Sustentabilidade por meio do voluntariado contribui com comunidade

Sustentabilidade – econômica, ambiental, social e cultural – faz parte da missão da Manabi

Sustentabilidade

Comunicação em sustentabilidade: Darlene, Daniel e Luciana durante a entrega de doação de livros para a biblioteca, em Morro do Pilar

A Manabi, empresa brasileira de mineração e logística, cliente da Press, comemorou o dia do voluntariado, com uma ação de sustentabilidade: a entrega de mais de 500 livros para a Biblioteca Municipal Rosa Rocha, em Morro do Pilar, onde será instalado seu empreendimento minerário e a usina de beneficiamento. Na ocasião, a jornalista da Press, Luciana Gontijo, foi fazer a cobertura do evento para as publicações internas da empresa e para a assessoria de imprensa. No Brasil, o Dia Nacional do Voluntariado foi instituído em 28 de agosto de 1985 para reconhecer e destacar as pessoas que disponibilizam seu tempo, seu talento e trabalho com causas de interesse social para o bem da comunidade.

O trabalho voluntário, na visão da empresa, é cada vez mais uma via de mão dupla, não só pelo aspecto da generosidade e doação, mas também de abertura a novas experiências, isso porque acreditam que acontece uma troca espontânea, quem doa também recebe. O gerente geral de Tecnologia e Processos da Manabi, Camilo Silva, confirma essa perspectiva dizendo: “Conseguimos mostrar para os nossos funcionários, colegas e colaboradores que o trabalho voluntário pode ser uma oportunidade de aprendizado incrível. Uma chance de criar novos vínculos de pertencimento e afirmação do sentido comunitário”.

E foi dentro dessa perspectiva relacional que surgiu a ideia da campanha de doação de livros a partir de um diálogo com a comunidade.  Darlene Lima Soares Campos, responsável pela biblioteca, buscava uma forma de atrair e formar mais leitores no município e perguntou ao Daniel Castro, da equipe de Relações com a Comunidade, como a Manabi poderia ajudar. Transformar essa vontade em uma ação voluntária foi o caminho encontrado.

Assim, com ações de divulgação e mobilização interna, mais de 100 funcionários da Manabi e de suas empresas contratadas, nos escritórios do Morro, Linhares e Belo Horizonte arrecadaram 506 livros, além de 32 DVDs.

E, a campanha não termina com a entrega feita no dia 27 de agosto. A empresa continuará recebendo doações de livros com o compromisso de repassá-las periodicamente à instituição.

A comunidade vizinha

Afinal, onde está circunscrita a comunidade contemporânea? Segundo a perspectiva critica de Bauman (2003, p. 46), “onde nada dura tanto tempo, e nada dura o suficiente para ser absorvido, tornar-se familiar e transformar-se no que as pessoas ávidas por comunidade e lar procuravam e esperavam”.  No entanto, o comunitarismo não se dissolve, mas se reconfigura, alterando suas características e formações na atualidade.

Bem diferente das comunidades da era pré-industrial e pós-industrial, a comunidade contemporânea é heterogênea, móvel, fragmentada, plural, marcada por conflitos internos e se forma valendo-se de interesses comuns ou fronteiras geográficas, como exemplo, a comunidade do entorno ou vizinha a Manabi.

A comunidade vizinha, com sua estrutura social informal, permite uma rede de comunicações fluidas e flutuantes, incluindo “discursos não verbais de engajamento mútuo em empreendimentos comuns, troca informal de habilidades e compartilhamento de conhecimento tácito” (CAPRA, 2008, p. 26).

Com base nesse conceito, entendemos que a comunidade vizinha das empresas se mobiliza em grupos que se formam a partir de uma causa ou objetivo comum. Na narrativa da Darlene, o objetivo foi desenvolver a biblioteca, uma iniciativa de sustentabilidade. Seus discursos estão ligados a questões de ordem cotidiana que a afetam. Portanto, concordamos com Simeone (2010),quando ele diz que a mobilização social é um suporte à interlocução e à cooperação entre organizações e comunidades, fato que se concretizou.

A Press e a comunicação da sustentabilidade

A Press tem longa experiência em trabalhos voltados à sustentabilidade, considerando os campos econômico, social, ambiental, cultural entre outros, principalmente para grandes empresas e indústrias como siderurgia e mineração. Para tal, são envolvidos vários instrumentos comunicacionais. A agência trabalha com consultoria, planejamento, diagnóstico, produção de campanhas internas, externas, veículos de comunicação para propiciar o desenvolvimento do diálogo com comunidades e demais stakeholders engajados com a sustentabilidade.

 

Bibliografia

BAUMAN, Zygmunt. Comunidade:a busca por segurança no mundo atual. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.

CAPRA, Fritjof. As conexões ocultas:ciência para uma vida sustentável. São Paulo: Cultrix, 2005.

CAPRA, Fritjof. Vivendo redes. In: DUARTE, Fábio; QUANDT, Carlos; SOUZA, Queila (Orgs.). O tempo das redes. São Paulo: Perspectiva, 2008.

SIMEONE, Márcio Henriques(Org). Comunicação e estratégias de mobilização social. Belo Horizonte: Gênesis, 2004.

SIMEONE, Márcio Henriques. Relacionamento com comunidades e mobilização social. In: CURSO ABERJE, 5, 2010, Belo Horizonte. Associação brasileira de Comunicação Empresarial,2010.p.12-18.

 

A comunicação das empresas com as comunidades do entorno. E o consumo e a cidadania com isso?

A comunicação ganha novos contornos e sujeitos a partir das transformações contemporâneas capitaneadas pelo consumo.

A comunicação entre as empresas e as comunidades do seu entorno se transformaram, ganhando novos contornos. Da mesma forma como descrevemos no artigo  no site da Press, as mudanças sociais que remodelaram as organizações e que compõem o contexto social, também se faz importante situar a comunidade como um dos públicos das empresas,  nesse contexto contemporâneo, observando aquilo que alterou o seu modo de ser e de se constituir e consequentemente de se relacionar.

A comunicação entre empresas e comunidades

O consumo e a identidade remodelando a comunicação

Dito isso, entendemos que, de todos os fenômenos que mudaram a sociedade e os seus sujeitos, entre eles a comunidade do entorno, o mais significativo foi o consumo. A lógica do consumo pode ser observada interferindo nas múltiplas instâncias da sociedade (LIPOVETSKY, 2007; HALL, 1997; BAUMAN, 2008; CANCLINI, 2005), social, comunicacional,  cultural, política, ambiental, identitária, entre outras. Sobretudo, interessa-nos, inicialmente, refletir como o consumo interferiu no comportamento social modificando a forma de os sujeitos serem cidadãos, de construírem a identidade individual e coletiva para, então, entendermos como isso afetou a comunicação e  relacionamento das comunidades com as empresas e, mais especificamente, a comunidade do entorno nomeada e conceituada na perspectiva da organização. Conceituação que merece uma reflexão em outro momento. Vejamos o que tem a dizer Lipovetsky (2007): “Enquanto triunfa o capitalismo globalizado, o assalariado, os sindicatos e o Estado passaram para segundo plano, suplantados que são, daí em diante, pelo poder dos mercados financeiros e dos mercados de consumo. A nova economia–mundo não se define apenas pela soberania da lógica financeira: é também inseparável da expansão de uma ‘economia do comprador’ […] ‘A essa ordem econômica, em que consumidor se impõe como senhor do tempo, corresponde uma profunda revolução dos comportamentos e do imaginário do consumo’ (LIPOVETSKY, 2007, p. 13-14).

O consumo, a cidadania e a identidade

Reforçando essa premissa, Deetz (2003) afirma que praticamente todas as decisões empreendedoras sobre aspectos ambientais, educação, trabalho, distribuição de renda, entre outras questões, são agora tomadas em lugares comerciais pelas organizações privadas. Essa mudança de paradigma levou a participação social a se reconfigurar exercendo a cidadania pelo viés do consumo. Se antes essa era configurada na esfera pública, na participação do sujeito nas questões políticas, hoje a cidadania se manifesta valendo-se das relações de consumo, menos nas praças públicas e mais pelos mecanismos midiáticos. Se para Deetz (2003), na atualidade, há mais consumidores que cidadãos, para Canclini (2005) existem consumidores cidadãos. Canclini(2005) acredita que o consumo não aniquilou a cidadania, mas propiciou a ela novos contornos. No seu ponto de vista, o consumo deixa de ser mero ato de compra para se tornar um conjunto de processos socioculturais que se realizam na apropriação, na escolha e uso de produtos, nas ideias, nos serviços e nas informações. Esses processos que se dão entre produtores e consumidores, entre emissores e receptores revelam que o consumo pode ser compreendido para além de sua racionalidade econômica, manifestando-se também como uma racionalidade sociopolítica interativa. Dessa forma, não se pode pensar que o consumidor é um sujeito irracional, movido apenas por impulsos consumistas tampouco que o cidadão só se constitui e atua com base em princípios ideológicos e políticos. Contudo, todo esse deslocamento cultural, do público para o privado, levou os sujeitos a uma crise identitária. As identidades culturais, de classe, gênero, etnia, raça, nacionalidade, que encaixavam os sujeitos socialmente, fragmentaram-se nesse contexto, tornando essas fronteiras mais fluidas e indeterminadas (HALL, 1997). No entanto, isso não determina o fim da cidadania, do enraizamento dos sujeitos nem da busca por identidade. Ser cidadão não tem a ver apenas com direitos reconhecidos pelos aparelhos estatais para os que nasceram em um território, mas também com as práticas sociais e culturais que dão sentido de pertencimento, e fazem que se sintam diferentes os que possuem uma mesma língua, formas semelhantes de organização e de satisfação das necessidades (CANCLINI, 2005, p. 35). Dentro dessa perspectiva, o consumidor é também cidadão, buscando suas respostas para questões como “quem representa os seus direitos”, “a que lugar ele pertence”, mais pelo consumo de bens e pelos meios de comunicação, elemento decisivo nesse processo, do que pelas instituições políticas ou pelas regras da democracia. Nesse cenário, surgem outras formas de cidadania, propiciando novas e múltiplas identidades aos sujeitos. Um exemplo dessa diversificação identitária são as comunidades do entorno como uma nova condição de ser, formada por moradores, cidadãos, trabalhadores, que, pelo fato de residirem tão próximo geograficamente da organização, ganham mais essa identidade.

Empresas x comunidades

Assim, diante do cenário social contemporâneo, podemos afirmar que, se um dia as questões que permeavam a relação entre esses sujeitos foram território de decisões unilaterais, advindas das organizações, hoje são um campo de interação, no qual emissores e receptores se intercambiam nesses papéis e precisam se seduzir e justificar-se racionalmente. Dentro deste novo contexto, é necessário que a empresa desenvolva um relacionamento baseado no diálogo, ora ouvindo os anseios da comunidade, ora falando sobre situações da empresa que impactam sua vidas. Uma forma de levar este diálogo a mais pessoas é utilizar as publicações como mediadoras na relação. Afinal , existem cidades inteiras vizinhas de empresas e impactadas por ela. São jornais, revistas e boletins que se tornam dispositivos apropriados para mediar as relações das empresas com as  comunidade que vivem em seu entorno.

Bibliografia

CANCLINI, Nestor Garcia. Consumidores e cidadãos: conflitos multiculturais da globalização.Rio de Janeiro: UFRJ, 2005. DEETZ, Stanley. Transforming Communication transforming Business. Building responsive and responsible workplaces. New Jersey: Hampton Press, 2003. LIPOVETSKY, Gilles. A felicidade paradoxal. Ensaio sobre a sociedade de hiperconsumo. São Paulo: Companhia das Letras, 2007. LIPOVETSKY, Gilles. Os tempos hipermodernos. São Paulo: Barcarolla, 2004.

Por Cláudia Tanure

Diretora Executiva da Press

Mestre em Comunicação

Natura convida clientes a mudarem a maneira de consumir

Empresa promove ação com prêmios que reforçam os valores de consumo consciente da marca SOU e lança campanha

Segundo Jorge Mendrano(2011), “apesar de o mundo contemporâneo estar submerso em um contexto de crises econômicas e sociais, gerando um ambiente caracterizado por individualismo, competitividade e maximização de resultados, existem empresas para as quais o bem próprio e o bem comum caminham juntos”.  E podemos dizer que a Natura, cliente de assessoria de imprensa da Press,  é uma dessas empresas. Multinacional brasileira de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos, a Natura acaba de lançar  movimento #sounovasescolhas. A ação tem o objetivo de reforçar os valores sustentáveis de SOU e mudar a maneira de consumir das pessoas convidando os clientes da marca a participarem de movimento, no qual é possível ganhar um vale-brinde de produtos SOU, uma experiência ou ter acesso a vídeos exclusivos de especialistas. Natura estimula o consumo consciente

Além da ação, a Natura lançou no dia 3 de agosto, domingo, no intervalo do Fantástico, a nova campanha de SOU, com uma série de três filmes curtos (15”), elaborados pela agência Peralta. As peças transmitem os benefícios dos produtos e ainda destacam, de maneira lúdica e moderna, a nova forma de consumir, com menos acúmulo e mais prazer. Os comerciais trazem questionamentos e denominações como “prazeirificar”, “destrambolhar” e “descoisar”, por exemplo, sempre acompanhadas de cenas em stop motion que traduzem a ideia. O plano de mídia prevê exibição nacional em canais de TV aberta e por assinatura. Assista aqui: DESACUMULAR; DESCOISAR; PROCESSO.

#sounovasescolhas

A Aktuellmix é responsável pela promoção, que buscou refletir a essência para criar o movimento, e a Press é responsável pela assessoria de imprensa em Minas Gerais. Para participar, é necessário adquirir um produto da marca SOU. O consumidor deve cadastrar o código que se encontra atrás da embalagem no site www.sounovasescolhas.com.br e, na mesma, já fica sabendo qual é o prêmio que recebeu. Todos que participam são contemplados de alguma maneira.

O cliente que ganhar o vale-brinde poderá presentear um amigo com um kit SOU para que ele também passe a promover o consumo consciente. O kit de produtos contém um sabonete líquido SOU cremosidade, um hidratante para pele seca e uma carta de agradecimento pela participação na promoção. A carta é impressa nas sobras das embalagens dos produtos da marca.

Já para os que receberem uma experiência, a Natura faz o convite a uma forma mais sustentável de consumo. Ao invés de dar DVDs, a empresa proporcionará assinaturas do serviço Netmovies por um ano; no lugar de mais uma bolsa no armário, o premiado ganha créditos de R$ 300,00 para a locação de bolsas; entre outras ações que visam promover a troca e o aproveitamento consciente.

“A ação vem para reforçar os valores da marca SOU mostrando que é possível conciliar o prazer individual com a vida do planeta”, explica Raquel Santos, gerente de Marketing da Natura. “SOU nasceu da oportunidade e do desejo da Natura de oferecer produtos com menor impacto ambiental evoluindo o compromisso da empresa com o desenvolvimento sustentável”, completa.

Na promoção, ainda é possível ter acesso a vídeos inspiradores de especialistas que estão revolucionando o consumo com suas ideias inovadoras em moda, decoração, fotografia, entre outras áreas.

FICHA TÉCNICA

Campanha Cliente: Natura Cosméticos S/A

Produto: SOU Duração: 15”, 7″ e 5″

Agência: Peralta

Títulos: Descoisar, Desacumular e Processo

Direção de Criação: Alexandre Peralta, Mauro Perez e Denise Gallo

Criação: Mauro Perez e Denise Gallo

Produtor RTV: Paula Rodrigues

Atendimento: Martha Almeida, Ana Carolina Delalibera e Jorge Maio

Aprovação cliente: José Vicente Marinho, Vera Sousa, Fabiana Pellicciari e Janice Rodrigues.

Produtora de Imagem: BossaNovaFilms

Direção: Gabi Brites e Carla Meireles

Atendimento Produtora: Dani Harriz / Paula Alves

Direção de Fotografia: Pierre de Kerchove

Diretor de Arte: William Moreira Castilho

Montagem: Eduardo Gripa

Finalizador: Gabriel Almeida

Produtor executivo: Eduardo Tibiriça

Produtora de áudio: Timbre

Trilha: Silva

Locução: Natália Barros

Produção: J. Mairena

Sobre a Natura

Fundada em 1969, a Natura é uma multinacional brasileira de cosméticos e produtos de higiene e beleza. É líder no setor de venda direta no Brasil e registrou R$ 7 bilhões de receita líquida em 2013. Possui 30 linhas de produtos, sete mil colaboradores, 1,6 milhão de consultoras e operações na Argentina, Bolívia, Chile, México, Peru, Colômbia e França. A estrutura da Natura é composta por fábricas em Cajamar (SP) e Benevides (PA), oito centros de distribuição no Brasil, além de centros de Pesquisa e Tecnologia em São Paulo (SP), Manaus (AM) e Nova Iorque (EUA). Em dezembro de 2012, a empresa adquiriu de 65% da fabricante australiana de cosméticos australiana Aesop, a qual atua em países da Oceania, Ásia, Europa e América do Norte. Para mais informações sobre a Natura, visite www.natura.com.br e confira nossos perfis nas seguintes redes sociais: Linkedin, Facebook, Twitter e Youtube

Informações à mídia

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Copa 2014: reflexões gerenciais

Quando recebi a newsletter da AB Consultores com um artigo sobre a Copa 2014 da Georgina, profissional admirável de qualquer ponto de vista, e uma querida para mim, logo percebi o quanto importante era a reflexão que ela propôs ao leitor. Assim, pedi a ela licença para compartilhar com todos vocês por meio do nosso site e prontamente ela me cedeu o seu artigo. Vou deixar o leitor chegar as suas próprias interpretações, mas ao final do texto deixo as minhas percepções.

Copa

Copa 2014: uma reflexão

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“A história é escrita pelos vencedores”, frase atribuída a George Orwell, deve iniciar o ensaio a seguir.

Nossa seleção perdeu na semifinal da Copa do Mundo realizada em nosso país, vergonhosamente, por 7 a 1 para a seleção da Alemanha. Tivesse o Brasil ganhado este jogo, estaríamos hoje celebrando a emoção, a superação e a garra dos nossos jogadores, a visão estratégica do Felipão, a ousadia de sua tática. Contaríamos a história sob a ótica dos vencedores – versão que prevalece nos relatos.

Mas… perdemos a Copa. E é sobre essa perda que me ocorreu elaborar um pequeno ensaio a respeito da força das expectativas, compreendendo-as tanto em seus aspectos estimuladores (aqueles que nos movem) quanto em seus aspectos depreciativos (que nos imobilizam para a ação ou para a superação).

Não sendo esse ensaio direcionado para os esquemas táticos ou para o percurso da nossa seleção, comecemos pelas expectativas depositadas em nossos jogadores e técnicos.

Depois de 64 anos, a Copa é de novo no Brasil. A seleção de 2014 nos redimiria do “Maracanazo”, como ficou conhecida a derrota na final de 1950. Também justificaria os gastos com o evento, os desgastes, as obras inconclusas, as denúncias de superfaturamento. Pela sensação de bem estar que geraria (e gerou, até ontem, dia 08 de julho), melhoraria o nosso humor, aumentaria nosso senso de identidade comum, nossa conhecida hospitalidade. Esqueceríamos dos problemas de base, da violência, do transporte coletivo, da saúde pública. As manifestações, em sua virulência, seriam atenuadas por não contar mais com o apoio do nosso povo, destinado a se sagrar também como uma nação unida e vocacionada para a alegria. Se fomos capazes de superar todas as previsões pessimistas em relação à Copa e confirmamos, com nossas atitudes, que essa é a Copa das Copas, certamente venceríamos todas as outras mazelas… Pobres jogadores, pobre técnico. Neles depositamos nossas incompletudes e faltas, nossa baixa autoestima, nossas fragilidades, todas superadas pelo grito de gol contra nossos adversários, a cada jogo.

Começamos com um gol contra. Prenúncio? Mas ganhamos da Croácia. Empatamos com o México e ganhamos de Camarões. Na base da luta e da garra, fomos para as oitavas de final, aumentando a esperança do povo e a expectativa que chegaríamos lá, no Hexa Campeonato. Ganhamos do Chile nos pênaltis, pós prorrogação. Antes das cobranças, nossos heróis choravam, recusavam-se a encarar seu dever, pediam para não assumir tamanha responsabilidade.  O nosso goleiro por hora redimido, defendeu dois e a trave – a mão de Deus?-  também colaborou: além de nossa competência, o  universo conspirava a nosso favor. Passamos  bem pela Colômbia. E foi nesse jogo – em segundos – que tudo veio abaixo. O herói maior – Neymar – foi duramente golpeado por um adversário.

Daí para a frente, a qualquer hora em que se ligasse a TV, a cena do herói abatido se repetia e se repetia e se repetia. Chorávamos todos a sua fratura – a fratura da esperança nele personificada. E o tom de emoção, o dever de ganhar em seu nome (e, portanto, em nome de todos nós) é transferida como nova obrigação aos nossos canarinhos. Portaríamos a máscara do Neymar e o levaríamos a campo. O hino nacional, entoado com força e plenitude, era acompanhado da nova bandeira nacional – a camisa 10 – hasteada pelo novo capitão. O David.

Em muitos momentos, parecia que estávamos de luto. Os mais velhos se lembrarão da imagem do Tancredo e da peregrinação de seu corpo por São Paulo, Brasília, Belo Horizonte, São João D’El Rey.  Os menos velhos, se lembrarão do cortejo do Airton Senna.  Mas espera aí: Neymar não morreu. Felizmente para todos nós, em breve estará de volta aos estádios.

Que luto então estávamos sentindo? Com tantos símbolos, foi a ausência do Neymar o maior personagem daquele embate que não será esquecido. A extensão de sua ausência foi, talvez, a lembrança mais incômoda e insuportável colocada nos ombros dos nossos jogadores. Não era mais a nação que estava ali representada. E já era muito.  Todos os demais jogadores – bons, medíocres, regulares – seriam todos Neymar. A presença de sua ausência, teimosamente instalada em todos nós, ressaltava a nossa fragilidade e, pelo efeito de comparação, o nosso despreparo.

Quem morreu então? Ou o que morreu? Penso que desde junho de 2013, quando começaram as manifestações totalmente diferentes das até então experimentadas por nós, estamos embalando um luto que, por não ter um morto, não se revela tão claro. Precisa ser ainda desvendado. E que cedeu passagem a uma nova luta, mais alegre, mais combativa, mais partilhada. Nunca fomos tão brasileiros. Nunca fomos tão admirados pelo nosso jeito de ser. Nunca nossas características foram tão exaltadas. Pena que o sonho acabou com um placar tão surpreendente quanto humilhante. E diante de acontecimento tão inusitado em que nossas honras foram expressas por um gol, quase de piedade, voltamos à nossa condição anterior que acreditávamos superada. Olhamo-nos no espelho e não estamos nada felizes com o que vemos. Os mesmos locutores e repórteres que clamavam pela redenção de um grupo medíocre pela via da emoção, são agora os que condenam a substituição do preparo pela simbologia, da técnica pela ousadia adolescente e que, esquecidos do penta conquistado pelo Felipão, agora realçam sua teimosia, sua falta de tática, sua escalação, o cronograma de treinos.

A seleção alemã, pivô dessa ressurgência brasileira, foi uma construção que teve seu tempo, iniciada a partir da copa de 2006. Dezessete de seus jogadores jogam juntos desde este ano. Não foi uma seleção sempre exitosa: perdeu campeonatos europeus, ficou nas quartas de final na copa de 2010. Entretanto, manteve-se o time. Manteve-se o técnico. Manteve-se a crença na construção de uma equipe.

E o que tudo isso tem a ver com a reflexão gerencial mencionada no título? Precisamos, também em nossas empresas, construir o coletivo em detrimento do individual. Deixar de valorizar os heróis para ceder espaço ao time. Substituir a admiração às lideranças carismáticas, pelo compromisso com responsabilidade dos atos individuais. Lembrar que as expectativas positivas, reais de serem alcançadas, podem nos levar a querer sermos melhor do que somos. E as negativas, as impossíveis, a nos sentir castrados e impotentes diante de um ideal que jamais será atingido. E que o poder –ah, o poder – transforma sapos em príncipes e a perda dele, ao inverso, príncipes em sapos.

Comecei este ensaio com George Orwell, um inglês. Termino com o Brecht, alemão: “Infeliz a nação que precisa de heróis”.

E até a próxima Copa. Vai Brasil.

Georgina Alves Vieira da Silva

Doutora em Psicologia Social 

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Para mim ficaram duas questões centrais sobre essa analogia da Copa: ganhar e perder são atos inter-dependentes, onde um só existe em função do outro e por causa deste entranhamento é que não devemos polarizar as nossas análises de forma maniqueísta entre o bem e o mal, o acerto e o erro, a virtude e o defeito,  como se tudo isso estivesse em lados opostos, não estão! São apenas dois lados da mesma moeda e assim as duas situações tem muito, muito a nos ensinar. Saindo do mundo da Copa e trazendo para o mundo corporativo, arrisco a dizer que, as culturas organizacionais que amedrontam seus funcionários em relação aos erros reprimem neles a condição de inovação e a possibilidades de acertos maiores.

E a outra questão nessa analogia com a Copa é a valorização da equipe, mais do que das “estrelas” individuais. Fica a lição da Alemanha, indiscutivelmente um time. Claudia Tanure

A Comunicação da Responsabilidade Social

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Dando continuidade à serie de artigos sobre Responsabilidade Social nas empresas, na perspectiva da comunicação, apresentamos a seguir alguns bons exemplos em Minas Gerais. Segundo  Wilson Bueno (2003) “Responsabilidade social é o exercício planejado e sistemático de ações, estratégias, e a implantação de canais de relacionamento entre uma organização, seus públicos de interesse e a própria sociedade”. Cada dia mais disseminada e adotada por diversas empresas, a Responsabilidade Social exige estratégias para cumprir seus objetivos comunicacionais. Entre eles, e talvez o principal, está agregar valor à imagem da empresa, por meio da percepção favorável que seus stakeholders  e a sociedade irão atribuir a ela e também por meio de sua preocupação com o desenvolvimento social, que demonstra um interesse para além dos lucros. Além disso, é fator motivacional para os funcionários como exemplo de engajamento cidadão e, para os consumidores, motivo de escolha na decisão de compra. Segundo pesquisa do Instituto Ethos, 1/3 dos consumidores brasileiros consultados já deixou de comprar produtos de empresas que apresentaram posturas indesejáveis, como produtos que fazem mal à saúde e uso de trabalho escravo. 51% dos consumidores falaram mal das empresas socialmente irresponsáveis. Desses, 30% deixaram de comprar produtos ou serviços delas. Números que indicam que uma empresa  não cidadã tenderá a perder terreno entre os públicos de interesse. Não só lameando a sua reputação, mas perdendo negócios também.

Um  exemplo de  empresa cidadã  é o Instituto Unimed-BH, associação sem fins lucrativos, criada pela Unimed BH em 2003 com a missão de conduzir o seu programa de Responsabilidade Social Cooperativista. Os projetos desenvolvidos têm na saúde sua área prioritária, mas mantêm interface com outros campos por meio de cinco linhas de ação: Comunidade, Meio Ambiente, Voluntariado, Adoção de Espaços Públicos e Cultura. Só em  2013, as ações beneficiaram, diretamente, 452 mil pessoas.

Entre os principais programas desenvolvidos pelo Instituto, está o Circuito Unimed-BH. Criado para estimular a saúde e o bem-estar ao ar livre, oferece gratuitamente atividades físicas, de lazer e de cultura, nas praças adotadas pela Cooperativa. O Circuito Unimed-BH já realizou 24 shows e espetáculos teatrais em 2013, reunindo 11,5 mil pessoas. A iniciativa também oferece aulas de Tai chi chuan, alongamento e caminhada orientada na Praça Floriano Peixoto, que mobilizaram 7 mil frequentadores no ano passado. Em 2014, além da programação nos dois espaços adotados pela Cooperativa em Belo Horizonte – Praças da Saúde e Floriano Peixoto –, a Praça Milton Campos, em Betim, também recebe atrações.

Outro exemplo é o da UPTIME – Comunicação em Inglês. Desde 2006, a empresa é parceira institucional do Instituto Compartilhar, idealizado pelo técnico da seleção de vôlei Bernardinho, como uma forma de retribuir o sucesso que o esporte lhe proporcionou. Na sua visão, embora longe de ser um “mundo” perfeito, o esporte apresenta exemplos positivos para a sociedade, e é cada dia mais percebido como um elemento fundamental no processo educacional e de inclusão social pela sua capacidade de motivar e inspirar positivamente o desenvolvimento humano. O Grupo UPTIME acredita nesta ideia e, por isso, apoia financeiramente o projeto, possibilitando que o Instituto Compartilhar mantenha as atividades. O foco é apoiar o Instituto no ensino de valores e na formação do cidadão por meio do esporte.

Responsabilidade social e assessoria de imprensa

A Unimed-BH, cliente da Press, foi mais uma vez destaque na imprensa por uma iniciativa de Responsabilidade Social. No final de semana, em 12 de julho, a coluna do PCO, no jornal Tudo, divulgou uma nota (clique e leia) sobre a conquista do Selo Diamante de Sustentabilidade – edição 2014, que a cooperativa recebeu da Unimed do Brasil, pelo quinto ano consecutivo no estágio máximo de excelência.

Divulgar essas ações, tanto da Unimed-BH, quanto do Instituto Unimed-BH faz parte do trabalho de Relações com a Imprensa, promovido pela Press, e também está relacionado com o trabalho de Comunicação em Sustentabilidade, tão importante para o fortalecimento da marca e reputação das empresas.

A máxima de que “quem não é visto não é lembrado” se encaixa no universo corporativo. Com o trabalho de assessoria de imprensa da agência, no ano de 2013, a Unimed-BH conquistou 302.609 cm² (422 matérias) na mídia impressa. Esse dado equivale a 512 páginas de revista padrão Veja ou a 175 páginas de jornal em formato standard. Já no online, foram monitoradas 841 matérias, reforçando a importância da mídia digital como meio de comunicação. Já na mídia eletrônica (rádio e tv), o espaço total foi de 8 horas, 11 minutos e 15 segundos.

Assim a comunicação cumpre um importante papel: dar visibilidade as ações corporativas contribuindo com o reconhecimento do público.

O prêmio

O objetivo da iniciativa é reconhecer as cooperativas do Sistema Unimed que incorporam os temas essenciais da sustentabilidade em sua gestão, tanto em aspectos sociais, econômicos, quanto ambientais. Esta é a décima vez que a Unimed-BH recebe a certificação, o que reforça sua atuação de acordo com os princípios da Responsabilidade Social.

O Selo Unimed de Responsabilidade Social é considerado uma importante ferramenta de autodiagnóstico, podendo auxiliar na estratégia da gestão responsável. A metodologia de avaliação baseia-se em temas de responsabilidade social – valores, transparência, governança corporativa, público interno, meio ambiente, fornecedores, clientes, comunidade, governo e sociedade –, do Balanço Social Modelo Ibase, adaptado para cooperativas. A categoria Diamante, conquistada pela Unimed-BH, é a mais elevada da premiação (de 91 a 100 pontos). O resultado revela que a cooperativa possui uma Política de Sustentabilidade definida e é um exemplo a ser seguido.

Ações sustentáveis

Investir nessas ações é uma premissa da Unimed-BH. E esse trabalho se dá por meio das iniciativas do Instituto Unimed-BH, criado em 2003 com a missão de conduzir o programa de Responsabilidade Social Cooperativista da Unimed-BH. Os projetos desenvolvidos têm na saúde sua área prioritária, mas mantêm interface com outros campos por meio de cinco linhas de ação: Comunidade, Meio Ambiente, Voluntariado, Espaço público e Cultura. Em 2013, as ações beneficiaram, diretamente, 452 mil pessoas.

Se você também promove iniciativas de responsabilidade social ou de outras áreas da sustentabilidade, conte com a Press para desenvolver um trabalho de comunicação e divulgar essas ações, garantindo visibilidade para suas atividades!

Mineração: atividade sustentável aliada à Comunicação

A Press Comunicação está publicando uma série de textos que exploram o assunto da sustentabilidade, meio ambiente e da comunicação no Brasil. Uns exemplos são os textos de Sustentabilidade: uma ciranda de significados e Responsabilidade socioambiental. Nos textos, explicamos que a prática de iniciativas sustentáveis de pouco adianta sem o respaldo da comunicação. Ela é fundamental para divulgar as ações, comunicar as mudanças de hábitos, informar os resultados e os objetivos dos projetos implantados. Por meio de campanhas internas e externas, as atividades ganham força e simples atitudes se transformam em grandes ações.

O diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração José Fernando Coura, produziu um artigo para a Folha de São Paulo sobre Mineração, atividade sustentável nessa sexta feira, dia 11 de julho. Acesse a íntegra do artigo aqui. Em seu texto, o engenheiro explica que a atividade mineral tem dotado o Brasil de matérias-primas para sustentar o crescimento econômico e gerado divisas para o país via exportação. Em contraponto, a mineração foi um dos assuntos que mais evoluiu em relação à sustentabilidade. De acordo com Coura, a mineração é um dos setores mais regulados do ponto de vista ambiental e não existe, atualmente, projeto de mineração empresarial que não tenha passado por processo de licenciamento, mesmo que simplificado. Ou seja, a mineração enfrenta preconceitos como uma polêmica em torno da preservação de cavidades naturais subterrâneas, mas na realidade, a mineração é o único setor da economia que tem como obrigação recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com a lei publicada na Constituição Federal artigo 225.

A legislação apontada pelo engenheiro representa um avanço na proteção do patrimônio chamado de “espeleológico”, ou seja, que está na caverna. Com essas leis, pessoas capacitadas tendem a ser contratadas para evitar danos ao meio ambiente. Ou seja, a mineração tem tomado um rumo positivo, pois bons profissionais estão trabalhando a todo vapor para atingir os objetivos esperados e não deixar de lado a questão ambiental. Para José Fernando Coura, “a mineração tem um compromisso histórico com a espeleologia, pois os mais respeitados espeleológicos foram formados nas mesmas escolas de geologia e engenharia de minas das quais saíram os profissionais que estão à frente da mineração nacional, muitos dos quais como dirigentes e CEOs”, afirma.

Para reforçar esse rumo da mineração, as empresas devem contar com a comunicação como aliado. Conte com a Press para fazer toda a diferença em seu trabalho! A Press está pronta para divulgar suas ações, informar resultados dos projetos implantados por meio de campanhas completas sobre sustentabilidade e produzir informativos para a comunidade. Não perca tempo! Venha conhecer a Press e trabalhar a comunicação de sua empresa na área da sustentabilidade!

Sustentabilidade: Uma ciranda de significados

Uma notícia publicada hoje no Correio Brasiliense,  assinada por um jornalista que muito admiro, Augusto Pio ,  sobre um prêmio internacional da  Associação de Aço e Tecnologia dos Estados Unidos dado à equipe de pesquisadores a UFOP  me fez refletir sobre a sustentabilidade:

Correio Braziliense – DF

01/07/14 – Produção de aço menos poluente

Os pesquisadores da Universidade Federal de Outro Preto  apresentaram uma fonte de energia alternativa e  renovável baseada na biomassa  e ainda a possibilidade de  reaproveitamento do os gases gerados pela produção do aço nas siderúrgicas.  E claro,  trouxe a questão para o campo da comunicação organizacional, onde atuo há mais de 20 anos na forma de um artigo que divido com vocês  abaixo.

SUSTENTABILIDADE: UMA CIRANDA DE SIGNIFICADOS

No contexto social contemporâneo, marcado principalmente pela globalização e pelas novas tecnologias, as organizações passaram a ocupar um lugar nunca antes ocupado, a ponto de Peter Drucker (1999) afirmar que a sociedade transformou-se em uma sociedade de organizações. Quase todas as tarefas necessárias ao funcionamento da sociedade, atualmente, são feitas por organizações empresariais, governamentais ou do terceiro setor, estando essas cada vez mais presentes no cotidiano das pessoas.

Desta forma, ocupando papel de centralidade , as organizações na perspectiva da comunicação empresarial deixam de ser apenas emissores, passando a sediar um espaço de trocas, que Merleau-Ponty (2003), chama de “encontro de fronteiras perceptivas”. Criando assim, uma “zona de contato” onde acontecem as trocas de sentidos, as interações,  onde se é ao mesmo tempo emissor e receptor.

As organizações mudaram a sua maneira de se relacionar com seus públicos, considerando-os não apenas receptores passivos de suas ações e informações, mas sujeitos – interlocutores – que também se transformaram nessa nova realidade.

É nesse contexto, onde a sociedade então passa a exigir mais e tem mais acesso as informações, onde o mercado está cada vez mais competitivo e é regulado por critérios cada vez mais subjetivos é que surge o discurso da sustentabilidade.

O conceito de “sustentabilidade” na perspectiva organizacional ancora-se na capacidade de atender às necessidades das gerações atuais, sem comprometer a vida das gerações futuras, considerando um equilíbrio entre os campos econômico, social, e ambiental. Alguns autores defendem que este termo surgiu na década de 1970, a partir da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, realizada em junho de 1972, em Estocolmo, Suécia. À época, porém, o enunciado guardava significado estritamente ambiental. Porém, já percebemos na atualidade uma ampliação dos significados da sustentabilidade, abrangendo outros campos como a sustentabilidade ecológica, cultural, espacial, política, além da social, econômica e ambiental.

Entendemos que o discurso da sustentabilidade propicia a interação comunicativa, já que abre um espaço para o diálogo entre os sujeitos, na medida em que serve a questionamentos, cobranças e gera possibilidades de encontros e trocas.  Contudo, o diálogo, em si mesmo, não garante um equilíbrio, um consenso de opiniões, mas sim um movimento discursivo flexível, comandado pelos interesses estratégicos de cada envolvido. Portanto, entendemos que é na articulação entre quem emite e quem recebe que cada um busca alcançar seus objetivos.

Assim, as organizações recorrem ao discurso da sustentabilidade para conferir legitimidade as suas atividades, para cuidar da sua reputação, gerar capital simbólico, responder aos questionamentos sociais. Já, os seus públicos interlocutores como a comunidade vizinha à empresa, se apropria do discurso pelo viés da responsabilidade social. Se ela precisa de apoio e recursos para implantação de ações, eventos, seja de cunho social, cultural, ela apela para a equidade social, o desenvolvimento humano, entre outros sentidos.

Tudo isso nos leva a concluir que  comunicar é uma questão de escolha, não só de formas e meios adequados de determinado contexto, mas de conteúdos a transmitir e efeitos de sentidos que se busca para influenciar o outro (CHARAUDEAU, 2007). Dito de outra maneira, comunicar e informar pressupõem estratégias discursivas que propiciam uma ciranda de sentidos.

A organização consome o discurso da mídia, que, por sua vez, consome o da organização, que consome o das ONGs, que, por seu turno, consomem o das comunidades, conformando uma ciranda.

 

 

 

 

Vacinar ou não vacinar, eis a questão

Dúvidas sobre vacinas chamam atenção dos pais e preocupam médicos

Um assunto polêmico esteve em pauta essa semana: não imunizar crianças para estimular o sistema de defesa e evitar os efeitos colaterais, ou não permitir que crianças fiquem doentes por causa das crenças dos seus pais. Essa pauta foi divulgada na Folha de São Paulo, em 8 de junho e explica que pais que são contra a vacinação preocupam os médicos no Brasil. Detalhe: em nosso país a vacinação é obrigatória por lei. Em entrevista para o jornal, o professor da faculdade de medicina da Santa Casa, José Cassio Moraes, disse que “o aumento no número de pessoas não imunizadas mantém as bactérias em circulação”.

O que é o movimento antivacina?

De acordo com a matéria da Folha, o movimento antivacina ainda está tímido no Brasil. O assunto começou a ser pauta no país quando foi realizada em 2013 uma pesquisa pelo Ministério da Saúde que informou que a média da vacinação no Brasil era de 81,4%, sendo que na classe A era de apenas 76,3%. Os depoimentos afirmaram que alguns pais tinham o receio de vacinar seus filhos por medo das vacinas gerarem doenças hereditárias. Em resumo, é como se houvesse uma sobrecarga imunológica na administração combinada ou simultânea de vacinas.

Qual a importância da vacinação?

Que a vacinação é importante, todos já ouvimos falar. Inclusive esse tema é pauta do site “Tudo sobre vacinas”, que dá o exemplo da erradicação da varíola no Brasil, graças à vacinação. O site explica que a vacina consiste num estímulo ao sistema imunológico responsável pela proteção do nosso organismo. Sempre que um vírus ou bactéria invade o corpo, o sistema imunológico entra em ação para impedir danos à saúde.

Por ser um tipo de produto extremamente frágil, as vacinas necessitam de um rigoroso sistema de conservação e manipulação e é importante respeitar as características de cada tipo para garantir o sucesso da imunização. Portanto é fundamental escolher um estabelecimento confiável para se vacinar. A Imunológica Vacinas Humanas tem essa preocupação, e desenvolve, propõe e integra soluções nas áreas de imunização preventiva. A Imunológica disponibiliza um serviço de imunização preventiva seguro, diferenciado e com qualidade, obedecendo todas as normas estabelecidas pelo Ministério da Saúde e trabalhando com os melhores laboratórios e mais modernos equipamentos.

Mitos e verdades sobre as vacinas

A Folha de São Paulo citou sete mitos e verdades sobre as vacinas. Confira:

Vacina pode dar alergia: Verdade. Vacinas que possuem proteínas do ovo podem causar reações alérgicas em pessoas já sensíveis;

Vacina pode provocar autismo. Mentira. Uma revisão de estudos, com mais de dois milhões de crianças, demonstrou que não há qualquer associação;

A homeopatia tem vacinas naturais. Mentira. Não há evidência científica de que a homeopatia possa substituir as vacinas, que induzem o corpo a produzir anticorpos específicos;

Crianças vacinadas podem desenvolver doenças: Verdade. Nenhuma vacina ou medicamento é 100% eficaz e essas informações constam nas bulas, mas só uma pequena minoria das crianças desenvolve doenças;

Vacinas têm substancias, que comprometem o sistema neural. Mentira. A quantidade de mercúrio usada como conservante das vacinas é bem tolerada e não há evidencia de danos ao sistema neurológico;

Há estudos que ligam as vacinas a efeitos adversos graves. EM TERMOS. Muitos estudos não tem relevância cientifica e não conseguem demonstrar a relação causal entre a vacina e o evento adverso;

As vacinas são 100% seguras. Mentira. As vacinas não são desprovidas de possíveis efeitos adversos, como qualquer medicamento, mas para a maioria dos médicos, os benefícios superam os riscos.

Responsabilidade socioambiental

Responsabilidade socioambiental de instituições financeiras

Artigo do sócio responsável pelo Departamento de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Felsberg Advogados, Fabricio Dorado Soler, publicado no Correio Braziliense, DF, nesta segunda feira, dia 9 de junho.

O exame de questões como resíduos sólidos, áreas contaminadas, efluentes, recursos hídricos, fauna, flora, patrimônio histórico, emissões atmosféricas, carbono, biodiversidade, unidades de conservação, comunidades quilombolas, ribeirinhas, indígenas, já faz parte da rotina de muitas instituições financeiras em operação no Brasil.

Isso decorre especialmente da adoção dos Princípios do Equador, Índice Bovespa de Sustentabilidade Empresarial, Princípios para o Investimento Responsável, Matriz e Indicadores Socioambientais do Protocolo Verde, Global Report Iniciative, entre outras iniciativas, critérios e ações voltadas à sustentabilidade.

Na mesma direção, o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou em 25 de abril de 2014 a Resolução nº 4.327 estabelecendo diretrizes que devem ser observadas na implementação da Política de Responsabilidade Socioambiental (PRSA) pelas instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central.

Para tanto as instituições devem manter estrutura de governança compatível com o seu porte, a natureza do seu negócio, a complexidade de serviços e produtos oferecidos, bem como com as atividades, processos e sistemas adotados, para assegurar o cumprimento das diretrizes e dos objetivos da PRSA.

Vale anotar que é facultada a constituição de comitê de responsabilidade socioambiental, de natureza consultiva, vinculado ao conselho de administração ou, quando não houver, à diretoria executiva, com a atribuição de monitorar e avaliar a PRSA, podendo propor aprimoramentos.

Assim, de acordo com a Resolução CMN nº 4.327/2014, o gerenciamento de riscos socioambientais deve considerar: i) procedimentos para adequação da gestão dos riscos às mudanças legais, regulamentares e de mercado; ii) avaliação prévia dos potenciais impactos socioambientais negativos, inclusive em relação ao risco de reputação; iii) sistemas, rotinas e procedimentos que possibilitem identificar, classificar, avaliar, monitorar, mitigar e controlar o risco presente nas atividades e nas operações da instituição; iv) registro de dados referentes às perdas efetivas em função de danos socioambientais, incluindo valores, tipo, localização e setor econômico objeto da operação.

Insta ressaltar que as instituições devem estabelecer plano de ação para a implementação da PRSA, devendo este ser aprovado pela diretoria e, quando houver, pelo conselho de administração, assegurando a adequada integração com as demais políticas da instituição, tais como a de crédito, a de gestão de recursos humanos e a de gestão de risco.

As instituições devem também designar diretor responsável pelo cumprimento da Política de Responsabilidade Socioambiental, formalizá-la e assegurar sua divulgação interna e externa, e manter documentação correspondente relativa à PRSA à disposição do Banco Central, devendo atentar que a execução das ações correspondentes ao plano de ação da Política deve ser iniciada logo no primeiro bimestre de 2015.

A contemporaneidade da norma exige a incorporação do tema no dia a dia das instituições financeiras e ganha repercussão na medida em que cada vez mais os bancos são instados por órgãos de controle, a exemplo do Ministério Público, por meio de “recomendações”, a se absterem de proceder a repasse de recursos (ou a celebrar qualquer contrato nesse sentido) destinados a financiamento de grandes empreendimentos, notadamente aqueles voltados à infraestrutura.

A não observância dos preceitos ditados pela novel Resolução poderá trazer consequências que não se restringirão a eventual responsabilidade civil por dano ambiental (lembrando que ela é de natureza objetiva), mas poderá acarretar prejuízo ao maior patrimônio das instituições, que são sua imagem e reputação.

 Comunicar é preciso

A prática de iniciativas sustentáveis de pouco adianta sem o respaldo da comunicação. Ela é fundamental para divulgar as ações, comunicar as mudanças de hábitos, informar os resultados e os objetivos dos projetos implantados. Por meio de campanhas internas e externas, as atividades ganham força e simples atitudes se transformam em grandes ações. Conte com a Press para fazer a diferença!