Sustentabilidade por meio do voluntariado contribui com comunidade
Sustentabilidade – econômica, ambiental, social e cultural – faz parte da missão da Manabi
A Manabi, empresa brasileira de mineração e logística, cliente da Press, comemorou o dia do voluntariado, com uma ação de sustentabilidade: a entrega de mais de 500 livros para a Biblioteca Municipal Rosa Rocha, em Morro do Pilar, onde será instalado seu empreendimento minerário e a usina de beneficiamento. Na ocasião, a jornalista da Press, Luciana Gontijo, foi fazer a cobertura do evento para as publicações internas da empresa e para a assessoria de imprensa. No Brasil, o Dia Nacional do Voluntariado foi instituído em 28 de agosto de 1985 para reconhecer e destacar as pessoas que disponibilizam seu tempo, seu talento e trabalho com causas de interesse social para o bem da comunidade.
O trabalho voluntário, na visão da empresa, é cada vez mais uma via de mão dupla, não só pelo aspecto da generosidade e doação, mas também de abertura a novas experiências, isso porque acreditam que acontece uma troca espontânea, quem doa também recebe. O gerente geral de Tecnologia e Processos da Manabi, Camilo Silva, confirma essa perspectiva dizendo: “Conseguimos mostrar para os nossos funcionários, colegas e colaboradores que o trabalho voluntário pode ser uma oportunidade de aprendizado incrível. Uma chance de criar novos vínculos de pertencimento e afirmação do sentido comunitário”.
E foi dentro dessa perspectiva relacional que surgiu a ideia da campanha de doação de livros a partir de um diálogo com a comunidade. Darlene Lima Soares Campos, responsável pela biblioteca, buscava uma forma de atrair e formar mais leitores no município e perguntou ao Daniel Castro, da equipe de Relações com a Comunidade, como a Manabi poderia ajudar. Transformar essa vontade em uma ação voluntária foi o caminho encontrado.
Assim, com ações de divulgação e mobilização interna, mais de 100 funcionários da Manabi e de suas empresas contratadas, nos escritórios do Morro, Linhares e Belo Horizonte arrecadaram 506 livros, além de 32 DVDs.
E, a campanha não termina com a entrega feita no dia 27 de agosto. A empresa continuará recebendo doações de livros com o compromisso de repassá-las periodicamente à instituição.
A comunidade vizinha
Afinal, onde está circunscrita a comunidade contemporânea? Segundo a perspectiva critica de Bauman (2003, p. 46), “onde nada dura tanto tempo, e nada dura o suficiente para ser absorvido, tornar-se familiar e transformar-se no que as pessoas ávidas por comunidade e lar procuravam e esperavam”. No entanto, o comunitarismo não se dissolve, mas se reconfigura, alterando suas características e formações na atualidade.
Bem diferente das comunidades da era pré-industrial e pós-industrial, a comunidade contemporânea é heterogênea, móvel, fragmentada, plural, marcada por conflitos internos e se forma valendo-se de interesses comuns ou fronteiras geográficas, como exemplo, a comunidade do entorno ou vizinha a Manabi.
A comunidade vizinha, com sua estrutura social informal, permite uma rede de comunicações fluidas e flutuantes, incluindo “discursos não verbais de engajamento mútuo em empreendimentos comuns, troca informal de habilidades e compartilhamento de conhecimento tácito” (CAPRA, 2008, p. 26).
Com base nesse conceito, entendemos que a comunidade vizinha das empresas se mobiliza em grupos que se formam a partir de uma causa ou objetivo comum. Na narrativa da Darlene, o objetivo foi desenvolver a biblioteca, uma iniciativa de sustentabilidade. Seus discursos estão ligados a questões de ordem cotidiana que a afetam. Portanto, concordamos com Simeone (2010),quando ele diz que a mobilização social é um suporte à interlocução e à cooperação entre organizações e comunidades, fato que se concretizou.
A Press e a comunicação da sustentabilidade
A Press tem longa experiência em trabalhos voltados à sustentabilidade, considerando os campos econômico, social, ambiental, cultural entre outros, principalmente para grandes empresas e indústrias como siderurgia e mineração. Para tal, são envolvidos vários instrumentos comunicacionais. A agência trabalha com consultoria, planejamento, diagnóstico, produção de campanhas internas, externas, veículos de comunicação para propiciar o desenvolvimento do diálogo com comunidades e demais stakeholders engajados com a sustentabilidade.
Bibliografia
BAUMAN, Zygmunt. Comunidade:a busca por segurança no mundo atual. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.
CAPRA, Fritjof. As conexões ocultas:ciência para uma vida sustentável. São Paulo: Cultrix, 2005.
CAPRA, Fritjof. Vivendo redes. In: DUARTE, Fábio; QUANDT, Carlos; SOUZA, Queila (Orgs.). O tempo das redes. São Paulo: Perspectiva, 2008.
SIMEONE, Márcio Henriques(Org). Comunicação e estratégias de mobilização social. Belo Horizonte: Gênesis, 2004.
SIMEONE, Márcio Henriques. Relacionamento com comunidades e mobilização social. In: CURSO ABERJE, 5, 2010, Belo Horizonte. Associação brasileira de Comunicação Empresarial,2010.p.12-18.