Fazer assessoria de imprensa cultural parece fácil, mas não é

Assessoria de imprensa eficiente na área da cultura é algo desafiador. Um dos principais entraves é a falta de espaço para divulgação e para contorna-lo é preciso ampliar o relacionamento e investir na experiência na hora de trabalhar o assunto junto à mídia

Ney Matogrosso durante o Festival Natura Musical de 2014

Ney Matogrosso durante o Festival Natura Musical de 2014

Em setembro de 2014, o cantor Ney Matogrosso realizou um show em Belo Horizonte (MG), dentro do Festival Natura Musical, que levou milhares de pessoas à Praça da Estação, um dos principais cartões postais da capital. Mesmo sendo um dos mais expressivos intérpretes da música brasileira e um artista de projeções internacionais, a voz inconfundível (o remelexo e a sensualidade dispensam comentários), do artista não é suficiente para garantir que uma multidão vá a um show seu. Ainda que na rua e ainda que de graça ou a preços módicos.

É preciso informar o público, tarefa assumida pela assessoria de imprensa. E, por menos que pareça, a área da cultura é uma das mais desafiadoras, indo muito além do envio de releases aos principais veículos informando data, hora, e local, por exemplo.  “Apesar de ter apelo e de se tratar de algo tão importante para a sociedade, não existe muito espaço na mídia para falar de cultura”, afirma a jornalista Michelle Rosadini.

Dona de ampla experiência na área – Michelle atuou por sete anos na Secretaria Municipal de Cultura de Belo Horizonte, atual Fundação Municipal de Cultural, e já assessorou eventos de grande porte, como Conexão Vivo e Festival Internacional de Teatro (FIT) – ela conta que, em boa parte dos casos, o espaço se resume às agendas de sexta-feira.

“Na TV, por exemplo, são pouquíssimos os canais que dispõem de programas voltados à área. Conseguir alguns segundos é muito difícil. E mesmo na mídia impressa, os cadernos de cultura circulam apenas no fim de semana, o que acirra a concorrência”, observa. Passar pelo crivo dos editores, que são expostos a uma “enxurrada” de releases todos os dias, e satisfazer as expectativas do cliente – vale lembrar que quem trabalha com cultura no Brasil também enfrenta uma série de dificuldades e um evento bem divulgado é sinônimo de visibilidade – exige empenho.

Procurar uma abordagem mais ampla sobre a ação que será divulgada é uma boa sacada. “No caso de um show é um evento que se encerra ali e não há muito como aprofundar. Quando se trata de artistas com chamariz, como o Ney, é mais fácil de emplacar. Agora, uma feira literária, dá para trabalhar também em um viés econômico, tentando emplacar notícias nos cadernos de cidades e economia, o que amplia as chances de sair na imprensa”, explica Rosadini.

Mas o que mais tem efeito é o relacionamento. Fazer-se presente, ser lembrado por editores e repórteres é fundamental. “É um trabalho de persistência mesmo. Principalmente, quando o tema não permite uma exploração ampla. É preciso que o assessor use todo o seu know-how para mostrar que o evento vale a pena. Aliás, essa regra vale p qualquer divulgação.”

Por Ana Paula Oliveira

Jornalista da Press Comunicação

Publicações corporativas: a importância da fotografia

A fotografia nas publicações corporativas somam ao conteúdo e trazem informação ao leitor

publicações corporativas
Boas fotos mudam o resultado de um projeto gráfico das publicações corporativas

 

Todas as publicações corporativas que integram a comunicação interna de qualquer empresa devem  ser atrativas, modernas e atualizadas para despertar o interesse do público-alvo. E a fotografia, embora nem sempre valorizada por algumas empresas, tem peso muito importante como informação. O registro real dos acontecimentos internos e a produção de fotos dos colaboradores, dos eventos, dos produtos e serviços contribuem para um resultado satisfatório, tanto de estética quanto de conteúdo.

Quem não investe na própria história, contratando um fotógrafo profissional capaz de um olhar atento e diferenciado diante da realidade que se quer retratar, acaba lançando mão dos bancos de imagem gratuitos e, muitas vezes, pagos por meio da internet. Com isso, as fotos corporativas acabam sendo idênticas em empresas distintas, independentemente do setor e do porte. A mesma imagem que ilustra a capa de uma revista importante para determinada corporação é divulgada, por exemplo, em uma apresentação de power point em outra.

Muitas empresas ainda contam com a boa vontade de alguns colaboradores que se aventuram a fazer registros de eventos, treinamentos e reuniões pelo celular. Na tentativa de evitar os bancos de imagem, essas fotos são utilizadas nas publicações, revelando o amadorismo da empresa, com registros desfocados, sem enquadramento e em baixa resolução.

A força da fotografia

Publicações corporativas que valorizam uma boa foto demonstram a importância que a empresa dá a todo o conteúdo da comunicação interna. Por isso, contratar um fotógrafo para produzir um banco de imagens corporativo tem um custo, mas é um investimento que valerá o retorno. A empresa passará a ter imagens inéditas, únicas, específicas e reais dos próprios produtos, serviços, departamentos e, principalmente, da equipe, contribuindo para o senso de pertencimento, tão defendido e valorizado pelas corporações. Tudo isso poderá ser utilizado em todo o trabalho de comunicação interna da empresa, como revista, boletins internos, jornal mural, intranet, site, slides em reuniões e até mesmo nas apresentações da corporação.

Para o fotógrafo Elderth Theza, da THZ Imagens, que atende, entre outras empresas, a Cemig, cliente da Press Comunicação, a fotografia desperta interesse no público alvo. “Quando as pessoas percebem uma imagem bem produzida, notam que a empresa também cuida da sua parte mais sensível, que é a comunicação. “A foto corporativa tem um papel muito importante, pois reforça a imagem da empresa. Por isso, é preciso que o trabalho seja realizado por um fotógrafo profissional. Além das técnicas e dos equipamentos, o talento também contribui bastante para o resultado final”, acredita.

 

Por Luciana Neves

Jornalista da Press

Comunicação corporativa: os perigos de querer opinar sobre tudo

Comunicação corporativa deve seguir uma série de estratégias para que, nesses dias de mensagens instantâneas e polêmicas diversas, a empresa não seja mal interpretada

Documentário Corações & Mentes, de Peter Davis: um canal de comunicação
Documentário Corações & Mentes, de Peter Davis: um canal de comunicação

A internet e toda a sua sorte de redes sociais possibilitaram às empresas um universo de oportunidades. Permitiu, por exemplo, chegar mais rápido a seus públicos alvos, conhecê-los quase na intimidade e acertar seus gostos. Em contrapartida, talvez como pagamento a essas informações privilegiadas, vem exigindo dessas empresas posicionamento constante para os mais diferentes assuntos, dos triviais aos polêmicos. Um campo minado em que, um passo em falso, coloca pelos ares as mais sólidas imagens.

As chamadas à travessia desse campo ocorrem a todo momento. Há convites, explícitos ou não, para opinar sobre corrupção no congresso, morte de cantor sertanejo, aborto legalizado, união homoafetiva, hidrelétrica em Belo Vale, má fase da seleção de futebol. A lista é inumerável, com atualizações quase diárias. O desafio para as empresas não é só percorrer por esses assuntos, mas também fazê-lo de forma convincente e cativante. Em outras palavras, sair ilesa das minas e ainda conquistar corações e mentes.

Essa última expressão, “corações e mentes”, título de um documentário de Peter Davis, surgiu justamente no meio de dias de conflito. Foi cunhada pelo ex-presidente americano Lyndon Johnson numa palestra de incentivo às tropas americanas que embarcavam para a Guerra do Vietnã. Johnson dizia que os Estados Unidos só conseguiriam vencer o embate se fossem capazes de convencer os vietnamitas de que não eram invasores, mas sim libertadores, numa estratégia em que a retórica valeria mais do que os fuzis.

A guerra foi cruel, como nos contam os livros de história. Resultado desastroso para toda uma geração. Mas Johnson, pelo menos naquele palanque, sabia o que dizia. De fato, uma boa comunicação consegue, sem pegar em armas, construir em torno das instituições uma blindagem própria e positiva. Com um planejamento eficiente, promove empresas a um referencial de conhecimento dos setores onde atuem. Faz com que o seu posicionamento seja respeitado e relevante.

Ao observar as grandes marcas é possível identificar algumas ações para esses objetivos. A primeira, evidentemente, é que a empresa não deve cair na armadilha de emitir parecer sobre tudo. Primeiro, é preciso identificar a imagem que se quer manter ou conquistar. Depois, saber a fundo o interesse de seu público. Por fim, limitar os assuntos que se enquadrem nesse interesse e que podem reforçar a sua imagem.

Outra estratégia seria amarrar todos os discursos em uma mesma corrente de pensamento, a identidade da empresa, forjada pelos valores, visão e missão. Essa corrente deve ser notada nas palavras dos porta-vozes, presente em todos os informativos e redes sociais. Para empresas muito grandes, com um corpo técnico e gerencial formados por centenas de potenciais formadores de opinião, alinhar um discurso único pode parecer impossível. Nada do que algum treinamento e a criação dos chamados “comitês de comunicação”, formado pelos próprios funcionários, não resolvam.

Quanto mais afinado for esse discurso mais a empresa será reconhecida e seu posicionamento valorizado. E a internet continuará sendo uma ferramenta útil, mas dessa vez com todas as minas mapeadas.

 

Por Thiago Silvério

Jornalista da Press Comunicação

Comunicação nas comunidades: aliada dos processos de licenciamento ambiental

As etapas que acompanham o licenciamento ambiental demandam comunicação nas comunidades por parte das organizações

Mobilizar a população é um dos objetivos da comunicação nas comunidades
Mobilizar a população é um dos objetivos da comunicação nas comunidades

“Quem não se comunica, se trumbica”. Hoje, mais do que nunca, o famoso ditado popular nunca fez tanto sentido. Num mundo onde cada vez mais pessoas têm acesso a uma diversidade de informações, difundidas com extrema rapidez, principalmente, devido ao uso das mídias sociais, as empresas precisam investir fortemente em comunicação nas comunidades.  Afinal, é por meio dela que elas têm condições de se destacar diante dos concorrentes, mas, também de estabelecer um bom relacionamento com os seus stakeholders, postura fundamental para assegurar a sua sobrevivência.

Divididos entre públicos interno e externo, os stakeholders são considerados estratégicos para as organizações e contemplam, por exemplo, os colaboradores, os acionistas, o governo, os órgãos regulamentadores e fiscalizadores, bem como a comunidade. Nesse contexto, esse últimonunca teve tanta força no ambiente organizacional, principalmente nos processos que envolvem a instalação de empresas cujas atividades impactam, diretamente ou indiretamente, no cotidiano dessas comunidades.

Dessa forma, dado o poder de influência que elas têm nesses ambientes, seja para apoiar ou seja para contestar a implantação desses projetos, os empreendedores (leia-se organizações) precisam investir em canais de comunicação nas comunidades adequados para transmitir, com clareza e objetividade, as informações necessárias para esse relevante público. Num processo de licenciamento ambiental, que compreende as etapas de construção até a operação de um empreendimento, esse relacionamento é muito valioso.

Confira, a seguir, alguns exemplos de situações vivenciadas pelas organizações que mostram como a comunicação nas comunidades é de fundamental importância.

Licença Prévia: Considerada a primeira etapa do processo, é nessa fase que os órgãos ambientais estão analisando a viabilidade do empreendimento para a futura concessão da Licença Prévia (LP), que é o documento que a atesta. É também nesse período que são realizadas as audiências públicas, eventos exigidos pelo órgão ambiental, no(s) município(s) onde o empreendimento será construído para a apresentação das características do projeto à comunidade.

Por ser uma apresentação formal do empreendedor sobre o projeto, a audiência pública também visa o esclarecimento das dúvidas e dos questionamentos do poder público e da população. Por isso, para que ela seja considerada válida, o empreendedor deve comprovar ao órgão ambiental que os requisitos exigidos para a realização do evento foram atendidos. Nesse sentido, o uso de uma linguagem assertiva e de canais de comunicação nas comunidades apropriados, de acordo com a realidade de cada uma delas, possibilita que a divulgação do evento seja mobilizadora, atendendo, portanto, o principal objetivo do evento, que é de convocar a participação democrática de todos.

Além da audiência pública, essa etapa também determina a produção de dois documentos muito específicos que abordam também as características e as finalidades do empreendimento: o Estudo de impacto Ambiental (EIA) e a sua forma mais resumida, voltada para o público leigo, que é Relatório de Impacto Ambiental (RIMA). Por isso, investir em linguagens acessíveis e num design criativo favorece para que as informações sejam bem transmitidas de maneira didática, clara e de fácil entendimento.

Licença de Instalação/Licença de Operação: Nessas etapas, o empreendimento já possui a Licença de Instalação (LI), que autorizou a sua construção e a Licença de Operação (LO), que permitiu o início de sua operação. Dentre as iniciativas que acompanham essas fases estão Programa de Comunicação Social, responsável por divulgar junto à comunidade como está o andamento da implantação bem como a operação do empreendimento. Mais uma vez, assegurar a divulgação desses dados à população é fundamental para que ela tenha acesso às informações e que possa continuar se sentindo parte da sua organização. Essa divulgação pode acontecer por meio de publicações voltadas à comunidade, do trabalho de assessoria de imprensa, entre outras ações de relacionamento com a comunidade, como apoio a eventos que são promovidos na comunidade, entre outros.

A Press Comunicação é uma agência de comunicação integrada que pode oferecer todo esse suporte para o trabalho de comunicação nas comunidades. Quer saber como? Entre em contato pelo (31)3245-3778.

Por Ana Carolina Rocha

Jornalista da Press Comunicação

 

Media Training ajuda a estender os “15 minutos de fama” na mídia

Press promove Media Training para capacitar porta-vozes de grandes empresas
Press promove media training para capacitar porta-vozes de grandes empresas

Aproveitar os “15 minutos de fama” de maneira assertiva pode estender o tempo das empresas sob os holofotes da mídia. O media training é uma ferramenta importante que prepara os porta-vozes para qualquer tipo de entrevista para os mais variados veículos de comunicação. Causar uma boa impressão diante do jornalista é fundamental para que a fonte seja consultada com mais frequência.

O bom relacionamento com a imprensa é essencial e a construção de um relacionamento profissional com os jornalistas deve ser baseada em informação, respeito e disponibilidade da fonte.

Para o profissional de comunicação, uma boa entrevista é aquela em que o entrevistado é capaz de transmitir o assunto com clareza, objetividade, de forma didática e, acima de tudo, com conteúdo. O media training ajuda a desenvolver esses aspectos. Embora isso pareça óbvio, há muitas pessoas que ficam nervosas, ao serem entrevistadas, com receio de serem questionadas sobre algo que não dominam, por desconforto pessoal, timidez ou mesmo por imaginar que podem ser mal interpretadas, além de demonstrarem certa ansiedade diante do novo.

Para minimizar possíveis distorções e informações incorretas, é importante que o entrevistado tenha dados consistentes, apresente argumentos embasados de forma concreta, com projeções, números, valores, investimentos, percentuais, participação de mercado, crescimento, vantagens, diferenciais, comparações, desenvolvimento, os quais legitimam os discursos perante a sociedade. Isso tudo permite enriquecer a matéria, revelando que a fonte tem domínio sobre o assunto que está sendo abordado, garantindo credibilidade e sempre transmitindo as mensagens-chave da empresa ou da campanha, enfim, do assunto pelo qual foi convocado para a entrevista.

Confira algumas 5 dicas básicas de um media training para uma entrevista:

1.  Cumprimente o jornalista, antes de iniciar a entrevista. Chame a pessoa pelo nome e fale pausadamente.

2. Seja claro ao transmitir informações e mostre-se simpático e interessado.

3. Pergunte se está sendo claro, se precisa de mais informações ou de uma explicação melhor em algum ponto que tenha gerado dúvidas, enfim, mostre-se disponível, inclusive para possíveis contatos no momento da elaboração do texto.

4. Ressalte sempre que o assessor de imprensa sabe onde encontrá-lo, caso precise tirar alguma dúvida ou de complementar o material, após a entrevista.

5. Foque na oportunidade de contribuir para um assunto tão importante e esteja munido de informações.

A Press promove diferentes tipos de media training, desde palestras explicativas até treinamentos elaborados, para qualquer número de pessoas. É sempre importante reciclar os porta-vozes, pois a imprensa muda constantemente e as formas de abordagens também.

Por Luciana Neves

Jornalista da Press Comunicação

A importância de um bom briefing no design

Um bom briefing é um dos principais elementos para criar um projeto que agrade o público e que atenda à necessidade do cliente

Um bom briefing de design ajuda o profissional a planejar, e avaliar custos, ações fundamentais para a criação de projetos
Um bom briefing de design ajuda o profissional a planejar e avaliar custos, ações fundamentais para a criação de projetos

 

O sucesso de uma peça gráfica vai muito além das mensagens que são transmitidas por meio dela. Ilustrações criativas, imagens impactantes, tipografia (formato das letras) e cores bem aplicadas fazem toda a diferença para o resultado final da peça e de como ela será percebida pelo público.

Por isso, o trabalho de um profissional de design gráfico é essencial para que a peça consiga expressar as mensagens de maneira assertiva. Afinal, muito mais do que oferecer ideias criativas, o profissional deve possuir as competências necessárias para entender quais são as mensagens principais que determinada peça deve transmitir.

Nesse contexto, a contribuição dos clientes é muito relevante para a elaboração de um bom briefing de design, processo que consiste na coleta prévia de informações, junto a eles, antes do desenvolvimento do trabalho.

O designer gráfico do Núcleo de Design Gráfico da Press Comunicação, Laura Fahel, ressalta a importância do briefing para o desenvolvimento das peças. “É ele quem nos dá o direcionamento do que deve ser feito. Fazendo uma analogia ao trabalho jornalístico, o briefing tem a mesma função da pauta, que define, por exemplo, a abordagem e o foco de uma matéria”, explica.

Por isso, dada à sua relevância, o profissional de design gráfico deve levar em consideração alguns elementos importantes durante a etapa de elaboração do briefing e Laura forneceu algumas dicas.

5 dicas para um bom briefing de design

1) O primeiro passo é entender um pouco mais sobre o cliente (história, missão, valores, estruturação, produtos e serviços oferecidos). Pesquise algumas peças desenvolvidas por ele e, tenha em mãos, o Manual de Aplicação da Marca. Por meio dele, serão apresentadas as tipografias, as cores e os grafismos utilizados pela empresa. “No momento da criação, é preciso estar atento às exigências do Manual para que a peça criada ‘converse’ tanto com ele, quanto com os outros materiais criados previamente pela empresa, reforçando a identidade visual já estabelecida”, observa.

2) Laura também pontua a importância de entender a linguagem do cliente junto aos seus públicos: “Cada empresa possui uma forma muito específica de comunicar com eles. Alguns adotam um tom mais formal, outros, mais descontraído. Por isso, entender qual é essa abordagem faz parte do processo”.

3) Saber quais são as expectativas do cliente para a peça que será produzida também é importante na visão de Laura: “entender qual é o conceito que ele quer passar, bem como as imagens ou ilustrações que ele quer ver também ajudam muito na hora de elaboração da peça”.

4) Definir o prazo para o trabalho ser elaborado é muito importante, pois ele irá determinar o tempo de pesquisa e de criação que terá para o projeto. Lembrando que um bom trabalho de design requer tempo.

5) Saber o orçamento com antecedência é fundamental para saber quais as limitações do design na hora de criar o projeto. Saber os recursos gráficos que poderão ser investidos irá dar um importante norte para as criações.

Além dessas dicas, na hora de montar um briefing de design é preciso montar um questionário com questões chaves que vão fazer a diferença na hora de elaborar o trabalho.

Por Ana Carolina

Jornalista da Press Comunicação

 

Mídias sociais e jornalismo: uma faca de dois gumes

Com celulares modernos, qualquer pessoa consegue filmar situações no dia a dia e postar nas mídias sociais. Mais isso é jornalismo?

Com celulares modernos, qualquer pessoa consegue filmar situações no dia a dia e postar nas mídias sociais. Mas isso é jornalismo?

O chamado Jornalismo Colaborativo, em que cidadãos comuns contribuem com a divulgação de fatos do cotidiano, ganhou força nos últimos anos devido o crescimento da internet e das mídias sociais, como Facebook, WhatsApp e Instagram, bem como a popularização dos computadores e smartphones. A tecnologia tem permitido a várias pessoas exercerem, de forma mais fácil, a sua cidadania. Além disso, muitos veículos de comunicação já utilizam os produtos das mídias sociais como fonte ou complemento para informar o público.

Entretanto, é preciso cautela, pois, ainda que o cidadão seja testemunha ocular do fato, isso não faz dele um jornalista ou repórter. E, por desconhecer a ética da profissão, corre-se o risco de romper o limite entre a informação e o sensacionalismo. Um exemplo é a divulgação de fotos e vídeos de pessoas vítimas de acidentes ou homicídios por meio das mídias sociais. Muitas vezes, as pessoas se preocupam mais em captar o ocorrido com o celular do que em providenciar socorro.

No texto intitulado “Sobre o papel social do jornalismo”, divulgado no site Observatório da Imprensa (2013), Tiago Lobo busca explicar a função do jornalista e a diferença entre o “repórter-cidadão” ao afirmar que: “sendo o ser humano, a vida humana, a matéria prima do jornalismo e de toda narrativa, cabe ao jornalista o papel de extrema relevância de atentar-se para a humanização do seu trabalho… a ele lhe cabe o papel de regular e opor-se a degradação e massificação da mente coletiva da sociedade do espetáculo”.

As mídias sociais requerem cuidado

Muitos que utilizam as mídias sociais para impulsionar fotos ou vídeos das vítimas de acontecimentos trágicos, argumentam ser essa uma forma de conscientização, que levará à redução das tragédias. Mas, até hoje, os índices de acidentes no trânsito ou crimes bárbaros não diminuíram no Brasil com tais práticas, apenas causaram desrespeito e sofrimento aos familiares.

Infelizmente, a prática legislativa para esse fato é fraca, pois não possui legislação específica para o comportamento virtual como um todo. Mas, ainda que a passos lentos, esse cenário está mudando. Um exemplo nacionalmente difundido ocorreu neste mês, quando a Polícia Civil indiciou três pessoas pelo vazamento de fotos e vídeos nas mídias sociais do corpo do cantor Cristiano Araújo e da sua namorada, Allana Moreas, que morreram em um acidente de carro em Goiás. Os envolvidos foram demitidos por justa causa e serão processados por vilipêndio de cadáver, crime contra o desrespeito aos mortos, tipificado no artigo 212 do Código Penal, que prevê pena de um a três anos de prisão e multa. Outros crimes como esse foram cometidos com a funkeira Amanda Bueno, assassinada pelo noivo no Rio de Janeiro, e com o ator Robin Willians, que cometeu suicídio, além de inúmeras outras pessoas não famosas.

Por Nayara Amâncio

Jornalista da Press Comunicação

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Melhore sua comunicação empresarial: aposte em comitês

Comitês de comunicação são ferramentas fundamentais para grandes empresas, no trabalho de comunicação interna

comunicação empresarial
Para botar em prática um bom planejamento de comunicação empresarial, ter o apoio de um comitê pode ser fundamental

A comunicação empresarial é fundamental para qualquer empresa, pois ajuda a integrar os colaboradores bem como as atividades realizadas pelas diversas áreas. Muitas organizações optam por contratar uma agência de comunicação empresarial para gerenciar toda a produção dos próprios canais, como revista, jornal, jornal mural, intranet, por onde serão divulgadas as informações internas.

Para permitir o maior envolvimento dos colaboradores e que as informações circulem amplamente, de forma democrática, revelando acontecimentos, muitas vezes restritos a determinados setores, há empresas que instituem um comitê de comunicação interno.

Formado por representantes de setores distintos da empresa, o comitê tem o compromisso de repassar ao departamento de comunicação, e esse à agência de comunicação empresarial, informações e novidades que possam ser divulgadas nos canais da empresa; convencer colaboradores de prestarem depoimentos sobre determinados assuntos e, além disso, serem fotografados ou enviarem a própria foto.

Essa pessoa, identificada em algumas empresas como correspondente, representantes, facilitadores e e em outras como líder de comunicação, também deve estar atenta para que todos os colegas tenham acesso aos boletins, comunicados, jornal mural, jornais e revistas, intranet, e, assim, ter a garantia de que as notícias estão alcançando todos os colaboradores.

Olhos e ouvidos da comunicação empresarial

A relação de confiança, de respeito e de consideração mútuas entre a empresa e a agência de comunicação empresarial é fundamental para o sucesso dos conteúdos. Os correspondentes precisam estar atentos à rapidez no envio das informações, checar os dados previamente, lembrar que as notícias devem ser atuais, despertar o interesse do público interno, ser curiosas e revelar alguma oportunidade para serem divulgadas.

Isso tudo é importante para agilizar o trabalho da equipe de jornalistas da agência de comunicação empresarial, quem fará toda a apuração, redação e edição das matérias. A existência de um comitê de comunicação atuante resulta em canais de comunicação atualizados, atrativos e, consequentemente, com amplo alcance pelo púbico interno. Se a sua empresa ainda não o possui, pense nessa possibilidade, e, se necessário, conte com a Press Comunicação para ajudar a implantá-lo.

 Por Luciana Neves

Editora da Press Comunicação

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Publicações corporativas e o desafio do prazo

 

Conseguir entrevistar a fonte certa pode ser uma tarefa difícil em publicações corporativas
Conseguir entrevistar a fonte certa pode ser uma tarefa difícil em publicações corporativas

 

“Se não tem tu, vai tu mesmo”. Pode soar estranho, mas este conhecido ditado popular remete a um dos principais desafios que surgem durante a produção das publicações desenvolvidas para o meio empresarial: a dificuldade em contatar determinadas fontes. Sim, estamos apontando para publicações como jornais e revistas que, impressas ou veiculadas em meio digital, continuam no hall das principais vias de comunicação de uma empresa com os seus stakeholders.

Visualizar esta situação é fácil. Tomemos como exemplo um jornal diário. Ao receber uma pauta, o repórter tem um prazo para entregar a sua matéria, que ainda deverá passar pela edição, entre outras etapas. Nessa dinâmica, nem sempre é possível esperar a disponibilidade das fontes sendo possível substituí-las, desde que o compromisso com a verdade, premissa fundamental do jornalismo, seja respeitado.

Não é o caso das publicações corporativas. Para essas publicações, na maioria das vezes não vale a regra do “não tem tu, vai tu mesmo”, afinal, elas giram em torno do universo de uma empresa, o que reduz consideravelmente a maleabilidade com relação aos depoimentos. Ao tratar das ações sociais de uma empresa, das tecnologias por ela desenvolvidas, das mudanças em seu processo produtivo e de tantos outros fatos noticiosos, é imprescindível ouvir os seus dirigentes, especialistas, parceiros e demais envolvidos – muitos deles, com agendas apertadas, o que dificulta o trabalho do jornalista.

Mas e o prazo de entrega das publicações?

Essa é apenas uma das dificuldades que impactam diretamente no cronograma de atividades das publicações empresariais, causando transtornos ao cliente (vale lembrar que soltar uma publicação extrapolando o seu período de abrangência é prejudicial à relação de fidelidade estabelecida com o leitor) e à agência, que vê suas demandas encavalarem. E não é só isso: a produção de uma publicação corporativa também enfrenta gargalos como a aprovação das matérias por parte da empresa, a produção das fotos e a aprovação final do produto editorial. Mas isso é assunto para um próximo texto.

Por ora, vale ressaltar que há, sim, meios de minimizar as dificuldades e a simplicidade deles é inversamente proporcional ao efeito que conseguem atingir (quem lida com isso diariamente pode comprovar!). Prever possíveis atrasos já na própria elaboração do cronograma é um deles e torna-se possível na medida em que a agência vai estreitando a relação com o cliente e entendendo as suas particularidades. É um “perde-se uns dias aqui, mas ganha-se em outra etapa”. Outro passo é orientar aos repórteres a procurar as fontes o mais rápido possível, logo após receber a pauta. Mesmo sem pesquisarem previamente sobre o tema, eles podem antecipar a necessidade de um horário para entrevista ou a impossibilidade de datas, por exemplo.

São manobras que uma agência de comunicação experiente é capaz de realizar, contornando as dificuldades sem alardes e garantindo a entrega de um produto que atende às expectativas do cliente.

 Por Ana Paula Oliveira

Jornalista da Press Comunicação

Assessorias de imprensa recomendam: conhecimento se compartilha

Assessorias de impressa entenderam que oferecer conteúdo extra a repórteres traz benefícios para sua marca, para os jornais e, indiretamente, para a população

assessoria de imprensa

Assessorias de imprensa investem em eventos como o promovido pela Ibmec sobre economia, exclusivo para jornalistas

 

Não há registro de quem disse, nem em quais circunstâncias, mas é difícil discordar de que o repórter é um especialista em generalidades. A sociedade espera desses profissionais informações sobre os mais diferentes assuntos nos campos das artes e das ciências. Eles escrevem da fauna marinha a tecnologias de aviação. Anunciam atrações do Teatro Espanca e do Palácio das Artes. Deixam nas entrelinhas conceitos de microeconomia para esclarecer por que o pão de sal ficou mais caro.  Falam cinco minutos de muita coisa. Porém, seis minutos de pouca. Sete, de quase nada.

Claro que há exemplos de grandes experts espalhados pelas redações. Mírian Leitão e Sardemberg conhecem muito de economia brasileira. Tárik de Souza e Zuza Homem de Mello são referências quando o assunto é música. E raros os que entendem tanto de segurança e tecnologia militar quanto Roberto Godoy. Mas no geral, pela pressão do trabalho em jornadas que entram pela noite, falta tempo aos jornalistas para se aprofundarem. Aprendem rápido uma quantidade de conteúdo suficiente para balizar sua notícia.

Algumas assessorias de imprensa perceberam que auxiliá-los nessa busca por conhecimento é um bom caminho. Recentemente, a IBMEC promoveu um encontro em Belo Horizonte entre jornalistas da cidade que cobrem economia e dois professores do seu corpo acadêmico, fontes recorrentes dos jornais. Reginaldo Nogueira, coordenador de Relações Internacionais, deu uma aula sobre a atual conjuntura econômica do Brasil, imerso em um contexto de crise mundial. Já Eduardo Coutinho, coordenador de Administração, esclareceu as complicadas perspectivas do empresariado do país para os próximos anos.

Outras grandes empresas já fizeram esforços do tipo. A Vale, por exemplo, realiza cursos recorrentes para os repórteres que querem saber mais sobre o setor de mineração. O Instituto Aço Brasil (IAB), que representa as maiores siderurgias, costuma fazer palestras direcionadas a esse público. Algumas entidades sem fins lucrativos, como a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), também passaram a organizar eventos com jornalistas.

As vantagens são recíprocas. As empresas fortalecem um canal de comunicação direto com as redações e mostram que estão disponíveis a ser acessadas quando alguma notícia, boa ou ruim, envolver o seu nome. Indicam, enfim, que podem ser fontes confiáveis e parceiras na árdua tarefa de se fazer jornal.

Os repórteres, no outro lado, saem mais preparados para aprofundar as suas pautas e levar informações completas à população. Farão com mais eficiência o papel de multiplicadores de conhecimento, oferecendo aos leitores, ouvintes e telespectadores o que aprenderam enquanto apuravam. Muita gente sai ganhando quando esses profissionais conseguem ampliar os minutos de seu repertório.

Por Thiago Silvério

Jornalista da Press Comunicação