Comunicação interna e a internet. Saiba o que está mudando!
Este artigo, publicado em 8/9/2015, no site da Aberje, e cedido à Press pela autora Varda Kendler, profissional e professora de comunicação (veja seu currículo ao final), nos chamou a atenção pela inovação do tema e sua inserção na comunicação interna. A maneira clara e articulada que ela nos mostra que a comunicação, principalmente a interna, vem passando a partir das mudanças tecnológicas capitaneadas pela internet, facilita o entendimento e a complexidade do assunto. E como temos intrínsecos nos nossos valores a inovação, gostamos muito e resolvemos compartilhar com vocês!
Comunicação entre coisas e pessoas
Tem-se difundido muito sobre internet das coisas, economia criativa, processos inovativos, conectividade, M2M (comunicação machine to machine) e por aí vai. Termos e processos relativamente novos, envolvendo a comunicação homem-máquina, estão sendo aplicados a todo vapor, principalmente no prisma mercadológico.
No caso da Internet das Coisas (Internet of Things – IoT) as soluções não param de proliferar. O termo foi criado no final do século XX e constitui-se na possibilidade de conectar o mundo físico ao mundo digital, por meio da web, ou seja, representa a conectividade entre objetos e a internet.
Para alguns autores, a IoT é considerada a terceira geração — ou revolução — da internet. Primeiro veio a automatização das indústrias; em seguida, nos anos 90, o auge da internet; e, no século XXI, a Internet das Coisas, conectando dados, pessoas e objetos. Há uma outra interpretação que considera a IoF como a quarta geração do processo de uso da internet: conectividade > e-commerce > redes sociais > internet das coisas, onde ”tudo está conectado”.
A IoT vem sendo empregada em inúmeros contextos, como em eletrodomésticos (geladeira, fogão, ferro, aspirador de pó, TV, dentre outros, programados e monitorados à distância); dispositivos de eletricidade (acendimento e intensidade controlados por tablets ou celulares); práticas esportivas (instrumentos como relógio, raquete de tênis e bicicleta sendo aplicados junto a atletas com indicadores de performance); soluções em segurança (GPS de veículos, alarmes, fechaduras e câmeras inteligentes); na área de saúde (aparelhos implantados no corpo humano para medir índices diversos, pulseira que emite aviso de socorro em caso de quedas); nos meios de transporte e locomoção (selfing drive car, bicicletas compartilhadas patrocinadas, semáforos e rotas de trânsito inteligentes). Soluções que buscam autonomia, conforto, desempenho, segurança, economia.
E no ambiente organizacional interno?
O que tem sido feito nessa direção? Vejamos algumas soluções em segurança, comodidade e produtividade já bem conhecidas: câmeras de monitoramento; elevadores inteligentes; uso de registro de ponto de funcionário, com controle de chegada, saída e pausas, com indicadores; controle de estoque de materiais monitorado entre áreas e unidades, envolvendo inteligência e segurança; automação industrial em todas as etapas de produção.
E se pensarmos especificamente na área de Recursos Humanos e Comunicação Interna?
O que já existe e o que pode ser concebido? Será que as organizações estão se apropriando de todo esse know-how para aplicar na área de segurança do trabalho, em ergonomia, nos meios de locomoção dos colaboradores, em formas de interação e comunicação mais inteligentes?
- Imagine um uniforme com sensor para avisar quando alguém estiver próximo a áreas de risco.
- Ou camisa para pessoas com problemas graves de saúde que monitora índices específicos.
- Ainda mencionando soluções de vestimenta, uniformes que forneçam dados da temperatura do corpo do empregado e controlem a temperatura do ambiente automaticamente.
- Uma cadeira ergonômica com sensor alertando para a posição correta para se sentar.
- Bikes compartilhadas dentro de uma indústria com longos trajetos internos.
- Um estacionamento inteligente que agilize e democratize o uso de vagas.
- Celulares conectados que interajam com os meios de comunicação interna da empresa e forneçam indicadores de acesso e leitura.
“Fico pensando se são viáveis para as organizações e se estão dispostas a investir nesse sentido. É, no mínimo, um universo realmente incrível e desafiador.”
Nosso mundo está cada vez mais interconectado: não somente pessoas se comunicam, mas os objetos também estão “falando” uns com os outros. Hoje acontecem interações homem-máquina, máquina-máquina e, óbvio, homem-homem. Bom, não tão óbvio assim, pois a nossa “Internet of People”, para não dizer a nossa comunicação do dia a dia, ainda reserva muitos desafios.
Referências
. http://porvir.org/wiki/internet-das-coisas/
. http://geografia.uol.com.br/geografia/mapas-demografia/60/muito-alem-da-internet-das-coisas-a-geografia-das-coisas-342584-1.asp
.http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/Inova%C3%A7%C3%A3o-e-Tecnologia:-internet-das-coisas
.http://www.mundoiot.com.br/#!O-que-é-a-Internet-das-coisas-Conceito-e-exemplos-práticos/chdt/55a125770cf21636d2fb8d2c
.http://www.mundoiot.com.br/#!O-que-é-a-Internet-das-coisas-Conceito-e-exemplos-práticos/chdt/55a125770cf21636d2fb8d2c
. Palestra “Internet das coisas, inovação e futuro” – Filipe Braga Ivo (Julho/2015 – Tom Comunicação)
Varda Kendler é:
Mestranda em Administração; especializada em Marketing, Comunicação e Gestão Empresarial e Gestão Estratégica da Informação e graduada em Publicidade e Propaganda.
Mais de vinte anos de experiência em Comunicação Organizacional e Marketing, em empresas de grande porte, em cargos de gestão. No momento atua como consultora e professora.
Áreas de atuação: planejamento; comunicação integrada; comunicação interna e endomarketing; implantação e gestão de veículos, campanhas, eventos e comitês de facilitadores; pesquisas; gestão de públicos estratégicos e crise; desenvolvimento de equipes; relatório de sustentabilidade; marketing pessoal.
vkendler@hotmail.com