SUSTENTABILIDADE : CAMPANHAS OU COMUNICAÇÃO DE CAUSA?

 

A Sustentabilidade , diante de cenários tão complexos como os que estamos vivendo, parece passar despercebida enquanto Campanhas isoladas .Então como fazer uma comunicação que (re) sensibilize os públicos das organizações a aderir a Sustentabilidade?
O Relatório “Nosso futuro comum” Gro Harlem Brundtland, 1987 – ex-primeira-ministra da Noruega, foi o primeiro marco sobre a sustentabilidade dizendo que “Desenvolvimento sustentável significa suprir as necessidades do presente sem afetar a habilidade das gerações futuras de suprirem as próprias necessidades”. Ocorre que, segundo a própria Brundtland, “A terra é uma só, mas o mundo não é (…) cada país esforça-se por sua sobrevivência e sua prosperidade com pouca consideração sobre o impacto que provoca nos outros”. Apesar de isso ter sido dito há 30 anos não te parece muito atual?

Sustentabilidade uma causa de todos

SUSTENTABILIDADE E AS ORGANIZAÇÕES COM ISSO?

 

Nestes últimos trinta anos a maioria das organizações empresariais, entenderam seu papel de responsabilidade social em relação à sustentabilidade e adotaram diversas ações internas e externas. Muitas Campanhas foram feitas para redução de uso da água, destinação correta de lixos, economia dos recursos naturais, adoção de programas ambientais entre outras atitudes.
Mas parece que chegamos a uma encruzilhada onde essas Campanhas já não fazem tanto efeito, já não mexem mais com as pessoas. É como se as mensagens já não fossem vistas e nem ouvidas?
• O que esta acontecendo? As Campanhas não fazem mais efeito?
• Qual a melhor forma de comunicar a sustentabilidade com os públicos internos e externos?
• Como atrair os funcionários para a discussão, o diálogo sobre a sustentabilidade no trabalho e a responsabilidade social todos?
• Como mantê-los engajados em longo prazo?
• Como mobilizar os servidores a participar e influenciar outras pessoas?
• Novas campanhas?
• Novas abordagens por meio de números, metáforas, fotos, vídeos, humor, emoção e histórias de gente?

7 MOTIVOS PARA O NÃO ENGAJAMENTO DOS FUNCIONÁRIOS

 

1. Ainda não compreendem a dimensão da sustentabilidade e as implicações dela no cotidiano e, principalmente, no futuro.
2. Até compreendem, mas não sabem como materializar no dia a dia.
3. Compreendem, mas acreditam que as ações propostas são de baixo impacto.
4. Acham que são os outros países, os ricos e os poluidores, que devem cuidar disso.
5. O valor da sustentabilidade não faz sentido. É visto apenas como um modismo, desgaste de tempo e de recursos.
6. Sustentabilidade é discurso de “tribos”. Coisa de ambientalista “ecochato”.
7. Até reconhecem que o discurso da sustentabilidade agrega valor para a imagem da organização perante a sociedade, porém não a colocam em prática.

Proponho pensarmos fora desta caixa. E se tratarmos a sustentabilidade como uma causa?

Causas são movimentos individuais ou coletivos criados com o objetivo de promover uma transformação social por meio de ações e programas. As causas sociais estão nos temas como o combate a pobreza, a violência urbana, questões ambientais, direitos de minorias, entre outras mazelas que afetam a sociedade e causam indignação. Podem ser adotadas por pessoas e instituições – organizações da sociedade civil, empresas públicas e privadas, partidos políticos e pessoas comuns.

Os 3 PILARES DE CAUSA SOCIAL

  • Convicção, crença no propósito da organização ou da causa em si, entrar para o DNA da organização;
  • Coerência, ter plena convergência entre o discurso e a prática. Os públicos de relacionamento devem construir a mesma percepção;
  • Consistência em sua comunicação assumindo que esta deve ser a expressão consequente de uma prática continua. É preciso persistência.

SUSTENTABILIDADE PODE OU NÃO SER TRATADA COMO CAUSA?

Entendendo que sim, temos uma nova e transformadora perspectiva de comunicação.
Para Mônica Gregori (2017) “Comunicar causas sociais é colocar um tema na agenda da sociedade, mobilizar os convertidos, conquistar os indiferentes e influenciar os tomadores de decisão, com o objetivo de mudar a realidade social, cultural, econômica e ambiental por meio da sensibilização do público e de mudanças nas políticas públicas.” Já Márcio Simeone, (2007) vai além ao afirmar que a comunicação não se limita a midiatização, mas passa a ser parte integrante da própria Causa um fator constitutivo dos movimentos sociais contemporâneos. E defende que a Comunicação de Causa tem duas dimensões:

1. A manutenção de estruturas mobilizadoras de forma horizontal, menos hierarquizada, mais democrática e participativa, a criação das ações em rede considerando a coparticipação, interação e intercâmbio e, principalmente, da busca de coesão dos atores mobilizados.

2. Processo de visibilidade da causa e posicionamento público dela. Mais do que buscar o reconhecimento público, trata-se de posicionar-se e legitimar-se na defesa da causa da sustentabilidade e da responsabilidade socioambiental da instituição, busca-se a formação de identidade cultural.
Assim, a Comunicação de causa se confunde com a própria Causa se caracterizando por:

  1. Pertinência;
  2. Conexão e colaboração;
  3. Cocriação;
  4. Transparência;
  5. Horizontalidade;
  6.  Pragmatismo

Mais afinal, quais as diferenças entre Campanhas e Causas?

Campanhas X Campanhas Comunicação de Causas

Informacional  X Dialógicas
Usa mais a publicidade X Além da publicidade, a relações públicas, entre outras ferramentas.
Direcionada para o público-alvo X Direcionada para múltiplos públicos
Foco nas mensagens X Foco no compartilhamento de ideias, na interação e colaboração.
Cunho informativo X  Cunho educativo
De curto prazo X De longo prazo
Busca disseminação X Busca engajamento

Estratégias de mobilização de Causas:

• Se articular sistematicamente – União de esforços com outras entidades, instituições de pesquisa, ONGs ambientais, Universidades, instituições internacionais, nacionais e locais que também atuem na causa para estimular novas ações, enriquecer o debate e ganhar potência.
• Gerar intercambio de informações – Acompanhar agendas globais que atum na área socioambiental como o Marco Regulatório (Marco Regulatório, Organizações da Sociedade Civil, Agenda 2030, Acordo Global pelo Clima). A excelência na prática social depende de alinhamentos com grandes debates, com temas que impactam governos, empresas e associações do mundo todo.
• Entender o “timing”, trazer para a contemporaneidade os conceitos e as inovações pertinentes aos temas ambientais.
• Usar exemplos mundiais, pesquisas, dados, que deem substância à causa da sustentabilidade e seus diversos recortes.
• Fazer benchmarking com entidades locais , próximas da realidade do MPT da sua região.
• Buscar a participação de pessoas da comunidade para parcerias. Ex: Asmare-BH (http://asmare.org).
• Construir significados que vão ao encontro da cultura das pessoas, que as toquem nos cinco sentidos.
• Sair da caixa. Por exemplo, levar grupo de pessoas para se ter contato com questões ambientalmente destrutivas e ambientalmente corretas.
• Inovar nas mensagens, nas peças, nos discursos, reciclar campanhas, mudar estratégias sistematicamente.

ESTRATÉGIAS DA COMUNICAÇÃO DE CAUSA

“Não basta comunicar, é preciso convidar para o diálogo. Fazer e comunicar juntos. Cooperar e co-criar são as ideias do momento. “Vivemos o mundo em que todo mundo tem voz”. Estamos vivendo essa era da co-construção. Nunca vimos um espaço tão fértil para participação.” Mônica Gregori da Agencia Cause.
 Dividir a agenda em campanhas especifica, fatiando o objetivo.
 O objetivo macro: contribuir com a sustentabilidade do planeta.
 Como: com a redução/ uso consciente de recursos naturais no nosso dia a dia, com atitudes ambientalmente corretas. Exemplo: economia de energia, água, papel, destinação e reciclagem dos resíduos.
 Recorte: Ex: Economia de papel
 Encontro colaborativo de cocriação. A Comunicação de Causa não só responsabilidade de um departamento apenas.
 É preciso diversificar, atualizar, acompanhar as mudanças, INOVAR.
 Envolver as famílias e suas crianças e adolescentes na Causa do MPT.
 Blitz sistemáticas para verificar, por exemplo, o uso consciente do papel.
 Engajar a sociedade com doação de mudas de árvores que deverão ser entregues e plantadas com a cooperação dos servidores em escolas públicas, creches, asilos, praças, etc.

Comunicação nas comunidades: aliada dos processos de licenciamento ambiental

As etapas que acompanham o licenciamento ambiental demandam comunicação nas comunidades por parte das organizações

Mobilizar a população é um dos objetivos da comunicação nas comunidades
Mobilizar a população é um dos objetivos da comunicação nas comunidades

“Quem não se comunica, se trumbica”. Hoje, mais do que nunca, o famoso ditado popular nunca fez tanto sentido. Num mundo onde cada vez mais pessoas têm acesso a uma diversidade de informações, difundidas com extrema rapidez, principalmente, devido ao uso das mídias sociais, as empresas precisam investir fortemente em comunicação nas comunidades.  Afinal, é por meio dela que elas têm condições de se destacar diante dos concorrentes, mas, também de estabelecer um bom relacionamento com os seus stakeholders, postura fundamental para assegurar a sua sobrevivência.

Divididos entre públicos interno e externo, os stakeholders são considerados estratégicos para as organizações e contemplam, por exemplo, os colaboradores, os acionistas, o governo, os órgãos regulamentadores e fiscalizadores, bem como a comunidade. Nesse contexto, esse últimonunca teve tanta força no ambiente organizacional, principalmente nos processos que envolvem a instalação de empresas cujas atividades impactam, diretamente ou indiretamente, no cotidiano dessas comunidades.

Dessa forma, dado o poder de influência que elas têm nesses ambientes, seja para apoiar ou seja para contestar a implantação desses projetos, os empreendedores (leia-se organizações) precisam investir em canais de comunicação nas comunidades adequados para transmitir, com clareza e objetividade, as informações necessárias para esse relevante público. Num processo de licenciamento ambiental, que compreende as etapas de construção até a operação de um empreendimento, esse relacionamento é muito valioso.

Confira, a seguir, alguns exemplos de situações vivenciadas pelas organizações que mostram como a comunicação nas comunidades é de fundamental importância.

Licença Prévia: Considerada a primeira etapa do processo, é nessa fase que os órgãos ambientais estão analisando a viabilidade do empreendimento para a futura concessão da Licença Prévia (LP), que é o documento que a atesta. É também nesse período que são realizadas as audiências públicas, eventos exigidos pelo órgão ambiental, no(s) município(s) onde o empreendimento será construído para a apresentação das características do projeto à comunidade.

Por ser uma apresentação formal do empreendedor sobre o projeto, a audiência pública também visa o esclarecimento das dúvidas e dos questionamentos do poder público e da população. Por isso, para que ela seja considerada válida, o empreendedor deve comprovar ao órgão ambiental que os requisitos exigidos para a realização do evento foram atendidos. Nesse sentido, o uso de uma linguagem assertiva e de canais de comunicação nas comunidades apropriados, de acordo com a realidade de cada uma delas, possibilita que a divulgação do evento seja mobilizadora, atendendo, portanto, o principal objetivo do evento, que é de convocar a participação democrática de todos.

Além da audiência pública, essa etapa também determina a produção de dois documentos muito específicos que abordam também as características e as finalidades do empreendimento: o Estudo de impacto Ambiental (EIA) e a sua forma mais resumida, voltada para o público leigo, que é Relatório de Impacto Ambiental (RIMA). Por isso, investir em linguagens acessíveis e num design criativo favorece para que as informações sejam bem transmitidas de maneira didática, clara e de fácil entendimento.

Licença de Instalação/Licença de Operação: Nessas etapas, o empreendimento já possui a Licença de Instalação (LI), que autorizou a sua construção e a Licença de Operação (LO), que permitiu o início de sua operação. Dentre as iniciativas que acompanham essas fases estão Programa de Comunicação Social, responsável por divulgar junto à comunidade como está o andamento da implantação bem como a operação do empreendimento. Mais uma vez, assegurar a divulgação desses dados à população é fundamental para que ela tenha acesso às informações e que possa continuar se sentindo parte da sua organização. Essa divulgação pode acontecer por meio de publicações voltadas à comunidade, do trabalho de assessoria de imprensa, entre outras ações de relacionamento com a comunidade, como apoio a eventos que são promovidos na comunidade, entre outros.

A Press Comunicação é uma agência de comunicação integrada que pode oferecer todo esse suporte para o trabalho de comunicação nas comunidades. Quer saber como? Entre em contato pelo (31)3245-3778.

Por Ana Carolina Rocha

Jornalista da Press Comunicação

 

Comunicação e o discurso da sustentabilidade

A comunicação da sustentabilidade está funcionando ? Conheça estratégias, produção de sentidos e circularidade

 

Comunicação e sustentabilidade. Faz sentido?

Comunicação e sustentabilidade. Faz sentido?

 

Partimos do pressuposto que não existe comunicação sem intencionalidades e que o mesmo discurso pode ter vários sentidos (polissemia) ou mesmo sentidos próximos (sinonímia) e que, portanto comunicar é uma questão de escolha, não só de formas e meios adequados às normas linguageiras de determinado contexto, mas de conteúdos a transmitir e efeitos de sentidos que se busca para influenciar o outro (CHARAUDEAU, 2007). Dito de outra maneira, comunicação é a escolha de estratégias discursivas. Dessa forma, entendemos que o discurso da sustentabilidade adotado pelas empresas é estratégico e no jogo discursivo que engendra com a sociedade se utiliza de recursos em busca de comunicação, interação, reconhecimento e legitimação social, já que na maioria das vezes são organizações transnacionais e padecem de desconfiança e críticas por parte dos sujeitos, principalmente no quesito socioambiental. De forma geral, este discurso traz como significado dado – aquele que é emitido e sem ainda passar pelo crivo dos recepção – ou melhor como consta em um dicionário, a sustentabilidade é a atuação empresarial socialmente justa, economicamente viável e ambientalmente correta.

Comunicação inovadora

Entendemos que o conceito de sustentabilidade representa uma inovação, ou renovação no repertório discursivo das organizações de modo geral, isto porque enunciações como progresso, modernização, crescimento econômico, avanço tecnológico, não são mais vistos na contemporaneidade como benefícios inquestionáveis e desejados a qualquer preço pelos sujeitos. Halliday (1987) alerta, que na maioria das vezes, estes discursos se transformaram em percepções muito negativas e deslegitimantes, ao implicarem em alto custo para toda a sociedade. Como, por exemplo, levar as riquezas produzidas para fora do Brasil, causar à degradação dos recursos naturais, como a destruição das florestas, a escassez da água, a poluição do ar e geração de desigualdade e exclusão social. Este tipo de ônus é percebido pela sociedade atual. Ainda, segundo Halliday (1987), por isso mesmo, o discurso das organizações vem se deslocando da ênfase na qualidade de seus produtos, na auto referenciação grandiosa como “somos a maior empresa de”, “a melhor em” para a valorização de suas ações direcionadas a sociedade. Focada nos benefícios reais que sua atuação traz para a sociedade sem desleixar com o futuro. Podemos perceber essa renovação discursiva na descrição da missão, visão e valores onde a maioria das organizações introduziu a palavra sustentabilidade. Outra evidência destes deslocamentos discursivos são os relatórios anuais de sustentabilidade, publicados pelas grandes empresas. Onde antes se via discursos relacionados principalmente a excelência operacional, agora se vê de forma ampliada o foco na excelência empresarial que torna o negócio mais sustentável.

Comunicação vai funcionar?

Resta saber se a sociedade e os sujeitos que interagem com a organização, enquanto receptores/destinatários entendem seus discursos, aceitam ou os refutam e que sentidos constroem. Afinal a significação é posta em discurso pelo jogo do dito e do não dito, do implícito e do explícito. Então,  como estão sendo vistos estes discursos? Eles estão de fato agregando valor a imagem e reputação da organização? Os sujeitos, na linguagem corporativa – stakeholders – fazem a conexão do discurso com a prática? Essas são questões determinantes e que devem ser analisadas, sistematicamente pelos profissionais de comunicação.

Bibliografia

CHARAUDEAU, Patrick. Linguagem e Discurso. São Paulo: Contexto, 2008. CHARAUDEAU, Patrick. Discursos das mídias. O Contrato de informação midiático. São Paulo: Contexto: 2007. CHARAUDEAU, Patrick. Uma teoria dos sujeitos da linguagem. In: LARA, Gláucia M.Proença; MACHADO, Ida Lúcia, EMEDIATO, Wander (Orgs). Análises do discurso hoje. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008. HALLIDAY, Tereza Lúcia. A Retórica das Multinacionais. São Paulo: Summus, 1987. SUSTENTABILIDADE completa uma década.  Gazeta Mercantil, São Paulo, 22 abr. de 2008.

Campanha alerta sobre a dengue e chikungunya

Unimed-BH lança site e campanha para sensibilizar a população e imprensa já sinaliza que capital está em situação de alerta

Campanha da Unimed-BH alerta sobre os cuidados com a dengue e a chikungunya
Campanha da Unimed-BH alerta sobre os cuidados com a dengue e a chikungunya

Foi destaque na imprensa que Belo Horizonte é uma das 18 capitais brasileiras que estão em alerta para casos de dengue e febre chikungunya. A informação foi divulgada pelo Ministério da saúde, nesta quinta-feira (12 de março). Em todo o Brasil, 340 cidades estão em risco de epidemia, sendo 19 cidades mineiras. A matéria foi destaque no Portal Uai, no G1, Uol, sites dos jornais Hoje em Dia e Estado de Minas, entre outros.

No verão, época em que o clima é quente e chuvoso, a preocupação é grande, pois favorece a procriação da fêmea do mosquito Aedes aegypti, transmissora da doença. Cliente da Press, a Unimed-BH, está com uma campanha para sensibilizar a população e seus clientes, além de esclarecer as diferenças entre as doenças. Por meio de peças como banners, cartazes, mídia exterior, spot de rádio, entre outras, a cooperativa está reforçando com as pessoas a responsabilidade na prevenção, com relação aos cuidados que devem ser tomados. A Unimed-BH ainda criou um hotsite para divulgar informações, tirar dúvidas e informar os seus canais de atendimento.

Além disso, a Cooperativa tem preparado as diversas unidades da Rede Própria nas regiões de maior impacto, para manter a qualidade do atendimento se houver aumento da demanda em razão dessas doenças.

Dengue e Chikungunya: entenda as diferenças

Você sabe qual são as diferenças entre as doenças. Veja abaixo:

Dengue:é uma doença infecciosa, transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. É causada por quatro tipos de vírus: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. Indivíduos residentes em áreas endêmicas podem ser infectados pelos quatro tipos de vírus durante a vida. Fique atento.

Chikungunya: causada pelo vírus CHIKV, originado no oeste da África, a Chikungunya também é uma doença infecciosa transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. O seu nome significa “aqueles que dobram”, em referência à aparência curvada dos primeiros casos da doença que causa dores fortes nas articulações.

Sintomas:

Ambas são causadas por vírus e são transmitidas pela picada do mosquito infectado. Os sintomas são semelhantes: 

– Dor nos olhos ou atrás dos olhos;

– Dor de cabeça;

– Febre;

– Manchas na pele;

– Dor no corpo/ dor muscular (na dengue, esse sintoma é mais intenso);

– Dores nas articulações (na Chikungunya, em alguns casos, a dor nas articulações pode se prolongar por meses ou até anos).

 Fonte campanha: www.acoesunimedbh.com.br/combateadengue/sintomas/

Redes sociais e universo online promovem “todos por um”

Prática de financiamento coletivo ajuda projetos de diferentes segmentos se tornarem possíveis com a ajuda da internet e com a força da divulgação das redes sociais

redes sociais

Flávia Maoli criou o blog Além do Cabelo, divulgado com a ajuda das redes sociais, e possível graças à ajuda de fundos levantados na internet

A voz marcante da cantora Nina Simone no jazz Ain’t Got No, I Got Life certamente foi escolhida a dedo para dar o tom da mensagem a ser passada: câncer não é escolha, bom humor sim, mote do blog “Além do Cabelo”, criado pela arquiteta Flavia Maoli. Diagnosticada com Linfoma de Hodgkin, em 2011 (ela encarou a doença duas vezes), Maoli decidiu, por meio das redes sociais, e principalmente seu blog, compartilhar com outros pacientes sua história e sua maneira de ver o mundo.

Essa iniciativa, que ajuda as pessoas a dividir um problema e enfrentá-lo sob uma nova perspectiva, talvez não viesse à tona não fosse uma prática, de certa forma antiga, mas que está ganhando cada vez mais espaço no Brasil: o croundfunding (financiamento coletivo).

Utilizada para custear desde pequenos projetos (inclusive jornalísticos!) a shows de grandes proporções, o boom dessa modalidade de finan­ciamento se deu em 2009, nos Estados Unidos, com o ­Kickstarter, até hoje um dos maiores sites do gênero. É uma alternativa para tirar do papel ações que, muitas vezes, ficam fora do mainstream por serem consideradas de pouco alcance comercial e, portanto, não atrativas à iniciativa privada.

A força das redes sociais e da internet

Seu princípio é bem simples: como na conhecida “vaquinha”, cada indivíduo desembolsa o quanto puder para bancar um projeto de sua escolha. É assim mesmo, na base do “junta junta”, que ele pode acontecer, desde que alcance o montante necessário.

Um ponto importante que essa nova maneira de “fazer acontecer” levanta diz respeito às múltiplas possibilidades que o meio digital oferece. Graças à internet e suas redes sociais, por exemplo, cada vez mais pessoas têm se tornado formadoras de opinião e editoras dos seus próprios conteúdos.

No caso “Além do Cabelo”, a iniciativa foi tão bem recebida que terminou entre as finalistas do Prêmio Brasil Criativo, do Ministério da Cultura em parceria com a 3M. O resultado foi divulgado no último dia 21. O blog não foi o único finalista. Entre os 22 contemplados, outros quatro foram custeados via Catarse, uma das maiores comunidades de financiamento coletivo do país: Pimp my Carroça, Afrovale – Padaria Artesanal, Escola de Rua e Modelo Estrutural Mola, todos de São Paulo (SP).

Lançado em 2011, o Catarse ultrapassou mais de R$ 10 milhões em doações no 2º semestre de 2013. No primeiro ano, cerca de 15 mil pessoas apoiaram pelo menos um projeto no Catarse com doações de, em média, R$ 105. Em 2014, o número de pessoas já ultrapassou os 40 mil, com uma quantia média de R$ 113 por doação.

O Catarse indica que, nos dias de hoje, e cada vez mais, as pessoas estão livres para escolher e participar do que quiser. Ta aí a Flávia Maoli e a Nina Simone que não me deixam mentir.

Ana Paula Oliveira

Jornalista da Press Comunicação

Identidade , cultura, marca e reputação corporativa. Quem somos e como somos vistos?

Complementando a discussão sobre marca e reputação com a reflexão sobre a  influência da identidade e  cultura organizacional  

“Quem somos” e “como somos vistos”. Relendo o artigo da Ana Luisa de Castro Almeida que publicamos no site da Press sobre marca e reputação me lembrei de outro artigo intitulado “A construção de sentido sobre “quem somos” e “como somos vistos” que a autora ,então minha professora,  trouxe para discussão quando fazia o mestrado na PUC . Na verdade, ele vem complementar a reflexão sobre a marca e reputação acrescendo à questão, a identidade e cultura organizacional. Mostrando que esses elementos são convergentes, interdependentes e conformadores da construção de sentidos dos sujeitos que se relacionam com a empresa. Neste artigo a autora inicia por caracterizar o contexto organizacional a partir de uma nova ordem onde mundos diferentes coexistem, fragmentados e globais, reais e virtuais, considerando um “tempo de opções; de unicidade e pluralismo; de combinação de tradição e inovação; de deslocamento dos indivíduos em relação aos seus referenciais” para então defender que tanto os meios quanto as relações de produção econômica estão cada vez mais culturais no sentido de ser fonte de significação. Assim explica Ana Luisa Almeida: “A arena organizacional caracteriza-se como um movimento de continua reinterpretação da realidade e das relações, a partir de redes subjetivas criadas e recriadas por meio da troca de recursos e informações entre os membros da organização e da sociedade.” No entanto, este cenário serve de pano de fundo para a discussão principal: a identidade corporativa.

Identidade corporativa

Mas afinal qual o conceito de identidade organizacional? Para a autora é uma coleção de atributos vistos como específicos daquela organização que definem papeis, símbolos, políticas e regras. Em sintonia com esta definição, Albert e Whetten (1985), defendem que a identidade corporativa é a essência da organização, de acordo com a visão do publico interno e demais públicos com quem se relacionam. Acrescentando que, a identidade é o que diferencia uma organização da outra, que se constrói historicamente, e é “uma questão de auto-reflexão: quem somos enquanto organização”. Dessa forma, caminhando com a discussão, o artigo mostra o imbricamento da cultura organizacional como sendo a base para a construção da identidade num movimento de entrançamento , interdependência e mutua afetação. Com isso, a questão se apresenta mais complexa, pois além de se mostrar móvel, observamos que a identidade não pode ser definida por uma única perspectiva já que envolve múltiplos sujeitos e está exposta às mudanças sociais tão frequentes na modernidade.

Gerindo a identidade

Dentro deste cenário, o desafio para as organizações é grande e cabe a elas então gerenciar sua identidade tendo a consciência que é a partir daí, que se dá a construção de sua imagem e de sua reputação. Gerenciar implica na criação de estratégias comunicacionais para gerar uma conscientização sobre “quem somos” e “como queremos ser percebidos” junto aos seus públicos mantendo a vigilância sobre a coerência entre o discurso e a pratica .

Por Cláudia Tanure

Diretora Executiva da Press

Mestre em Comunicação

Bibliografia:

ALMEIDA, Ana Luisa. A construção de sentido sobre “quem somos” e “como somos vistos” Mestrado PUC 209.

ALMEIDA, Ana Luisa; CAETANO, Carine; BASTOS Fernanda. In: OLIVEIRA, Ivone; Lima Fábia (ORGs.). Propostas Conceituais para a comunicação no contexto organizacional. Rio de janeiro: Difusão,2012.

revista-institucional

pesquisa-comunicação-interna

Marca e reputação: discurso e prática caminham lado a lado

A comunicação é fundamental para implantar a cultura de sustentabilidade e depois para divulgá-la dentro e fora da empresa

marca

Para manter a credibilidade da marca e da reputação de uma empresa no mercado é fundamental ter coerência entre o discurso e prática

A  marca e a reputação,  assim como  a sustentabilidade devem ser um exercício efetivo e inerente à governança corporativa da organização. Para se tornar uma cultura na empresa é essencial que se inicie o trabalho pela comunicação interna e, só depois de consolidadas essas ações de responsabilidade socioambiental, devem ser divulgadas para seu público externo. A Comunicação em Sustentabilidade contribui para preservar a reputação da marca de sua empresa.

Um artigo de autoria da Ana Luisa Almeida, mestre em Comunicação pela UFRJ, doutora em Administração pela UFMG, professora da Fundação Dom Cabral e da PUC-Minas e Diretora Executiva do Reputation Institute, aborda exatamente como o discurso e a prática devem estar alinhados. E ainda observa,  pela perspectiva critica,  a pasteurização da publicização e do discurso empregado pelas empresas. Como se a sustentabilidade e os projetos que a materializam não estivessem relacionados à missão daquela empresa .Confira o conteúdo na íntegra.

Sustentabilidade e a jornada da reputação corporativa

Quando começamos a pensar nos desafios para a gestão da marca e em seus impactos para a reputação e para os negócios de uma organização, é impossível deixar de mencionar a professora Majken Shultz, da Copenhagen Business School e autora de um dos clássicos da literatura nessa área, Taking Brand Initiative (2008), em co-autoria com Mary Jo Hatch. Ela ensina que o maior desafio das empresas é conseguir colocar a marca por trás de todas as práticas existentes, o que significa utilizar todos os valores e os atributos que sustentam a marca para conferir à empresa credibilidade, justificando todas as decisões tomadas pela organização.

A coerência entre discurso e prática, portanto, é um ponto fundamental que volta sempre à pauta. Esse é um aspecto sobre o qual, em teoria, ninguém poderá discordar. No entanto, são frequentes os exemplos em que uma empresa negligencia a forma como dá visibilidade às suas promessas – traduzidas em mensagens das mais diversas naturezas, que nem sempre podem ser comprovadas na realidade. Podemos dar um exemplo: a exigência social para que as empresas se declarem sustentáveis tem provocado hoje uma abordagem muito parecida pelas organizações e, em muitos casos, a maneira adotada por uma empresa para se manifestar sobre sustentabilidade é rigorosamente igual a de outra, mesmo que em setores bastante diferentes. Basta fazer uma pesquisa rápida em sites de empresas de diversas áreas de atuação – do setor financeiro ao de cosméticos, passando pela indústria automobilística ou o varejo: todos os portais têm uma aba sobre sustentabilidade que explora praticamente os mesmos temas, e da mesma forma. O esperado é que as empresa baseassem suas “abas” sobre o tema em reflexões internas, em valores e crenças comungados pelos dirigentes e que, de preferência, todas as palavras se comprovassem por meio de projetos e programas reais. As promessas das empresas, nesses casos, não têm contribuição relevante para a construção de sua marca, não colaboram sequer para reforçar uma imagem positiva, não são capazes de se transformar em pontos de prova para explicar a sua reputação.

Marca – Há aqui um aprendizado importante:

Algumas características e competências são cruciais para que uma empresa faça uma boa gestão da sua marca e, consistentemente, possa garantir a diferenciação e os comportamentos necessários para ter uma boa reputação. A primeira delas é, sem dúvida, saber “quem é” a empresa, mantendo o foco na ideia central por trás de todas as ações e em toda a comunicação. Um outro aspecto é a capacidade de “ouvir” os públicos, pois as expectativas e as opiniões expressas são a fonte principal de informação para a orientação estratégica. Sem abrir mão da essência, mas sendo permeável às mudanças de mercado e da sociedade, uma empresa têm uma base bastante sólida para enfrentar todos os demais desafios e particularidades dos negócios.

A Jornada da Reputação é longa e inclui uma série de passos planejados desde a criação de processos estruturados de diagnóstico sobre diversos stakeholders até a total integração do tema à estratégia de longo prazo de uma organização, mas sem dúvida os melhores cases de boa gestão de marca e reputação corporativas mostram que a melhor receita é a coerência e a consistência. Nesse mundo novo, da Reputation Economy, em que todas as vozes se levantam e em que as empresas estão expostas ao máximo, é preciso que cada organização diga a que veio, mas sempre assumindo responsabilidade e sendo capaz de garantir a verdade por trás das suas próprias palavras.

Ana Luisa Almeida é mestre em Comunicação pela UFRJ, doutora em Administração pela UFMG, professora da PUC-Minas e da Fundação Dom Cabral e Diretora Executiva do Reputation Institute Brasil.

 

 

Comunicar a sustentabilidade é ser agente de mudança

Manabi apoia Projeto Rede Norte Capixaba, que levará capacitação a 50 pescadores de Linhares. Divulgação é essencial para a comunidade

Sustentabilidade

Ações de sustentabilidade: Manabi apoia cursos para pescadores de Linhares

“A sustentabilidade, entendida no ambiente corporativo como fator estratégico para a sobrevivência dos negócios, é bem mais que um princípio de gestão ou uma nova onda de conceitos abstratos. Representa um conjunto de valores e práticas que deve ser incorporado ao posicionamento estratégico das empresas para definir posturas, permear relações e orientar escolhas. Só depois se espera que esteja presente nos discursos proferidos pelos porta-vozes”. O trecho foi retirado da abertura do primeiro capítulo do Guia de Comunicação e Sustentabilidade, do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), e reforça a importância de se adotar a sustentabilidade na gestão da empresa.

Ainda segundo o guia, “informando corretamente suas ações, atitudes e posturas em busca da sustentabilidade, as empresas podem ser agentes de mudança local, regional e até planetária, sem falar nos milhares de transformações individuais que elas podem provocar, dependendo se seu porte, setor e consequente poder de influência”.

E essa comunicação deve ser feita por meio de um diálogo aberto e transparente com a comunidade, entre outros stakeholders, adaptando os meios e mensagens. Cliente da Press, a Manabi, empresa brasileira de mineração e logística, se preocupa em manter esse relacionamento com as comunidades das cidades onde a empresa atua. Por meio de ações, treinamentos, eventos e informações, a Manabi promove iniciativas de responsabilidade socioambiental com a população. No último mês, a empresa realizou uma doação de livros em Morro do Pilar. Confira, agora, sobre o Projeto Rede Norte Capixaba.

Projeto Rede Norte Capixaba é apresentado a pescadores de Linhares

As atividades do Projeto Rede Norte Capixaba tiveram início em setembro, nos dias 2, 3 e 4, com a mobilização e apresentação às associações de pesca de Povoação, Regência e Pontal do Ipiranga. O projeto piloto atenderá até 50 pescadores nos cursos de “Manutenção de Embarcação” e “Máquinas e Motores”. Tem o apoio da Manabi e será desenvolvido pela Agência Nacional de Desenvolvimento Econômico Social e Defesa Ambiental (Andesa), em parceria com o Governo do Estado e a Prefeitura de Linhares.

O presidente da Colônia de Pescadores Z06 Caboclo Bernardo, Janilson Ribeiro, participou do encontro em Povoação e comentou que está satisfeito com a iniciativa da Manabi. “A empresa está de parabéns por, antes mesmo do licenciamento, se mostrar preocupada com a pesca. Esses cursos vão trazer para os pescadores algo que precisam saber há muito tempo, que é fazer a manutenção do próprio motor e da embarcação”, frisou.

Pescador há nove anos, Merivaldo Ribeiro da Conceição, de Pontal do Ipiranga, disse que já passou por muita dificuldade por não saber consertar o motor. “Já passei muito aperto em alto mar e tive até que chamar um amigo para buscar a gente, porque deu problema no motor e não sabia resolver e, muitas vezes, era algo simples. Quero aprender também para não ter que pagar pelo serviço que é caro”, explicou.

O presidente da Associação de Pescadores de Regência (Asper), Leônidas Carlos, disse que os pescadores de Regência estão animados com a novidade. “Aprendendo a mexer com motor, não vamos mais precisar pagar pelo serviço que é feito em Linhares ou, dependendo o caso, só em Colatina. O curso de carpintaria será ótimo também, pois, às vezes, até pagando a gente não acha um carpinteiro”, relatou.

Dulcinéia Silva, pescadora do Pontal do Ipiranga, não tem dúvida do curso que deseja fazer. “O meu marido e meu sogro constroem barcos, por isso quero aprender sobre manutenção de embarcações para ajudar a fazer o próximo que já está planejado.”

O Projeto Rede Norte Capixaba visa a capacitação e certificação dos beneficiários, ofertando além de alternativas de renda, a melhoria do processo logístico relacionado à manutenção e operação do maquinário de pesca, estimulando o desenvolvimento e o fortalecimento do setor nas associações.

Seleção

De acordo com a coordenadora de Socioeconomia da Manabi, Jacqueline Abreu, os pescadores que vão participar dos cursos devem ser selecionados pela associação. Na sequência acontecerá o lançamento do Projeto Rede Norte Capixaba e o início das aulas, previstas para o final de setembro.

A coordenadora reforçou o objetivo da capacitação. “Os cursos de formação foi uma demanda identificada pelos pescadores durante as oficinas. A Manabi entende que a qualificação profissional é importante para a cadeia produtiva da pesca, por isso, ofertará esses cursos”, destacou, informando que todo o material, assim como o transporte e o lanche serão disponibilizados aos selecionados.

Comunicação em sustentabilidade

A Press tem vasta experiência em trabalhos voltados à sustentabilidade. A agência trabalha com consultoria, planejamento, diagnóstico, produção de campanhas internas, externas, veículos de comunicação para propiciar o desenvolvimento do diálogo com comunidades e demais stakeholders engajados com a sustentabilidade.

Fonte:

Guia de Comunicação e Sustentabilidade – Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS)

 

Press 20 anos na e para a comunicação organizacional: uma trajetória de mudanças

Com uma cultura organizacional marcada pela flexibilidade e adaptabilidade, a Press atravessa anos se mantendo sempre atual.

Press

As mudanças que a Press e a comunicação passaram ao longo de 20 anos

O contexto social contemporâneo, marcado principalmente pela globalização e pelas novas tecnologias, modificou tanto as organizações, como a Press, quanto os públicos. As empresas passaram a ocupar novo ethos, sendo colocadas em um lugar nunca antes ocupado, a ponto de Drucker (1999) afirmar que a sociedade transformou-se em uma sociedade de organizações. O autor acrescenta que quase todas as tarefas necessárias ao funcionamento da sociedade, atualmente, são feitas por organizações empresariais, governamentais ou do terceiro setor, estando essas cada vez mais presentes no cotidiano das pessoas. Já seus interlocutores também foram transformados e ampliados. São consumidores, organizações não governamentais, comunidades, funcionários, imprensa, políticos, que passaram a exigir mais, cobrar mais os seus direitos.

Esse estado de coisas impulsionou o surgimento de uma comunicação organizacional que, segundo Torquato (2009), pela fresta do “jornalismo empresarial”, em torno dos anos de 1960.  O “jornalzinho” dos funcionários foi, então, o embrião do que viria a ser a comunicação organizacional que temos hoje, da qual fazemos parte e modestamente contribuímos para crescer.

Um importante marco foi o surgimento da então Associação Brasileira de Editores de Revistas e jornais de Empresas – Aberje, instituição que ainda hoje é um ícone referencial do segmento da comunicação organizacional. A partir daí se inicia um longo e frutífero percurso tanto pratico quanto teórico deste campo ou subcampo da comunicação social. O próprio Gaudêncio Torquato em 1973 defende sua tese de doutorado sobre o tema jornalismo empresarial, comunicação empresarial. Dos anos 1980 em diante, além do House Organ, e em função das pressões externas de consumidores e imprensa, surge a função do assessor de imprensa, que efetivamente se integra ao mix de comunicação empresarial junto com ao marketing e a publicidade.

Press Release Comunicação Empresarial

Dentro desse contexto, nasce a Press Release Comunicação Empresarial, em 1994, com o objetivo de atender as empresas, especificamente em assessoria de imprensa. Nesta década, o país vivia um período econômico de estabilidade e a chegada da internet foi a propulsora de grandes transformações. Para se ter uma ideia, entregávamos releases impressos de redação em redação, via motoboy e, entre outros Estados, mandávamos por fax ou por correio.

O e-mail mudou esse procedimento, agilizando o processo e inaugurando uma nova maneira de relacionamento com a imprensa. Seguindo o raciocínio histórico, até os anos 2000 tanto a agência, como a comunicação empresarial, de forma generalizada, experimentaram uma grande expansão.

Na esteira dessas inovações tecnológicas vieram novas demandas por comunicação empresarial, a partir também das mudanças sociais.  A questão da tecnologia da informação foi e é tão definidora nas novidades ocasionadas na sociedade contemporânea que ela passou a ser caracterizada por seus métodos de acessar, processar e distribuir informações. Esse acesso às informações, pela combinação de diversos dispositivos como satélites, televisão, telefones celulares, computadores e internet, produziu o aumento da conexão entre as pessoas e as organizações, quebrando barreiras como a distância e a língua, e diminuindo fronteiras geográficas, sociais e humanas.

Surgem assim, novos públicos cada vez mais exigentes em relação às organizações, como comunidades vizinhas, ONGs, consumidores, funcionários, grupos de pressão, órgãos reguladores e fiscalizadores, entre outros.

Press Release muda para Press Comunicação

Dessa forma, a Press se viu impelida a oferecer outros serviços ás empresas, dentro ainda do “guarda chuva” da comunicação externa e interna. Por meio da elaboração de produções editoriais como revistas, jornais, relatórios, books etc; publicidade institucional; e design gráfico. Para dar conta dessa nova realidade a agência promoveu várias mudanças, inclusive no próprio nome. Passamos a adotar apenas o Press Comunicação, pois precisávamos ter explicito na marca este novo conceito de abrangência.

Em uma perspectiva mais estratégica, antecipando uma tendência que viria se firmar no nosso segmento de atuação, passamos a oferecer serviços de planejamento estratégico, análise, diagnóstico, pesquisa etc. Adotamos na assessoria de imprensa, o conceito evolutivo de Relacionamento com Imprensa, marcando os contornos mais estratégicos do serviço, conforme discutimos no artigo Assessoria de Imprensa ou Relações com a Imprensa.

Porém, nos anos seguintes, observamos um novo boom de desenvolvimento e uso da internet, caracterizado, principalmente, com o surgimento das redes sociais, hoje capitaneadas pelo Facebook, Twitter e Linkedin. Lembro-me de ouvir o Roberto Civita, então presidente do Grupo Abril, em um Congresso de Comunicação em São Paulo, preconizar a era digital, dando ênfase ao e-book como um “substituto” das publicações em papel. Mesmo antes do tempo previsto por ele, naquele momento, já percebemos a comunicação digital em toda a sua extensão como uma realidade posta e desafiadora.

Press 20 anos

Estamos completando 20 anos, em 2014. A Press institui seu núcleo de Comunicação digital como resposta a esse cenário social, fazendo a gestão de sites, redes sociais, utilizando técnicas do SEO, usando e destrinchando o Google Analitcs – ferramenta de analise e métricas, postando conteúdos entre outros. Estamos convictos que isso ainda é só o começo, pois a comunicação digital, certamente, trará ainda muitas novidades e espaços para uma nova plataforma de comunicação que nos faz e fará repensar todos os nossos conceitos e estratégias.

Press no futuro

Nesses vinte anos até hoje, podemos dizer que tudo mudou e muda cada vez mais e com maior velocidade. Todas essas características citadas não só permanecem como são potencializadas. A comunicação e as informações circulam em quantidade e velocidade estratosféricas, o consumismo se exacerba, dando novos contornos e poderes ao consumidor e aos diversos públicos das empresas.

As organizações, nessa sociedade de mercado, passam a ter cada vez mais espaço e importância na vida da sociedade e, com isso, novas responsabilidades, novos papéis, mais poderes. Confirmando nossa percepção, Lipovetsky, um pensador contemporâneo, dispara “no momento em que triunfam a tecnologia genética, a globalização liberal e os direitos humanos, o rótulo pós-moderno já ganhou rugas, tendo esgotado sua capacidade de exprimir o mundo que se anuncia”. No seu lugar, estaria então a “hipermodernidade”, profetizada por ele como o mundo do superlativo, onde tudo é excessivo e muda o tempo todo, onde a novidade tornou-se exigência permanente (LIPOVETSKY, 2004, p. 52, grifo nosso).

E a Press, caracterizada por uma cultura organizacional aberta a criatividade, as inovações, horizontalizada, permitindo a interação de todos os colaboradores, se mostra apta a enfrentar este estado de coisas que se mostram desafiadores, mas também motivadores para nos lançarmos aos próximos 20 anos.

 

Por Cláudia Tanure

Diretora Executiva da Press

Mestre em Comunicação

 

Bibliografia

DRUCKER, Peter. Sociedade pós-capitalista. São Paulo: Pioneira, 1999.

LIPOVETSKY, Gilles. Os tempos hipermodernos. São Paulo: Barcarolla, 2004.

TORQUATO Gaudêncio. Da Genese do jornalismo empresarial e das relações públicas à comunicação organizacional no Brasil. In: KUNSCH, Margarida Maria Krolhling et al. (Org.). Comunicação organizacional: Histórico, fundamentos e processos. v.1. São Paulo: Saraiva 2009.

Responsabilidade social das empresas ontem e hoje: Manabi

Manabi pratica a responsabilidade social mesmo antes de iniciar suas operações    

Responsabilidade social e sustentabilidade focos da Manabi

Responsabilidade social e sustentabilidade: focos da Manabi

A origem da responsabilidade social

Iniciando nossa reflexão sobre responsabilidade social das empresas pela perspectiva histórica, observamos que, até o início do século XX, cabia às organizações, inclusive perante a legislação vigente, como seu único propósito, a realização de lucros para seus acionistas; porém, após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), essa ideia começa a mudar. Em um momento de franca expansão do capitalismo e crescimento das grandes organizações, que ampliou seu poder na sociedade, diversas decisões judiciais americanas foram favoráveis às empresas que fizeram investimentos em ações filantrópicas em outras organizações, muitas vezes contrariando os interesses de grupos de acionistas. Um caso emblemático foi à ação litigiosa da P. Smit Manufacturing Company contra Barlow, em 1953, que, para Ashley (2006), fez surgir o debate público sobre a responsabilidade social das organizações. O pivô da discussão foi uma doação do presidente da empresa citada para a Universidade de Princeton, contrariando os interesses dos acionistas. A interpretação da Suprema Corte de Nova Jersey foi favorável à doação, considerando que uma organização pode buscar o desenvolvimento social, estabelecendo, inclusive, leis que permitissem a filantropia. Já para outros autores, o discurso da responsabilidade social veio à tona com a publicação do livro Social responsabilites of the businessman, de Howard Bowen, de 1953. Assim, o tema começa a crescer a partir da década de 1970 e a partir de então, considerando o contexto socioeconômico, e independente do marco histórico, surgem na esfera pública defensores da ética e da responsabilidade social nas organizações. O argumento foi que outras ações sociais, além da filantropia, considerada como a doação e ajuda de caráter assistencialista, seriam também legítimas, e que produtos ou atitudes nocivas ao meio ambiente e ao homem deveriam ser modificados, independentemente dos retornos financeiros aos acionistas.

Visão atual

Em uma perspectiva contemporânea, entendemos que, como sujeitos sociais, as organizações estão inseridas na sociedade, conectadas aos seus problemas, em um movimento de recíproca afetação; portanto, tem suas responsabilidades com as questões sociais em um sentido de compartilhamento e interação, e não só por causalidade, em função das suas operações e dos efeitos advindos delas. A partir dos anos 1990, vários fatores incrementaram a discussão sobre a ética e a responsabilidade social das organizações, empurrando o discurso para uma direção menos econômica e mais antropológica. Por pressão da sociedade, as organizações saíram de um papel paternalista e filantrópico em relação às questões socioculturais, tendo que se deslocar para uma posição de interação discursiva com a sociedade e suas questões, não só objetivas, mas também subjetivas. Podemos dizer que um dos efeitos dessas mudanças foi a criação do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, considerado um marco histórico no debate sobre a responsabilidade social no Brasil. Ashley (2005) conceitua como responsabilidade social de uma organização: atitudes éticas e moralmente corretas, respeito aos padrões universais de direitos humanos e cidadania e ao meio ambiente, contribuição para a sua sustentabilidade e envolvimento social, cultural e político com as comunidades em que está inserida. Assim dentro desta perspectiva apresentamos o case da Manabi, cliente da Press Comunicação, empresa que mesmo antes de estar operando já trabalha com responsabilidade social.

O CASE DE RESPONSABILIDADE SOCIAL

Manabi apoia estudantes de Morro do Pilar na Olimpíada do Conhecimento 

A 8ª Olimpíada do Conhecimento FIEMG/SENAI 2014 contou com a visita de dez alunos e cinco educadores de Morro do Pilar, trazidos pela Manabi, empresa brasileira de mineração e logística. A maior competição de ensino fundamental das Américas recebe mais de 800 competidores, no Expominas, desde quarta-feira (3). Até o dia 6 de setembro, data do encerramento da olimpíada, são esperados 300 mil visitantes. Os competidores são divididos em 58 ocupações técnicas ligadas à indústria, ao setor de serviços e à agropecuária. Durante os quatro dias, os concorrentes, alunos do SENAI, Senac e Institutos Federais de Tecnologia, realizam tarefas semelhantes às que teriam em situações reais nas empresas.

Para Glayson Antônio de Almeida, 15 anos, aluno da Escola Estadual Intendente Câmara de Morro do Pilar, visitar a olimpíada vai ajudá-lo a escolher sua profissão. “Vindo aqui vemos de perto a prática das profissões e dá para ter uma noção se é o que realmente queremos fazer no futuro”, afirma.

Thaliriany Georgina Pereira dos Santos, 16 anos, também frequenta a Escola Estadual Intendente Câmara e concorda com o conterrâneo: “É muito importante conhecermos coisas novas, ver como é o dia a dia do trabalho para decidirmos o que vamos fazer, o que queremos ser”. A olimpíada é uma competição de educação profissional, cuja primeira edição foi em 2001. É bienal e dividida em três etapas – escolar, estadual e nacional e seleciona para a WorldSkills International. Tem viés mais prático/técnico que as outras olimpíadas, promovendo atividades reais de setores específicos da indústria e do comércio.

A competição ajuda também na avaliação da qualidade do ensino em questão. Segundo a secretária municipal de Educação de Morro do Pilar , Maria Helena de Moura, o objetivo da visita é inspirar os estudantes e motivá-los a ingressar nos cursos técnicos do SENAI. “No Morro não temos muitas oportunidades de ter contato com as profissões. Como estamos esperando a vinda do empreendimento da Manabi precisamos propiciar aos nossos meninos a troca de experiências e o conhecimento das oportunidades que existem para que se preparem para o futuro”, pondera.

Bibliografia

ASHLEY, Patrícia Almeida (Org). Ética e responsabilidade social nos negócios. São Paulo: Saraiva, 2006.

DRUCKER, Peter. Sociedade pós-capitalista. São Paulo: Pioneira, 1999.

DUARTE, Cristiane de Oliveira; TORRES, Juliana de Queiroz. Responsabilidade social das empresas: a evolução do discurso e da prática. In: Instituto Ethos de Empresas e responsabilidade Social. Responsabilidade social das empresas: a contribuição das universidades, v.IV. São Paulo: Peirópolis, 2005.