8 razões para sua empresa ter um jornal interno

Os profissionais de Recursos Humanos reconhecem que a qualidade do clima organizacional está diretamente relacionada ao bem-estar e à produtividade de seus colaboradores. Por isso, cada vez mais, a comunicação interna é considerada uma importante aliada para mantê-los motivados e engajados na busca por resultados ainda melhores para a empresa. Dessa forma, investir na produção de um jornal interno é uma excelente estratégia para estreitar e otimizar o relacionamento entre a empresa e os colaboradores que nela trabalham.  Além desta veja mais oito razões para se ter um jornal.

jornal

  1. Ter um veículo exclusivo de comunicação com os colaboradores:

    Qualquer empresa, independentemente do seu porte ou de sua área de atuação, possui projetos interessantes em diversas áreas que, na maioria vezes, são válidos para serem divulgados até para os públicos externos da organização. No entanto, muitas empresas se esquecem de difundir essas informações internamente, o que é um erro. Afinal, quem trabalha na organização além de ser principal interessado em ficar por dentro de tudo.

  2. Poder fortalecer a marca:

    Considerada a importância que o colaborador tem para o crescimento da organização, é fundamental que ele seja comunicado e receba, periodicamente, as principais notícias que movimentam as diferentes áreas da empresa, mantendo-se bem informado a respeito do lugar que ele trabalha. Ele é o principal defensor e divulgador da marca, pois ele tem grande interesse no sucesso da empresa, além de, ser considerado referência de informações em seus meios de relacionamentos.

  3. Evitar boatos:

    Em empresas em que não existe um cuidado com a comunicação interna, é comum o surgimento de boatos. Popularmente conhecida como “rádio peão”, a boataria é muito prejudicial para o clima da organização, uma vez que a ausência de canais “oficiais” de comunicação dá lugar a notícias inverídicas que poderão impactar tanto no clima organizacional quanto na imagem e na reputação da organização. Por isso, a produção de um jornal interno é uma forma de democratizar as informações e evitar boatos.

  4. Alinhar com os colaboradores os valores e a missão da empresa: 

    Para que os propósitos e os objetivos estratégicos de uma organização sejam alcançados, os colaboradores precisam estar informados e alinhados no que diz respeito às posturas e aos comportamentos que se esperam deles. Dessa forma, o jornal interno pode ajudar a disseminá-los e entendê-los, o que é muito positivo para a organização.

  5. Valorizar os funcionários:

    Toda pessoa gosta de se sentir valorizada, não é mesmo? Numa empresa não é diferente. É bom se sentir reconhecido pelo seu trabalho! E uma das formas de fazer isso é por meio de um jornal interno. Nele, além de inserir matérias sobre a organização, também cabem notícias sobre algum feito de um colaborador, seja dentro ou fora da empresa, como, por exemplo, a realização de um trabalho voluntário, etc. É também uma forma de aproximar as pessoas dentro da empresa. E isso também contribui para um bom clima organizacional.

  6. Mobilização e engajamento: 

    O jornal contribui para mobilizar os colaboradores no que diz respeito a temas que são relevantes para todos. Por meio dele, por exemplo, é possível divulgar campanhas que tratam de assuntos de interesse geral, como, por exemplo, melhoria nos índices de segurança, benefícios oferecidos pela empresa, medidas de economia, etc. E com isso buscar a aderência o engajamento dos colaboradores aos objetivos da campanha.

  7. Exercer o papel social: 

    Para tornar o jornal atrativo, é interessante explorar temas de interesse público para provocar a leitura não só dos colaboradores, mas dos seus familiares, comunidade e outros stakeholders da organização. Por isso, é recomendável produzir matérias que levam informações úteis para os leitores sobre diversos temas, como dicas de economia doméstica e de alimentação saudável, prevenção de doenças, dicas de lazer. Esses assuntos também podem ser escolhidos de acordo com a relevância e época do ano. Por exemplo, dicas de prevenção de doenças respiratórias no inverno, campanhas de vacinação, combate à dengue, etc.

  8. Aproximar a empresa da família do colaborador: 

    Uma das funções de um jornal interno é também levar para dentro da casa dos colaboradores o que se passa na empresa. Ao fazer isso, além de valorizar as ações e iniciativas da empresa, os familiares também se tornam “multiplicadores” das informações dela, o que é muito positivo para a imagem e a reputação da organização. Além do mais, qual filho/esposa/marido não sentiria orgulho de ver o seu familiar estampando as páginas do jornal interno?

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Capa da revista: o primeiro flerte

A capa de uma publicação é a responsável pelo primeiro contato com o leitor e, quando bem trabalhada, é capaz de atrair a sua atenção para a leitura do conteúdo

Capas

Preto, branco e uma frase de impacto: “não vai ter capa”. Foi com estes três elementos e um tanto de perspicácia que o jornal carioca Meia Hora, editado pelo Grupo Ejesa, venceu a categoria Primeira Página do principal prêmio do jornalismo brasileiro, o Prêmio Esso. Assinada por Humberto Tziolas, Joana Ribeiro, Giselle Sant’Anna, Eduardo Pierre, André Hippertt e Sidinei Nunes, a melhor capa de 2014 foi publicada no dia 9 de julho, um dia após a Alemanha passar como um trator sobre o Brasil, no fatídico episódio dos 7 a 1 na Copa do Mundo.

Entre as reflexões possíveis, o caso serve para comprovar a importância da capa para uma publicação. Certamente, não foram poucas as pessoas que leram o Meia Hora naquele dia – o jornal, inclusive, é conhecido por suas capas irreverentes, algo que a sua linha editorial permite.

Mas por que a capa é tão importante? Pelo simples fato de que ela “precisa ser o resumo irresistível de cada edição, uma espécie de vitrine para o deleite e a sedução do leitor”, como acentua a jornalista Marília Scalzo, em seu livro Jornalismo de revista (São Paulo: Contexto, 2006). E precisa seduzir mesmo: para ter-se uma ideia, só de janeiro a setembro de 2014, circularam no Brasil mais de 3,3 milhões de revistas, segundo a Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner). A soma é uma média por edição de 22 títulos em circulação, todos pagos – figuram entre eles semanais como Carta Capital, Veja, IstoÉ e Época.

Revista corporativa

Nas publicações coorporativas a regra é a mesma. Se as pessoas estão expostas a uma série de conteúdos fora da empresa, não se pode desperdiçar nenhuma chance de estimulá-las a ler a publicação institucional. É preciso “vender” esta publicação, não no sentido comercial, mas no de fazer com que o leitor “compre” a ideia de que ali existe informação de qualidade. E de fato encontrá-la, claro.

Nessa batalha, em que, mais que ganhar um prêmio, o alvo é ganhar a atenção do leitor a cada nova edição, os designers têm o desafio de produzir capas que transmitam a identidade (a linha editorial da publicação) e o conteúdo da publicação, detenham o leitor e o levem a pegar, abrir e ler o exemplar. Vale lembrar que além da imagem (ilustração ou fotografia) também compõem a capa cores, logotipo e símbolos gráficos (as chamadas das matérias, por exemplo).

Capas conceituais, como a do Meia Hora, são apenas uma das investidas. Até mesmo aromas e texturas são utilizados, como na edição de junho de 2013, da revista Vida Simples, publicação da editora Abril. Para surpreender seus leitores, a revista trouxe na capa uma arte que, ao ser esfregada, exalava cheiro de limão, indo ao encontro da matéria principal “Se a vida te der limões…”, metáfora para os problemas do dia a dia.

Porém, ainda é a velha e boa fotografia que costuma ser mais forte nesse jogo da sedução. Na maior parte dos casos, ilustrar a capa com o personagem central da matéria principal é a melhor forma de despertar o interesse, via identificação e sensação de pertencimento.

Por Ana Paula Oliveira

Jornalista da Press Comunicação

Publicações corporativas: a importância da fotografia

A fotografia nas publicações corporativas somam ao conteúdo e trazem informação ao leitor

publicações corporativas
Boas fotos mudam o resultado de um projeto gráfico das publicações corporativas

 

Todas as publicações corporativas que integram a comunicação interna de qualquer empresa devem  ser atrativas, modernas e atualizadas para despertar o interesse do público-alvo. E a fotografia, embora nem sempre valorizada por algumas empresas, tem peso muito importante como informação. O registro real dos acontecimentos internos e a produção de fotos dos colaboradores, dos eventos, dos produtos e serviços contribuem para um resultado satisfatório, tanto de estética quanto de conteúdo.

Quem não investe na própria história, contratando um fotógrafo profissional capaz de um olhar atento e diferenciado diante da realidade que se quer retratar, acaba lançando mão dos bancos de imagem gratuitos e, muitas vezes, pagos por meio da internet. Com isso, as fotos corporativas acabam sendo idênticas em empresas distintas, independentemente do setor e do porte. A mesma imagem que ilustra a capa de uma revista importante para determinada corporação é divulgada, por exemplo, em uma apresentação de power point em outra.

Muitas empresas ainda contam com a boa vontade de alguns colaboradores que se aventuram a fazer registros de eventos, treinamentos e reuniões pelo celular. Na tentativa de evitar os bancos de imagem, essas fotos são utilizadas nas publicações, revelando o amadorismo da empresa, com registros desfocados, sem enquadramento e em baixa resolução.

A força da fotografia

Publicações corporativas que valorizam uma boa foto demonstram a importância que a empresa dá a todo o conteúdo da comunicação interna. Por isso, contratar um fotógrafo para produzir um banco de imagens corporativo tem um custo, mas é um investimento que valerá o retorno. A empresa passará a ter imagens inéditas, únicas, específicas e reais dos próprios produtos, serviços, departamentos e, principalmente, da equipe, contribuindo para o senso de pertencimento, tão defendido e valorizado pelas corporações. Tudo isso poderá ser utilizado em todo o trabalho de comunicação interna da empresa, como revista, boletins internos, jornal mural, intranet, site, slides em reuniões e até mesmo nas apresentações da corporação.

Para o fotógrafo Elderth Theza, da THZ Imagens, que atende, entre outras empresas, a Cemig, cliente da Press Comunicação, a fotografia desperta interesse no público alvo. “Quando as pessoas percebem uma imagem bem produzida, notam que a empresa também cuida da sua parte mais sensível, que é a comunicação. “A foto corporativa tem um papel muito importante, pois reforça a imagem da empresa. Por isso, é preciso que o trabalho seja realizado por um fotógrafo profissional. Além das técnicas e dos equipamentos, o talento também contribui bastante para o resultado final”, acredita.

 

Por Luciana Neves

Jornalista da Press

Publicações corporativas e o desafio do prazo

 

Conseguir entrevistar a fonte certa pode ser uma tarefa difícil em publicações corporativas
Conseguir entrevistar a fonte certa pode ser uma tarefa difícil em publicações corporativas

 

“Se não tem tu, vai tu mesmo”. Pode soar estranho, mas este conhecido ditado popular remete a um dos principais desafios que surgem durante a produção das publicações desenvolvidas para o meio empresarial: a dificuldade em contatar determinadas fontes. Sim, estamos apontando para publicações como jornais e revistas que, impressas ou veiculadas em meio digital, continuam no hall das principais vias de comunicação de uma empresa com os seus stakeholders.

Visualizar esta situação é fácil. Tomemos como exemplo um jornal diário. Ao receber uma pauta, o repórter tem um prazo para entregar a sua matéria, que ainda deverá passar pela edição, entre outras etapas. Nessa dinâmica, nem sempre é possível esperar a disponibilidade das fontes sendo possível substituí-las, desde que o compromisso com a verdade, premissa fundamental do jornalismo, seja respeitado.

Não é o caso das publicações corporativas. Para essas publicações, na maioria das vezes não vale a regra do “não tem tu, vai tu mesmo”, afinal, elas giram em torno do universo de uma empresa, o que reduz consideravelmente a maleabilidade com relação aos depoimentos. Ao tratar das ações sociais de uma empresa, das tecnologias por ela desenvolvidas, das mudanças em seu processo produtivo e de tantos outros fatos noticiosos, é imprescindível ouvir os seus dirigentes, especialistas, parceiros e demais envolvidos – muitos deles, com agendas apertadas, o que dificulta o trabalho do jornalista.

Mas e o prazo de entrega das publicações?

Essa é apenas uma das dificuldades que impactam diretamente no cronograma de atividades das publicações empresariais, causando transtornos ao cliente (vale lembrar que soltar uma publicação extrapolando o seu período de abrangência é prejudicial à relação de fidelidade estabelecida com o leitor) e à agência, que vê suas demandas encavalarem. E não é só isso: a produção de uma publicação corporativa também enfrenta gargalos como a aprovação das matérias por parte da empresa, a produção das fotos e a aprovação final do produto editorial. Mas isso é assunto para um próximo texto.

Por ora, vale ressaltar que há, sim, meios de minimizar as dificuldades e a simplicidade deles é inversamente proporcional ao efeito que conseguem atingir (quem lida com isso diariamente pode comprovar!). Prever possíveis atrasos já na própria elaboração do cronograma é um deles e torna-se possível na medida em que a agência vai estreitando a relação com o cliente e entendendo as suas particularidades. É um “perde-se uns dias aqui, mas ganha-se em outra etapa”. Outro passo é orientar aos repórteres a procurar as fontes o mais rápido possível, logo após receber a pauta. Mesmo sem pesquisarem previamente sobre o tema, eles podem antecipar a necessidade de um horário para entrevista ou a impossibilidade de datas, por exemplo.

São manobras que uma agência de comunicação experiente é capaz de realizar, contornando as dificuldades sem alardes e garantindo a entrega de um produto que atende às expectativas do cliente.

 Por Ana Paula Oliveira

Jornalista da Press Comunicação

Publicação empresarial: escolha da foto é fundamental

Uma boa foto é responsável por atrair um leitor de uma publicação

O uso de fotos atrativas e bem utilizadas na diagramação da publicação desperta o interesse do leitor
O uso de fotos atrativas e bem utilizadas na diagramação da publicação desperta o interesse do leitor

“Uma imagem vale mais do que mil palavras”. Quem nunca ouviu esse famoso ditado popular? Afinal, em um mundo cada vez mais sedento por imagens, haja visto o crescimento de mídias sociais como o Instagram e o Facebook, ‘estar bem na foto’ também tornou-se indispensável para toda e qualquer empresa que zele por sua reputação.

Nesse sentido, as imagens contidas nas publicações empresariais são muito relevantes para valorizar e complementar os textos que estão ali dispostos. Dessa forma, a escolha criteriosa das fotos que serão utilizadas é um processo fundamental e que impactará no resultado final das suas publicações.

Muitas vezes, a foto é a responsável por atrair a atenção do leitor e tornar mais leve e atrativa à leitura, juntamente com o restante da diagramação e layout da página. Uma foto criativa marca uma notícia e fica registrada na mente do leitor.

Diferencial na publicação

Sendo assim, é necessário se atentar a alguns detalhes que fazem toda a diferença ao final. Confira:

– sempre utilize fotos em alta resolução para garantir a visibilidade delas e, portanto, a qualidade estética de sua publicação;

– seja criativo e opte por poses e ângulos diferentes na hora de produzir as fotos;

– se não tiver boas fotos, opte por um bom banco de imagens, como o Shutterstock;

– preze por uma estética mais “clean”. Lembre-se da máxima “menos é mais”. Preste atenção aos detalhes dos ambientes para não deixá-los poluídos, com o excesso de objetos, cores e de referências;

– evite legendas óbvias e que informam literalmente o que o está sendo retratado. Aproveite para resgatar ou mesmo incluir dados novos ao texto;

– o apoio de um bom fotógrafo é fundamental, já que ele possui um olhar diferenciado e criativo e que enriquece bastante as publicações;

– Outro ponto de destaque diz respeito aos aspectos legais. Tenham em mãos as autorizações de uso de imagem de todas as pessoas retratadas na publicação. É uma forma da sua empresa se resguardar judicialmente.

Como anda a sua comunicação com seus públicos?

 A produção editorial é uma importante ferramenta utilizada para facilitar a comunicação entre a empresa e seus públicos. Quando produzida de forma profissional, uma publicação empresarial, como revista, jornal, jornal mural, entre outras, torna-se um canal de comunicação eficaz, que tanto aproxima a empresa de seus stakeholders como os integra em torno de um objetivo e multiplica as informações. 

Entre em contato com a Press e peça uma proposta de publicação corporativa: (31)3245-3778.

 

Fazer comunicação é exercitar muito a criatividade

Criatividade é tema de artigo e nos faz visualizar o seu lado na comunicação

Criatividade vale para todas as áreas, inclusive comunicação

Criatividade vale para todas as áreas, inclusive comunicação

 

Quem trabalha com comunicação sempre sofre uma pressão em “ser criativo”, em ter boas ideias e é rotulado como tal. Ontem a relações públicas Maria Alana Brinker, que faz parte de um grupo de discussão no LinkedIn sobre Relações Públicas, que a diretora e a coordenadora da Press fazem parte, publicou um texto que define muito bem o que fazem as pessoas serem criativas: o fazer.

O pensar nos faz desenvolver a criatividade e, no nosso caso, trabalhar com comunicação empresarial nos permite um leque de possibilidades para aflorar isso. Percebemos que quanto mais escrevemos mais nosso texto fica melhor, quanto mais produzimos peças gráficas, mais surgem novas ideias mirabolantes para criar. E sempre queremos mais. Somos da comunicação, somos humanos, somos criativos! Leia o artigo:

Todos podem ser criativos: verdade ou mentira?

A criatividade não é exclusividade de algumas pessoas e áreas de atuação

Se você nunca estudou sobre criatividade, pelo menos já deve ter escutado as frases: “Pense fora da caixinha.”, “Para criar tem que ser maluco.”, “Sou da área de exatas, então não sou criativo.”, “Uns nascem criativos, outros não.”, “Só o pessoal das Humanas é criativo.”, “Aquele ali deve trabalhar com criação pelo jeito que se veste.”

Todos podem ser criativos? Se posso dizer que sou fissurada por um assunto, ele é a criatividade. Simplesmente sou fascinada pelo tema e, sempre que posso, leio algum livro ou artigo que trata disso. Mas minha curiosidade não se limita somente ao ato de criar em si, e sim à origem da criatividade. Meu interesse é descobrir como podemos aumentá-la cada vez mais, qual o ponto de equilíbrio entre ela e a racionalidade – se uma coisa exclui a outra ou não. Esses e outros questionamentos é que me fazem querer ir a fundo nos estudos do tema.

Das frases que iniciaram o texto, a única que tem sentido para mim é a primeira. As demais fazem parte de estereótipos que acabamos criando muito em função de personagens que aparecem em filmes e em programas de TV, onde o sujeito criativo é aquele que se diferencia de todo mundo pelo jeito “estranho” de agir ou de se vestir.

CORAGEM E HÁBITO

Na verdade, algumas pessoas, pelas características pessoais e pela maneira como são criadas e educadas, acabam desenvolvendo mais ou menos a criatividade, como qualquer aptidão na vida, certo?! Nossa educação e personalidade têm muito peso sobre o hábito de criar. E por que falo em hábito? Porque ser criativo é, antes de tudo, uma prática.

Uma prática constante de estimularmos em nós a coragem para expor ideias, mesmo sabendo que podem ser ridicularizadas; de estabelecer relações entre “coisas” que, aos olhos dos demais, não têm relação nenhuma; de ficar momentos a sós; de abstrair-se para poder contemplar algo ou alguma situação e se permitir imaginá-la de acordo com o próprio ponto de vista; de entregar as horas que passamos no banho, no ônibus, ou antes de dormir ao cérebro e dizer: vai, “viaja” por onde você quiser!

Uma das coisas que sempre pratico é a abstração. Diversas vezes peguei-me imaginando algo tão profundamente que é como se eu tivesse saído do ambiente em que estava, e quando “voltei para a Terra” me dei conta de que tinha de levantar porque a parada do ônibus estava próxima. Hehehehe!

CORAGEM, CORAGEM, CORAGEM

Um dos livros sobre criatividade que li e achei muito esclarecedor foi do psicólogo Rollo May, chamado A Coragem de Criar. Nele, entre tantas descobertas relatadas, o autor fala sobre o encontro, que é definido como o momento em que o artista (ou qualquer um de nós) atinge seu ponto de vista sobre alguma coisa – um ponto de vista que é único, diferente daquele que as pessoas em geral têm – e a partir daí começa a ter insights e inicia sua criação.

Ele também fala da contemplação, que faz parte desse processo, e cita como exemplo a apreciação de uma pintura de paisagem num museu: quando à admiramos, não estamos vendo apenas a paisagem em si, mas o olhar do pintor sobre ela. Por isso, contemplar outras visões também é um ato criativo, pois nos estimula a pensar “fora da caixa”, de um jeito diferente que a maioria enxerga.

O processo criativo deve ser estudado, não como o produto de uma doença, mas como a representação do mais alto grau de saúde emocional, a expressão de pessoas normais, no ato de atingir a própria realidade. A criatividade está no trabalho do cientista, como no do artista; do pensador e do esteta; sem esquecer os capitães da tecnologia moderna, e o relacionamento normal entre mãe e filho. A criatividade, como define o Webster, é basicamente o processo de fazer. (pág. 32, A Coragem de Criar)

No trecho acima, May afirma que a criatividade não é vinculada à loucura, à maluquice e somente às áreas artísticas. Ao contrário, ela está presente no cotidiano de todos e sua prática é um sinal de que a pessoa é saudável emocionalmente. Criar não é para poucos, é para todos! E ser criativo não é apenas ter ideias. Mais do que isso, é executá-las.

Referência: May, Rollo. A Coragem de Criar. Tradução de Aulyde Soares Rodrigues. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1982, 4a edição.

 

Sobre o autor

Maria Alana Brinker

Relações-públicas especialista em Gestão de Marcas. Trabalha com Comunicação e Responsabilidade Social, além de administrar o site Comunicação e Tendências (comunicacaoetendencias.com.br). Acredita que a paixão pelo que faz aliada ao trabalho em equipe é o segredo da efetividade!

Fonte:

http://www.administradores.com.br/artigos/empreendedorismo/todos-podem-ser-criativos-verdade-ou-mentira/83158/

Publicações: a importância da pauta para o seu sucesso

publicações

Ao pensar em publicações jornalísticas, um dos primeiros pontos de atenção deve ser a pauta. Do latim pactum (fincado, fixado) e um dos primeiros termos com que um futuro jornalista lida, já no início da faculdade, na Comunicação Social a pauta assume amplo sentido. Num viés mais operacional, ela nada mais é que um documento que reúne as instruções necessárias para que o repórter comece as investigações que resultarão em uma matéria de uma publicação. Tema e enfoque do texto, a relação de fontes que deverão ser ouvidas para fundamentar as informações e os seus respectivos contatos, o tamanho da matéria (o número de páginas que o texto deverá ocupar em um jornal ou uma revista, dois clássicos exemplos de publicações impressas) e o deadline, ou seja, o prazo máximo para a finalização e entrega do trabalho, são informações imprescindíveis.

Respeitadas pequenas particularidades, esse “guia” é o ponto de partida de qualquer produção jornalística, independentemente da mídia em que ela será veiculada. Na maioria dos casos, pautas bem elaboradas resultam em matérias completas e que dispensam correções. No sentido oposto, não é raro um repórter, ao receber uma pauta pouco precisa,  constatar, durante a apuração das informações, que a notícia é diversa do que se esperava, tendo que redirecionar a sua abordagem.

Publicações e a importância da reunião de pauta

Mas só uma pauta bem escrita não é o suficiente para o sucesso de uma publicação . Uma etapa importante para a produção, e que também deve ser bem executada, é a reunião de pauta. Presencial ou via ferramentas de videoconferência, é nesse momento que repórteres e editores se encontram para distribuir as matérias. No jornalismo corporativo, essa reunião geralmente acontece entre os responsáveis pela Comunicação da organização (gerentes e analistas) e os responsáveis pela publicação dentro da agência, podendo ou não envolver os repórteres.

Fazer com que a reunião de pauta seja o mais produtiva possível é primordial para que todo o processo que está por vir transcorra com tranquilidade. Afinal, mesmo não lidando com o imediatismo da notícia e a rapidez que os meios de comunicação exigem, publicações também têm um cronograma a seguir, repleto de etapas que não podem ser comprometidas.

São práticas, em princípio, simples. Pontualidade é uma delas e nada surpreendente em um mundo guiado pelo “tempo é dinheiro”. Estabelecer um horário para terminar também é importante para que os participantes não se percam em assuntos paralelos. Sempre que possível, um ambiente tranquilo deve ser escolhido para o encontro.

Uma prática que gera bons resultados é disponibilizar a pauta aos envolvidos com antecedência, para que todos reflitam sobre os assuntos que serão apresentados, levantando possíveis dúvidas e apontamentos. Aqui vale uma observação: por nem sempre contar com a presença dos repórteres é preciso que os responsáveis, por parte da agência, não saiam da reunião com dúvidas, já que deverão pauta-los na sequência. Qualquer ruído deve ser eliminado!

Por fim, a reunião de pauta também é um precioso momento de alinhamento, quando cliente e prestadores se encontram e têm a chance de avaliar os processos.

Não há mistérios. Com foco e vontade de executar um trabalho de qualidade é possível ter um ponto de partida acertado, o que certamente vai refletir no resultado final.

4  Passos para uma reunião de pauta de sucesso

1. Pontualidade e foco nas sugestões de pautas;

2. Enviar a pauta para os participantes antes da reunião, para que já cheguem preparados;

3. Após escolher as pautas que entrarão na publicação, definir que tipo de abordagem será dada a cada uma;

4. Definir um cronograma e um fluxograma especificando os papéis de cada um no processo de elaboração da publicação;

 

 

 Ana Paula de Oliveira

Jornalista especializada em publicações e analista de Comunicação da Press Comunicação

O desafio de cumprir cronograma na publicação corporativa

Para produzir uma publicação, vários fatores devem contribuir para atender ao prazo acordado
Para produzir uma publicação, vários fatores devem contribuir para atender ao prazo acordado

Produzir uma publicação para qualquer empresa é bastante prazeroso, pois é uma oportunidade de adquirir novos conhecimentos, levar informações aos públicos a que ela se destina, além de exercer a apuração, redação e edição, típicos da profissão de jornalista.

Quando uma empresa solicita uma publicação, começa o desafio da corrida contra o tempo, pois, geralmente, o prazo é estreito. A primeira medida é elaborar um cronograma, que deve ser feito de trás para frente, como costumamos dizer. Ou seja, contando da data acordada para a entrega da publicação até o início das apurações. Nesse intervalo, é preciso incluir a reunião de alinhamento das atividades, elaboração da pauta para aprovação do cliente, apuração e redação dos textos.

Posteriormente, há a fase da edição do material produzido, incluindo não só os textos, mas também fotos, ilustrações, gráficos, que devem ser produzidos paralelamente às entrevistas, para, depois, iniciar a fase das aprovações pelas fontes e, em seguida, pela diretoria da empresa.

Dificuldades na publicação passam pela apuração, aprovação…

No entanto, nem tudo são flores quando se trata de apuração. Mesmo tendo acesso a telefones fixos, celulares e e-mails das fontes, nem sempre o contato é imediato, principalmente quando se trata de alguém da diretoria ou mesmo da coordenação. Reuniões, viagens ou qualquer outro compromisso do entrevistado costumam deixar o contato para segundo plano.

Para evitar contratempos, é importante que todos os envolvidos na produção de determinada publicação estejam cientes de que serão contatados pela equipe que produzirá a publicação e reservem um momento na agenda para serem solícitos com o repórter. Afinal, o sucesso da publicação depende também da fonte de informação, da pessoa que detém o conhecimento específico sobre determinado assunto para repassá-lo ao entrevistador, além de muni-lo de todas as informações necessárias que possam resultar em um belo e rico material.

Aí incluem fotos (ou sugestões do que pode e deve ser retratado), indicação de outras fontes de informação, exemplos práticos para tornar a informação mais palpável, objetiva e atraente, a fim de aproximar o tema abordado do leitor. Enfim, tudo aquilo que pode enriquecer a matéria.

Outro entrave comum, embora não muito frequente, é o adiamento de uma entrevista, previamente agendada, seja também por motivos de reunião ou de viagem de última hora, licença médica ou outro compromisso.  Isso frustra o planejamento do jornalista, que reservou o tempo para dedicar-se à determinada pessoa, além de envolver custos financeiros de deslocamento, quando a reunião é pessoalmente. Essa situação se complica quando a apuração é entre municípios, pois tentar contato posterior com a fonte que não compareceu ao local acordado, sem dar satisfação, demonstra problemas à vista.

O ideal, quando possível, é informar o adiamento com antecedência para que o repórter e também a equipe reelabore a programação da produção e não perca tempo, não impactando, assim, o cumprimento do cronograma.

Mas os atrasos mais comuns nas publicações estão relacionados às aprovações – seja pela fonte seja pela diretoria. Ao elaborar o cronograma, é definido o prazo para cada atividade. No entanto, os atrasos se estendem.  Cabe ao jornalista ter jogo de cintura para ser firme na cobrança das aprovações, argumentando a possibilidade de atraso na entrega final do produto, ao mesmo tempo em que deve ser compreensivo com as justificativas da fonte.

Muitas vezes a diagramação do material, seja jornal, revista ou outro tipo de publicação, está atrelada à aprovação dos textos. E também a diagramação é uma etapa que passa pela aprovação geral. Depois de todo produto aprovado, há a fase da revisão ortográfica e dos ajustes para aprovação final. Só então, o material é encaminhado para gráfica para posterior distribuição.

Sendo assim, diante do extenso trabalho, a dica é mesmo cumprir o acordado, afinal, o combinado não sai caro.

Por Luciana Neves

Editora do Núcleo de Produções Editoriais

Press 20 anos na e para a comunicação organizacional: uma trajetória de mudanças

Com uma cultura organizacional marcada pela flexibilidade e adaptabilidade, a Press atravessa anos se mantendo sempre atual.

Press

As mudanças que a Press e a comunicação passaram ao longo de 20 anos

O contexto social contemporâneo, marcado principalmente pela globalização e pelas novas tecnologias, modificou tanto as organizações, como a Press, quanto os públicos. As empresas passaram a ocupar novo ethos, sendo colocadas em um lugar nunca antes ocupado, a ponto de Drucker (1999) afirmar que a sociedade transformou-se em uma sociedade de organizações. O autor acrescenta que quase todas as tarefas necessárias ao funcionamento da sociedade, atualmente, são feitas por organizações empresariais, governamentais ou do terceiro setor, estando essas cada vez mais presentes no cotidiano das pessoas. Já seus interlocutores também foram transformados e ampliados. São consumidores, organizações não governamentais, comunidades, funcionários, imprensa, políticos, que passaram a exigir mais, cobrar mais os seus direitos.

Esse estado de coisas impulsionou o surgimento de uma comunicação organizacional que, segundo Torquato (2009), pela fresta do “jornalismo empresarial”, em torno dos anos de 1960.  O “jornalzinho” dos funcionários foi, então, o embrião do que viria a ser a comunicação organizacional que temos hoje, da qual fazemos parte e modestamente contribuímos para crescer.

Um importante marco foi o surgimento da então Associação Brasileira de Editores de Revistas e jornais de Empresas – Aberje, instituição que ainda hoje é um ícone referencial do segmento da comunicação organizacional. A partir daí se inicia um longo e frutífero percurso tanto pratico quanto teórico deste campo ou subcampo da comunicação social. O próprio Gaudêncio Torquato em 1973 defende sua tese de doutorado sobre o tema jornalismo empresarial, comunicação empresarial. Dos anos 1980 em diante, além do House Organ, e em função das pressões externas de consumidores e imprensa, surge a função do assessor de imprensa, que efetivamente se integra ao mix de comunicação empresarial junto com ao marketing e a publicidade.

Press Release Comunicação Empresarial

Dentro desse contexto, nasce a Press Release Comunicação Empresarial, em 1994, com o objetivo de atender as empresas, especificamente em assessoria de imprensa. Nesta década, o país vivia um período econômico de estabilidade e a chegada da internet foi a propulsora de grandes transformações. Para se ter uma ideia, entregávamos releases impressos de redação em redação, via motoboy e, entre outros Estados, mandávamos por fax ou por correio.

O e-mail mudou esse procedimento, agilizando o processo e inaugurando uma nova maneira de relacionamento com a imprensa. Seguindo o raciocínio histórico, até os anos 2000 tanto a agência, como a comunicação empresarial, de forma generalizada, experimentaram uma grande expansão.

Na esteira dessas inovações tecnológicas vieram novas demandas por comunicação empresarial, a partir também das mudanças sociais.  A questão da tecnologia da informação foi e é tão definidora nas novidades ocasionadas na sociedade contemporânea que ela passou a ser caracterizada por seus métodos de acessar, processar e distribuir informações. Esse acesso às informações, pela combinação de diversos dispositivos como satélites, televisão, telefones celulares, computadores e internet, produziu o aumento da conexão entre as pessoas e as organizações, quebrando barreiras como a distância e a língua, e diminuindo fronteiras geográficas, sociais e humanas.

Surgem assim, novos públicos cada vez mais exigentes em relação às organizações, como comunidades vizinhas, ONGs, consumidores, funcionários, grupos de pressão, órgãos reguladores e fiscalizadores, entre outros.

Press Release muda para Press Comunicação

Dessa forma, a Press se viu impelida a oferecer outros serviços ás empresas, dentro ainda do “guarda chuva” da comunicação externa e interna. Por meio da elaboração de produções editoriais como revistas, jornais, relatórios, books etc; publicidade institucional; e design gráfico. Para dar conta dessa nova realidade a agência promoveu várias mudanças, inclusive no próprio nome. Passamos a adotar apenas o Press Comunicação, pois precisávamos ter explicito na marca este novo conceito de abrangência.

Em uma perspectiva mais estratégica, antecipando uma tendência que viria se firmar no nosso segmento de atuação, passamos a oferecer serviços de planejamento estratégico, análise, diagnóstico, pesquisa etc. Adotamos na assessoria de imprensa, o conceito evolutivo de Relacionamento com Imprensa, marcando os contornos mais estratégicos do serviço, conforme discutimos no artigo Assessoria de Imprensa ou Relações com a Imprensa.

Porém, nos anos seguintes, observamos um novo boom de desenvolvimento e uso da internet, caracterizado, principalmente, com o surgimento das redes sociais, hoje capitaneadas pelo Facebook, Twitter e Linkedin. Lembro-me de ouvir o Roberto Civita, então presidente do Grupo Abril, em um Congresso de Comunicação em São Paulo, preconizar a era digital, dando ênfase ao e-book como um “substituto” das publicações em papel. Mesmo antes do tempo previsto por ele, naquele momento, já percebemos a comunicação digital em toda a sua extensão como uma realidade posta e desafiadora.

Press 20 anos

Estamos completando 20 anos, em 2014. A Press institui seu núcleo de Comunicação digital como resposta a esse cenário social, fazendo a gestão de sites, redes sociais, utilizando técnicas do SEO, usando e destrinchando o Google Analitcs – ferramenta de analise e métricas, postando conteúdos entre outros. Estamos convictos que isso ainda é só o começo, pois a comunicação digital, certamente, trará ainda muitas novidades e espaços para uma nova plataforma de comunicação que nos faz e fará repensar todos os nossos conceitos e estratégias.

Press no futuro

Nesses vinte anos até hoje, podemos dizer que tudo mudou e muda cada vez mais e com maior velocidade. Todas essas características citadas não só permanecem como são potencializadas. A comunicação e as informações circulam em quantidade e velocidade estratosféricas, o consumismo se exacerba, dando novos contornos e poderes ao consumidor e aos diversos públicos das empresas.

As organizações, nessa sociedade de mercado, passam a ter cada vez mais espaço e importância na vida da sociedade e, com isso, novas responsabilidades, novos papéis, mais poderes. Confirmando nossa percepção, Lipovetsky, um pensador contemporâneo, dispara “no momento em que triunfam a tecnologia genética, a globalização liberal e os direitos humanos, o rótulo pós-moderno já ganhou rugas, tendo esgotado sua capacidade de exprimir o mundo que se anuncia”. No seu lugar, estaria então a “hipermodernidade”, profetizada por ele como o mundo do superlativo, onde tudo é excessivo e muda o tempo todo, onde a novidade tornou-se exigência permanente (LIPOVETSKY, 2004, p. 52, grifo nosso).

E a Press, caracterizada por uma cultura organizacional aberta a criatividade, as inovações, horizontalizada, permitindo a interação de todos os colaboradores, se mostra apta a enfrentar este estado de coisas que se mostram desafiadores, mas também motivadores para nos lançarmos aos próximos 20 anos.

 

Por Cláudia Tanure

Diretora Executiva da Press

Mestre em Comunicação

 

Bibliografia

DRUCKER, Peter. Sociedade pós-capitalista. São Paulo: Pioneira, 1999.

LIPOVETSKY, Gilles. Os tempos hipermodernos. São Paulo: Barcarolla, 2004.

TORQUATO Gaudêncio. Da Genese do jornalismo empresarial e das relações públicas à comunicação organizacional no Brasil. In: KUNSCH, Margarida Maria Krolhling et al. (Org.). Comunicação organizacional: Histórico, fundamentos e processos. v.1. São Paulo: Saraiva 2009.

Diário de uma jornalista

Repórter da Press conta como foi a viagem da equipe em um dia de apuração diferente

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Jornalista que é jornalista não se contenta com a apuração por telefone. Gosta mesmo de ir a campo, de pegar um gravador, ir atrás da informação, de buscar personagens e fontes. Mas nem sempre dá para ser assim. Com a distância, tempo de produção apertado ou custos, acaba fazendo algumas publicações de dentro da redação. Na última quarta-feira, foi diferente para três jornalistas da Press. Ana Paula Oliveira, Nayara Amâncio e eu, Letícia Espíndola, tivemos a missão de sair cedo e fazer uma cobertura completa do Informe Credicampo, o informativo do Sicoob Credicampo, a Cooperativa de Crédito do Campo de Livre Admissão Campos da Mantiqueira, que fica em Entre Rios de Minas, mas com Pontos de Atendimento (PAs) em várias cidades vizinhas.

A preparação começou há semanas, desde o agendamento da reunião de pauta. Achamos importante otimizar o gasto do cliente: já que teria o custo do trajeto, que fossemos aproveitar e fazer a apuração no mesmo dia. O grande desafio foi fazer o planejamento da viagem, já que das sete pautas, seis eram em locais diferentes. Depois de tanto “quebrar cabeça”, olhar mapa, trocar sugestões com o cliente, chegamos a uma ideia, que vou contar para vocês ao longo deste “diário de bordo”.

O roteiro das jornalistas

Para que tudo desse certo, tínhamos que partir cedo. Um motorista foi contratado para nos levar. Começamos por Ouro Branco e o ponto de encontro foi no PA da Credicampo na cidade. O fotógrafo Thiago Fernandes já estava a nossa espera. Chegando lá, já tínhamos personagens nos esperando para entrevistas. Não podíamos perder tempo, então nos dividimos e fomos às apurações. Trabalhar no interior é ainda mais gratificante. Nós fomos muito bem recebidos. A gerente Carla Aguiar tentou facilitar nosso trabalho ao máximo, sabendo que estaríamos com o tempo apertado. Além disso, o espírito cooperativista também é percebido de longe pelas pessoas, que querem a todo o momento falar de seu orgulho por fazer parte desse sistema.

De lá seguimos para Conselheiro Lafaiete. Passamos pelo PA, pegamos a gerente Flávia Cristina Fonseca e continuamos para a próxima entrevista, com o empresário Francisco Rezende de Paula, da CHB Aviação, empresa que faz manutenção de aeronaves e cursos aeronáuticos. Simplesmente adoramos a visita! O dia estava lindo, um voo estava sendo realizado e em meio aqueles aviões, um nos chamou a atenção. Era a aeronave utilizada por Sinhozinho Malta e viúva Porcina, da novela Roque Santeiro, de 1985. Claro que não faltaram registros desse momento.

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Seguimos viagem, sempre surpreendidos pelos inúmeros ipês amarelos que se destacavam na paisagem seca e no céu azul, típicos do final do outono. A próxima parada foi Entre Rios de Minas. Fizemos uma pausa para o almoço no caminho e a equipe se dividiu. Ana Paula seguiu viagem com o fotógrafo para a próxima cobertura, em Lagoa Dourada. Lá parou no PA da cidade, para entrevistar a gerente Carla Cunha, o prefeito Antônio Resende e alguns empregados e cooperados da Credicampo. Como não podia faltar, ela trouxe alguns famosos rocamboles da cidade. Os colegas da agência agradeceram.

Nayara seguiu para a zona rural de Entre Rios de Minas, na fazenda Barreiro. Ela foi entrevistar o primeiro lugar do 2º torneio leiteiro da cidade. Além do “assédio da imprensa”, a fama está rendendo muito interesse pelo gado dos campeões, que são pai e filho. “Eles foram muito receptivos. Preparam uma visita pela fazenda, me levaram para conhecer as vacas e os outros animais, como porcos e galinhas. Além das fontes, o pai, Acílio Costa, e do filho, o Fernando Costa, também acompanharam a entrevista a sua esposa, nora e netas”, comenta a repórter.

Eu fiquei na sede da Credicampo, em reunião para alinhamento da pauta e da edição. Quem me fez companhia, a maior parte do tempo, foi a responsável pela Comunicação, Ana Paula Resende. Também participaram da reunião Flávia Rodrigues, gerente de Negócios, e o diretor de Operações, Edson Sousa.

O ponto de encontro e última parada foi a casa do senhor Mário de Assis, de 89 anos, em São Brás do Suaçuí. Ele, que é idealizador do Sicoob Credicampo, nos recebeu com a maior alegria e atenção, ao lado de sua esposa Maria Nascimento de Assis. “Mais que dividir um pouco da sua vasta e rica experiência de vida, que vai da produção rural à liderança cooperativista, ‘seu’ Mário, empreendedor nato, dividiu um pouco da sua ‘mineirice’, abrindo as portas da sua casa, contando histórias que merecem ser ouvidas e servindo um maravilhoso café na sua cozinha, junto da esposa Maria. Momentos e pessoas assim me enchem de gratidão e fazem a profissão valer a pena. Em tempos em que tanto se fala, é bom ter o privilégio da proximidade, do saber ouvir. Não há como fazer bom jornalismo sem essa curiosidade”, comenta Ana Paula.

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E foi assim que finalizamos nosso dia. Voltamos para a casa com o corpo cansado, mas com a mente feliz. Com muitas informações, histórias e conhecimento. Não só do Sicoob Credicampo, mas de coisas que vamos levar para a vida. Porque vivenciar o jornalismo é fundamental para nos tornarmos jornalistas de verdade.

Por Letícia Espíndola

Coordenadora de Núcleos da Press Comunicação

Colaboraram as jornalistas Ana Paula Oliveira e Nayara Amâncio