Rede social Facebook tem um “lado negro”?
Capa da Superinteressante traz uma indagação sobre a rede social Facebook, questionando sobre um possível lado negativo da mídia
A capa da revista Superinteressante deste mês chamou atenção, principalmente, para os profissionais que trabalham com a rede social Facebook. Com o título “O lado negro do Facebook”, a matéria traz uma pesquisa sobre experimentos que a rede social faz com os usuários e que ressaltam os distúrbios de humor, sobre as invasões de privacidade e sobre a venda de likes (vou questionar a forma que eles falam sobre os impulsionamentos).
Enfim! Quero comentar aqui sobre o conteúdo da matéria. Claro que eu já estudo o assunto há algum tempo, mas acredito que muita coisa não é novidade para várias pessoas. Todo mundo sabe que o “maravilhoso mundo do Facebook” é perfeito para a grande maioria delas. Quem vai reclamar da vida, falar que está deprimido ou que foi abandonado pelo namorado para milhares de pessoas? Todo mundo se diz feliz e com a vida perfeita. O que a matéria mostra é que uma pesquisa, realizada pelas universidades de Michigan e Leuvem (Bélgica), ressalta o quanto essa felicidade alheia pode afetar outras pessoas, de forma que “quanto mais tempo as pessoas passam na rede social, mais elas são infelizes”. Meio pesado isso, não? Acredito, sim, que pessoas com tendência à depressão se deixam influenciar por esses conteúdos, mas não é apenas no Facebook que estamos expostos à isso. Sempre tem quem pense que “a grama do vizinho é mais verde”.
Impulsionamento na rede social
Outro conteúdo debatido em outra matéria da Superinteressante foi sobre a “venda de likes” no Facebook. Normalmente, chamamos de impulsionamento da página ou de posts. No caso da revista, o repórter fez um experimento, criando páginas fakes, sem conteúdo, para fazer o impulsionamento do próprio Facebook (sim, existem sites que oferecem o serviço e esse sim não é bem visto). O repórter ficou indignado porque ele recebeu likes em posts sem sentido, de tijolos ou do seu sobrenome ao contrário.
Eu justifico da seguinte forma: na internet temos pessoas de todos os tipos, gêneros, gostos, etc. Não podemos controlar a qualidade ou o que elas fazem para aparecer ou porque acham legal, realmente. O impulsionamento, nada mais é, do que o Facebook sugerir seu post ou página para um número x de perfis. Esse número é variável, dependendo do valor que você pagar. Sim, porque trata-se de uma mídia, uma publicidade, como em qualquer outro veículo.
Minha opinião é que a mídia não perde credibilidade com essa pesquisa. Sua forma de funcionamento que deve ser compreendida. Manter a qualidade do seu conteúdo continua sendo fundamental, como forma de triagem também de seu público. Um conteúdo de qualidade será determinante para você conseguir atingir o seu público que esteja em busca de informações específicas, interessados no que você estiver repassando.
Por Letícia Espíndola
Coordenadora de Comunicação Digital da Press Comunicação