

Movimentos contra o racismo encontram nas mídias digitais o espaço por anos negligenciado pela TV

Os que viveram a década de 70 devem se lembrar de um verso bradado pela juventude, sobretudo negra. Nas passeatas, greves, universidades, alguém sempre gritava que “a revolução não será televisionada”. Repetia, na verdade, as palavras de Gil Scott-heron, poeta do movimento Renascença do Harlem, de Nova York, e um dos percussores do rap americano. Para o ativista, as conquistas dos grupos de combate ao racismo dificilmente seriam anunciadas pelos meios de comunicação.

Ele tinha motivos para acreditar nisso. Na época, a TV negligenciava, por exemplo, as ações dos Panteras Negras, grupo surgido na Califórnia para denunciar o policiamento ostensivo nos bairros negros das grandes cidades. Nem dava voz às organizações, como a própria Renascença, que preservavam os discursos de Luther King e Malcon X. Na música The Revolution Will Not Be Televised, gravada em 1971, Scott-heron dizia que de nada adiantava ficar em casa esperando um locutor anunciar as mudanças sociais, por que elas só poderiam ser vistas nas ruas.

Hoje, os movimentos têm mais força. As acusações de racismo, porém, e a violência contra os negros ainda persistem nos Estados Unidos. Há casos emblemáticos, como o de Trayvon Martin, de 17 anos, assassinado por um segurança comunitário na Flórida, e de Michael Brown, de 18, baleado por um policial no Missouri. Episódios que levaram novamente milhares a protestarem em passeatas.

Ao contrário do acontecia na década de 70, os casos atuais de racismo até chegam a TV, mas a maior parte deles alcança grande repercussão mesmo na internet. Lá, estão disponíveis vídeos e fotos, tanto das agressões quanto dos protestos. E é na rede que ganham fama artistas com discursos parecidos com os que tinha Scott-heron. Entre eles, o rapper Kendrick Lamar, autor do verso mais falado nas ruas pelos recentes movimentos negros.

No final de julho, na cidade de Cleveland, Ohio, enquanto a polícia tentava conter os mais exaltados em uma manifestação contra o racismo, muito dos presentes cantavam o refrão da música Alright, de Lamar, cuja tradução seria “Negro, vai ficar tudo bem. Você me ouve? Você me entende? Vai ficar tudo bem”. O clipe da canção, publicado em junho no youtube, ultrapassou nesses dias as 18 milhões de visualizações.

No Brasil, os movimentos e ativistas em defesa do negro também encontram guarita no meio digital. Emicida conseguiu espaço assim. O músico ganhou notoriedade nas batalhas de rimas de Mc’s, travadas em bairros da zona norte e leste de São Paulo, a maioria divulgada nas redes sociais e ignorada pelos programas musicais da televisão. “A internet foi fundamental. Os veículos de comunicação no Brasil ainda são muito conservadores em relação ao hip-hop. Essa fase do freestyle passou em branco para a imprensa, mas não para o público graças à internet. As pessoas puderam acompanhar essas disputas e aí quando a imprensa percebeu a existência do Emicida, eu já era gigante”, disse a um jornal de Lisboa.

Consagrado pelo público e referendado pela crítica, Emicida volta à rede para lançar o disco “Sobre crianças, quadris, pesadelos e lições de casa”, em que o tema racismo, sempre presente em sua obra, está mais acentuado. Ele traz a música Boa Esperança, nome de um dos navios que traficavam negros para o Brasil colonial. O clipe, postado no início do mês, conta a história de um grupo de cozinheiras, todas negras, que se rebela contra os seus patrões. A mãe de Emicida, uma ex- empregada doméstica, compõe o elenco. A letra é uma porrada. Expressa que o racismo brasileiro vem camuflado na desigualdade social.

Um pensamento já defendido por muitos sociólogos, com base inclusive nas estatísticas. Os negros são, de longe, a maioria nos piores índices do país, de acordo com o IBGE. Dos 10% dos brasileiros mais pobres, mais de três quartos são negros. Mesma cor de quase 70% de toda a população carcerária. “E os camburão o que são? Negreiros a retraficar. Favela ainda é senzala, Jão!”, diz Emicida em Boa Esperança.

Dias depois de a canção chegar à rede, noticiários policiais dos canais de TV aberta falavam sobre a chacina em Osasco, São Paulo, que vitimou 21 pessoas. Testemunhas relataram que os assassinos, camuflados, perguntavam nos bares da periferia quem já teve problemas com a polícia. A resposta positiva era seguida de um tiro na cabeça. Os corpos exibidos pelas câmeras eram quase todos negros.

A música de Kendrick Lamar virou referência em manifestações contra o racismo: divulgação ganhou as mídias digitais
A música de Kendrick Lamar virou referência em manifestações contra o racismo: divulgação ganhou as mídias digitais

 

Por Thiago Silvério

Jornalista da Press